link: https://youtu.be/u_-kmyJMMJc
Há mais de um mês (desde
15 de novembro) não tenho postado qualquer pitaco seja sob a forma de texto
seja em vídeo.
Por trás de minha inércia,
confesso uma certa fadiga, um estado de letargia provocado por toda a energia
empenhada na tentativa de desobstruir o governo e o país do entrave e do lixo anticivilizatório
colocado em marcha e refletido pelo desgoverno e pela figura mais asquerosa e
repulsiva, representada pelo mais medíocre mandatário jamais considerado apto para
o exercício da presidência dessa República tão maltratada.
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Assim, seguindo a mesma lógica de comportamento
do despresidente fujão, que preferiu enterrar de vez sua autossuficiência,
arrogância e indigência mental, nos presenteando a todos com uma merecida
folga, também esses pitacos passaram por um período de hibernação.
À espera de alguma decisão
da atual equipe do desgoverno, capaz de demonstrar um mínimo de reconhecimento
da derrota; um mínimo de espírito público, de respeito aos valores democráticos,
de grandeza de caráter e de comportamento, impossíveis de serem adotados por
personagens tão rasas.
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Ao contrário, as poucas
manifestações do despresidente foram no sentido de alimentar, de forma sub-reptícia,
atos terroristas, eufemisticamente tratados como atos golpistas, mas nem por
isso menos criminosos.
Nesse sentido, as raras
aparições e manifestações do líder fascista derrotado e de seus familiares,
nada mais procuraram que funcionar como apitos de cachorros – ‘dog whistle’ –
instigando à parcela de seguidores, conservadores fanáticos ou apenas fascistóides,
a permanecerem acampados à frente dos quarteis, implorando por uma eventual e antidemocrática
intervenção militar. Parcelas sob a liderança do desvairado, expulso das
fileiras da tropa há muitos anos.
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Sabe-se hoje que, ao lado
de pessoas realmente passíveis de servirem como meras e simplórias marionetes manipuláveis
em seus valores religiosos, comportamentais e até políticos, tais acampamentos
também serviram de abrigo ou pior, como incubadoras para grupos terroristas
extremados, dispostos a sacrificar centenas de vidas em prol da conquista de
seus objetivos.
Para que jamais caia no
esquecimento: comportamento inspirado no de um certo tenente, disposto a instalar
e explodir artefatos explosivos até em quarteis onde estavam alguns daqueles a
que se visava beneficiar.
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Ao lado da postura típica
do ‘quem cala consente’, esse ser abjeto,
covarde, inclinado a agir sob a proteção das sombras e dos porões (de
torturas!) resolveu, despudoradamente, fazer valer o peso de sua caneta e do
cargo de que se despede, de forma aética, imoral e mesquinha.
Nesse sentido, decidiu
editar decretos, portarias e atos que, de forma análoga às minas terrestres
permitiriam, com explosivos de alto teor, minar as trilhas e caminhos de seu
sucessor, disseminando o terror.
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Por tudo isso, opta pelo
ato final de covardia: a fuga. Tanto da cerimônia simbólica e civilizada de passagem
da faixa presidencial, quanto do alcance dos braços longos da Justiça, em razão
de seus inúmeros crimes.
Para alguns, foge para
estar distante, afastado de possível cena de crime por ele arquitetado e do qual
deve ser acusado como mandante.
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Enquanto isso, Lula, o
presidente eleito se vê às voltas com todo tipo de armadilhas, das quais o perfil
de extrema direita do futuro Congresso exige que faça toda sorte de malabarismos
e contorcionismos, visando montar minimamente uma base de apoio parlamentar, que
lhe permita cumprir a tarefa de reconstrução das instituições de Estado destroçadas,
enquanto cria as condições para incluir a camada mais carente da população no orçamento,
e garantir a essa parcela, de forma digna, o acesso aos serviços públicos mais necessários.
A dificuldade de sua
tarefa não pode ser menosprezada, especialmente tendo em vista a composição da
equipe ministerial integrada por nomes indicados por partidos cujos interesses
e visões de mundo são tão distintas.
Esperar coerência,
consistência e unidade de propósitos é, mais que uma tarefa hercúlea mesmo para
um político do porte e da sagacidade de Lula, é uma verdadeira prova de fé e boa
vontade.
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A ausência de pitacos não
me impediu de participar de alguns programas de discussão e debates focando,
especialmente, o famigerado Teto de Gastos, e se estendendo para a Proposta de
Emenda Constitucional da Transição, agora aprovada.
O programa Espaço Plural,
da Rede Estação Democracia, pode ser
visto no link do Youtube, a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=PDuZOLMxwXw.
Também o programa Palavra
Aberta da rádio Itatiaia, pode ser visto no link: https://www.itatiaia.com.br/editorias/palavra-aberta/2022/11/19/palavra-aberta-para-que-serve-o-teto-de-gastos-economistas-explicam
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Quanto
à PEC da Transição ou da Governabilidade, chama a atenção a reação da Folha de
São Paulo, tratando-a como a PEC da Gastança.
De
um jornal que acaba de dispensar esse monstro do jornalismo profissional que é
o Jânio de Freitas, não é de se esperar comportamento muito diferente senão o
de total e completa vassalagem ao mercado e aos 'Farialimmers' de sempre.
Afinal,
a Folha precisa de anúncios e anunciantes para sobreviver, o que justifica
plenamente sua guinada ao neoliberalismo destrutivo de uma economia de viés distributivista.
Nada como a inabalável profissão de fé, no deus mercado.
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Curioso,
como mostra o imprescindível economista André Lara Resende em seu último artigo,
“Os Juros, outra vez!” no Valor Econômico (24/25 e 26 de dezembro de 2022) é a
Folha e economistas de viés liberal não terem se comportado com tamanha
voracidade crítica aos desacertos do Posto Ipiranguedes (periguete?), e às PECs do calote dos
Precatórios, ou da compra de votos ou PEC Kamicase.
Nem
terem criticado a geração de déficits pelo desgoverno que felizmente chega ao fim. Nem como alerta Lara
Resende não se insurgirem contra a gastança do pagamento de juros da dívida, tão gasto público quanto aqueles
gastos com Saúde, Educação, Assistência Social, etc.
Mas,
entende-se: ninguém critica aquilo de que é beneficiário.
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Um Feliz 2023 para todos.
Especialmente para o novo, multifacetado e eclético governo Lula.