quarta-feira, 31 de julho de 2013

O que motivam, de verdade, as manifestações recentes a que estamos assistindo?

Realmente curiosas as manifestações que têm tomado de assalto as cidades de São Paulo e Rio e ocupado as atenções da mídia nos últimos dias.
Curiosas pela motivação, antes de mais nada. Ao menos em minha opinião.
Em São Paulo, a manifestação em solidariedade e apoio à manifestação do Rio, contrária à permanência do governador daquele estado, Sérgio Cabral.
Significativo o fato de que o governador carioca foi reeleito, há menos de dois anos, com os votos de 2 de cada 3 cariocas, agora insatisfeitos.
O que mudou, nesse período de tempo, capaz de justificar tamanha mudança?
Digo, o que mudou, além da constatação de que, em tudo que vem acontecendo, nota-se a presença de uma imensa, enorme ignorância.
Afinal, entrevistada ontem e com imagens lançadas para todo o Brasil, pelo Jornal da Noite, na Band, uma manifestante alegou que estava na porta do prédio de residência de Cabral, para pressionar e exigir do governador que ele pedisse seu impeachment.
Note bem: não era para pressionar pelo pedido de renúncia. Era o pedido de impeachment.
***
Na Folha, Jânio de Freitas ao se referir ao movimento em São Paulo, foi mais arguto, mais sagaz, mais irônico, acho eu, ao perceber que já seria uma conquista importante para o amadurecimento político caso, de fato, os manifestantes paulistas soubessem o nome ao menos do governador do Rio. Ou a maioria desses manifestantes.
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No Rio, os manifestantes prosseguiram tentando tirar pela força, o governador eleito pela esmagadora maioria de seus conterrâneos, pelo voto.
O que é estranho. Especialmente quando há atos de quebra-quebra envolvidos nas tais manifestações. Coisa que a imprensa vem classificando como atos de vandalismo, o que não deixam de ser. Atos de vândalos, o que tenho dúvidas...
Porque, não sendo ato de revolução popular contrária à ordem de coisas estabelecidas; não vendo condições minimamente objetivas para alimentar e dar suporte a uma revolução destinada a derrubar um regime ou, ainda mais forte, um modo de produção; em todas as letras, não sendo um movimento destinado à derrubada do governo capitalista do Brasil para a implantação de um regime comunista, que não contaria com o apoio imprescindível da maioria da população, então os atos vândalos, na verdade tratam-se de atos para criar e fazer germinar o caos. Quem sabe, para criar fatos políticos que permitam questionar a capacidade dos governos estabelecidos de assegurar a ordem pública.
Interessados em criar um ambiente de desordem propositadamente, ao final, restaria aos vândalos, comportados sem seus capuzes, puxarem o coro dos conservadores de todos os matizes, solicitando a intervençao dos militares...
Derrubariam, assim, pelo caos criado e pelo poder das armas, infelizmente com o apoio de partes da população, as conquistas democráticas, longa e duramente construídas.
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Porque convenhamos: pode-se acusar os governos peemedebistas, de Sarney e Itamar, o de Collor, o peessedebista de Fernando Henrique, ou os petistas de Lula e Dilma do que se desejar, a questão da corrupção à frente. Mas, não se poderá dizer que foram governos anti-democráticos. Pode-se acusá-los mesmo de serem governos medíocres, de práticas políticas menores e até deploráveis, mas nunca de não de acordo com o espírito democrático.
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Não conheço, nem tenho qualquer interesse em defender o governador Sérgio Cabral, ou o prefeito carioca Eduardo Paes. Nem tenho simpatias pelo governador paulista, Geraldo Alckmin, de partido situado no oposto do espectro partidário em que se encontra o governador do Rio.
Mas, curiosamente, também em São Paulo, pelo que temos visto, os manifestantes começam a pedir a destituição de Alckmin, em movimentos que, sempre terminam em atos de vandalismo. Invasão e depredação, e não é de qualquer tipo de loja não, o que é outro fato curioso.
Arrombam, invadem e quebram bancos e concessionárias de automóveis. O que é bem simbólico, especialmente se quiserem fingir um interesse em promover uma revolução comunista, por exemplo, que bem sabemos ou desconfiamos que de comunista não teria nada. A não ser aproveitar o medo secular da população e conseguir o seu apoio para que os militares venham por fim à baderna, já que as autoridades constituídas não o conseguem.
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Diferente, pelo menos até aqui, pelo que tenho visto e percebido, são as manifestações em BH, que incluem uma pacífica invasão à Prefeitura, a ocupação da ante-sala do Prefeito, e um acampamento sui-generis no asfalto da Avenida mais central que corta a capital mineira, a Afonso Pena.
Ali, parece, o motivo é a questão de habitação popular, e ainda as ações não descambaram para a violência gratuita.
***
Entretanto, embora ache tudo esquisito, devemos estar alertas. Antes que o ambiente, tal qual em 64 possa se  deteriorar e os fatos sairem  de controle,fazendo com que a ditadura volte a nos assombrar e cair em nosso colo, quem sabe para mais quantos antos anos de trevas e atraso.
Tomara que eu esteja errado, mas desconfio que há muitas viúvas da ditadura militar, à solta em torno dessas manifestações.

Dos invisíveis e das invisibilidades sociais



De tanta invisibilidade e insignificância
Você foi se desmaterializando aos poucos
Sua fisionomia foi se desvanecendo
Lentamente
Você foi sumindo
Como se uma impressão que o tempo apaga
O desenho na areia que a onda varre
Assim, seu sorriso foi se consumindo
Sua essência se modificando
Você  perdendo sua inocência
Até que recuperei sua imagem
Que nunca soube identificar
Nas telas de um programa da tevê
Astro brilhando no momento da morte
Para compensar o nada que você incorporou
No momento de nascer

terça-feira, 30 de julho de 2013

Gosto de liberdade



Quero poder viver a aventura
E o gosto de liberdade
Enfim quero aproveitar
Quero explorar a ruptura
Poder sair pela tarde
E viver a emoção de observar
A árvore que floresce no jardim
A criança que passeia pelos canteiros
De jasmim
Quero poder viver a sensação
De fazer com meu tempo
O que eu quiser
Sentar pelos bancos da praça
E poder só sentir
O sopro da brisa à tarde
Vir me distrair
Quero poder viver a aventura
E aproveitar o tempo livre
Depois de cumprida a tarefa
Com a certeza de ter feito o melhor
Em todo o tempo que tive
Quero poder explorar a ruptura
Sem compromisso ou  responsabilidade
Quero poder prosseguir nessa procura
Rota que nos leva à felicidade

segunda-feira, 29 de julho de 2013

NÃO ACREDITO! NÃO ACREDITO!

O título do meu comentário hoje não diz respeito ao jogo de ontem, nem ao seu resultado.
Afinal de contas,  lembrando  a expressão que um colega e amigo tem costume de empregar quando as coisas parecem perder o sentido, "Tem base?"
E ontem nós atleticanos pudemos perceber nitidamente a resposta: não tem base. Ou por outro lado: tem base sim. E a base é muito ruim.
Traduzindo: os jogadores da base do Galo são muito fracos.
O que não significa desmerecer o Cruzeiro, que não tem culpa nenhuma de ter pego pela frente um time desarticulado, desentrosado e com jogadores inexperientes, uns, e fracos outros. Alguns, inclusive, sem condições mínimas de vestirem a camisa do campeão das Américas.
Mas... vida de atleticano é assim mesmo e foi só Sua Santidade ir-se embora, para secar a fonte de milagres e nosso time protagonizar mais um vexame.
***
Tudo bem que Cuca, como qualquer outro treinador em seu lugar desse uma justa e merecida folga para aqueles que, poucos dias antes, se submeteram ao desgaste físico e emocional de uma disputa de final de campeonato, tendo que reverter um resultado adverso depois de 120 minutos de entrega.
Mas Cuca não precisava submeter a todos nós atleticanos a um tal vexame.
Vexame que só não foi maior porque Marcos Rocha estava em campo e, pelo menos ele, jogou futebol ontem. O que apenas serve para confirmar que futebol é um esporte coletivo e que um jogador sozinho nada vale, por maior que seja sua qualidade.
***
Mas se o título do comentário não é para se referir ao jogo de ontem, ou ao futebol do Galo, ou falta dele, qual a explicação para o 'não acredito'?
É que não consigo entender o que se passa pela cabeça de quem é responsável pela elaboração da tabela do campeonato brasileiro,seja uma pessoa ou todo um departamento. Como também não consigo entender a lógica, o marketing, a oportunidade ou falta de tudo isso, de quem marca um jogo com tamanha rivalidade, para três dias depois de uma decisão como a que o Atlético disputou na última quarta feira.
Convenhamos que a Libertadores já estava iniciada e suas datas já estavam definidas quando o Campeonato Brasileiro teve início. E, mesmo que a tabela do Brasileirão já estivesse pronta há mais tempo, o mínimo que o bom senso recomendaria é que se esperasse que algum time brasileiro tivesse a oportunidade de chegar à final. Nesse caso, o jogo ou jogos dos times em disputa deveriam ser analisados de forma a que não fosse marcada para a data imediatamente seguinte à da partida decisiva, um jogo de maior importância.
Com isso ganhariam todos. Inclusive, no caso, o futebol como esporte, já que os dois times poderiam se apresentar com o que tivessem de melhor, elevando a qualidade do próprio espetáculo e até o Cruzeiro, que por ser o mandante, poderia ter um público maior e uma renda maior.
Nesse caso, carimbar a faixa do Galo teria seguramente um sabor diferente, embora, o que vai passar para a história e ficar registrado seja que o time do Cruzeiro jogou e ganhou de 4 a 1 do time campeão das Américas, pondo água no chopp do Atlético. E poucos se lembrarão de que o time estava com seu terceiro time.
Mas, que o jogo teria outra emoção, não resta dúvida.
Por isso não acredito que a CBF não tenha ninguém capaz de analisar e promover as alterações na tabela que tornassem os jogos mais interessantes para o torcedor.
***
Embora, em se tratando de cartolas do futebol brasileiro, talvez eu é que esteja querendo demais. E cobrando racionalidade e inteligência, eu é que esteja fora de sintonia.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Da conquista da América e da compra do título

Embora sejam normais as brincadeiras, choros, lamentações protagonizadas pelos cruzeirenses e envolvendo a conquista da Libertadores pelo Atlético, há uma história que anda tendo alguma repercussão e que, em minha opinião, é simplesmente deplorável.
Trata-se da versão de que o título do Galo teria sido comprado por 9 milhões de dólares, pagos por Ricardo Guimarães, e  usados pelo time paraguaio para colocar em dia o pagamento de sua folha de salários.
É tão desrespeitosa, a versão. Tão contrária ao mínimo senso de esportividade que deveria (no condicional, porque tenho consciência que isso seria exigir muito!) prevalecer em qualquer competição que, na verdade, acho que nem deveria perder meu tempo e o espaço desse pitaco.
Mas, trato do tema pelo princípio.
***
Começo dizendo que nunca aprovei, e nunca concordei com a frase dita por colegas, amigos e atleticanos que conheço que se ganhar é bom, melhor ainda se for de gol roubado, de mão, aos 48 minutos do segundo tempo.
Por mais atleticano que eu seja, por mais que a vitória do meu time seja meu objetivo, há em mim uma caretice que não me permite comemorar algo que, no íntimo, sei que não merece ser comemorado.
Chorar, já que o choro é livre; reclamar da arbitragem transferindo, às vezes, a responsabilidade do nosso fracasso para cima de outros é compreensível, quando com a cabeça fria, analisamos os resultados do futebol, e o comportamento a que somos induzidos por eles.
E confesso que, em derrotas extremamente doídas e sofridas; em vexames de que tomamos parte, em situações em que tudo que podia dar errado para nosso time, ou para um ou alguns de nossos jogadores dá errado, é até humano que se levante a dúvida quanto à lisura do comportamento de nossos atletas.
Afinal, embora não devesse ser assim, a vida tem nos dado demonstrações de atletas que, por uma série de motivos, fizeram corpo mole e entregaram o time ou o resultado.
Infelizmente, tanto isso é comum, que é de conhecimento público que o boxe acabou  tornando se marginalizado e estigmatizado por força dessa fabricação de resultados.
***
Por esse motivo, embora sem levar em conta o fato de que estamos falando de seres humanos, e passíveis de falhas, eu mesmo sempre achei no mínimo suspeito o resultado, por exemplo, de nossa derrota de 6 a 1 para o Cruzeiro, há menos de 2 anos, em um dezembro de 2011.
Confesso que tanta suspeição me levou, como a alguns outros atleticanos a suspeitar de resultado fabricado, talvez preferindo  não ver alguma superioridade, pelo menos naquela partida específica, capaz de explicar placar tão dilatado e tão estapafúrdio.
E não por ser contra o Galo. Mesmo que fosse a nosso favor, a diferença de qualidade dos times e das equipes e atletas não justificaria tal palacar.
Exceto pela aceitação de que no futebol, às vezes, o Imponderável de Souza tem chance de aparecer e brilhar.
Até por isso, quem sabe, o futebol seja o esporte apaixonante que é.
Mas, ao levantar suspeitas, não lembramos de considerar que do lado de lá, entre os acusados, estão homens, trabalhadores, pais de famílias. Gente como a gente. E sujeitas a falhas. Mesmo que muitas e reunidas.
***
Mas, um torcedor de outro time, que nem participava diretamente da competição e que se vê frustrado, talvez, por não ser o seu time que tivesse a oportunidade de impedir a vitória e/ou a conquista do adversário
vir afirmar e inventar versões de que o resultado foi comprado, faça-me o favor!
E, em minha opinião, repercutir, mesmo que só para dar uma cutucada nos torcedores do time contrário, notícias tão fantasiosas como essa, está no mesmo nível de desrespeito e atitude antiesportiva.
Porque afinal, os jogadores do Olimpia vieram para amarrar o jogo e não deixar o Galo ganhar. Ou não deixar marcar mais de um gol.
Ficaram todo o tempo segurando o jogo, amarrando o andamento do jogo, fazendo cera, sem se preocuparem exceto em fazer uma retranca, fechando sua defesa.
Que uma ou outra jogada de perigo no ataque pudesse ter lugar, era natural e casual. Mas, como não era essa a preocupação principal, também era natural se esperar que tais jogadas, por não serem esperadas, terminassem mal.
Foi assim, por exemplo, que creio poder explicar o escorregão dado por Ferreira, com o gol aberto à sua frente no final do jogo.
***
Mas, considerar que o time paraguaio se vendeu, é não querer enxergar ou aceitar que, mesmo jogando abaixo de sua potencialidade, o time do Atlético foi mais time, pressionou mais, criou mais oportunidades, mais chances de perigo, o que permitiu destacar o excelente Martin Silva, goleiro do time paraguaio.
Foi porque buscou mais o gol, procurou mais a vitória e contou com aquela necessária parcela de sorte de campeão que o Galo devolveu o placar de Assunção.
Foi porque estava mais tranquilo, já que jogando em casa, e mais descansado, já que passou parte do jogo com um jogador a mais que o Galo tinha mais pernas para a cobrança de penalidades.
Foi por tudo isso que mandamos duas ou três bolas na trave, tivemos chances de gol, como a perdida com Alecsandro no momento final da prorrogação, e houve um pênalty em Jô, mais uma vez não assinalado pelo juiz.
Falta que a tevê mostra sem dar margem a qualquer dúvida quanto a sua existência, e que mostra que o juiz "comprado" devia estar querendo renegociar seu preço?!?!?!?
***
Lamentável na história e na versão, então, é o fato de que alguns torcedores rivais não são capazes de reconhecer que o nosso time foi superior e merecedor da vitória e da conquista. E que acabou com a exclusividade que o time deles mantinha, até a data, em relação à Taça Libertadores.
E divulgar ou vir repercutir essa história, apenas para tentar turvar nossa alegria mostra uma incapacidade ter humildade e de reconhecer o melhor momento do outro. E ter a esportividade de admitir que a conquista foi limpa e merecida.
Mesmo que dolorosa e não desejada por eles.
***
Embora como disse antes, nunca gostei de falar que para ganhar vale até gol de mão no fim do jogo, porque vai contra as regras, então, para os que insistem em pensar pequeno, é hora de declarar que é muito melhor que ganhar roubado, obter uma vitória já conquistada fora do campo de jogo, na mesa de um jantar, num restaurante chique. A peso de ouro ou de 9 milhões de dólares.
Como subproduto, ainda podemos nos vangloriar até de ter permitido que os direitos de trabalhadores, como os jogadores do Olimpia são, fossem respeitados, com  o pagamento deles podendo ser efetuado.
***
Só para concluir, destaco aqui com orgulho o profissionalismo dos jogadores do Olimpia, que levaram o time onde ele chegou, mesmo não recebendo e tendo seus direitos desrespeitados.
Isso sim, é de tirar o chapéu.

O Papa e o Galo: não é a Globo, mas tem tudo a ver

Cai a popularidade da Dilma
cai a atriz no centro da cidade
cai a chuva sobre o Papa
só não cai a simpatia
mostrada por Sua Santidade

O povo todo se aglomera
como se esperasse um milagre
que virá tenho certeza
mesmo que com alguma demora
já que o transporte público
se não funcionava bem antes
não vai melhorar agora

E mesmo sendo argentino
(ou por ser  nosso hermano)
mais que demonstrar alegria
o Papa mostra ser humano
E traz mensagens de Fé
e incentivo à juventude
para que com sua coragem
conservem sempre a atitude
na luta por ideais
sem abrir mão das virtudes

Em face à mensagem do Papa
extasiado me calo
agradecendo o milagre
que sagrou campeão das Américas
o querido time do Galo 









quinta-feira, 25 de julho de 2013

CAM-PEÃO DA LIBERTADORES NO ANO DE 2013 - 2 MIL E GALO!!!

Nem se o Papa Francisco estivesse ontem no Mineirão, celebrando uma missa ou fazendo um de seus sermões cheios de símbolos sobre a juventude e a liberdade haveria tanto terço, tanta medalha, tanta oração, tanta gente rezando como eu vi ontem, na conquista da Libertadores da América pelo Galão da massa.
Mas, como diria um colega meu: MAKTUB.
Estava escrito. E sob o embalo do grito da massa, o tempo todo gritando Eu Acredito! o Galo mesmo sem jogar bonito sagrou-se campeão. Como estava escrito foi com sofrimento, tinha que ser com sofrimento e dores, só assim para o Galão sagrar-se campeão. Só assim para que o Atlético pudesse se tornar o Campeão da Libertadores.
Era como um mantra e a torcida repetia sem cessar: Eu Acredito. Eu Acredito. E foi assim, acreditando, até o final.
Apenas para manter a tradição. Para manter a sina de ganhar com sofrimento. Para ganhar com raça, disposição. Para ganhar com sangue e coração. Coração e FÉ.
Porque estava escrito que no ano de 2000 e GALO o título tinha que ser nosso.
Embora, claro, não precisava ser tão sofrido. Tão doloroso, como foi.
Que o diga o Pieroni, citado ontem aqui no pitaco. E que deve ter engolido o coração tantas vezes quantas o coração deve ter ameaçado sair do peito e ganhar o mundo de carona com sua respiração ofegante.
Que o diga o Fernandinho, capaz de me ligar em pleno Mineirão. O Reco, o Marcelo, o Marquinho, todos no Espetinho do São Pedro, empurrando o Galo para sua maior conquista.
***
Quanto ao jogo, parabéns e obrigado ao Cuca que, mesmo sem conseguir mudar o estilo de jogo do time, acostumado a dar chutões para a frente, conseguiu mostrar coragem e fé.
A Cuca, além da capacidade de contagiar a torcida e o time, ao colocar a camiseta Yes We CAM e conseguir manter a corrente de união e de esperança, devemos agradecer a mudança promovida no time no intervalo do jogo de ontem, quando promoveu a substituição de Pierre por Rosinei.  Acho, e comentei, que Rosinei deu mais consistência ao time. Deu mais corpo. O time ficou mais coeso. Sem espaços e sem buracos.
De quebra, a entrada de Rosinei permitiu que começasse a aparecer, absoluto no meio campo, na intermediária, o futebol exuberante de Josué. Que parecia daqueles líderes de pelada, comandando a maioria das ações do time.
Por Josué passaram todas as bolas que levaram o Galo à frente.
Mas voltemos a Cuca. Cuca viu e trocou na hora certa, colocando o time para a frente. E de Rosinei nasceu o cruzamento que, por felicidade de Jô, o zagueiro do Olimpia furou. E furando ajeitou para Jô tornar-se o artilheiro dessa edição da Libertadores.
Em seguida, Cuca mandou de vez o time para a frente, promovendo outra substituição para calar a boca dos que, como eu, ainda podia ter algum medo de que nosso técnico pudesse ter algum pendor de técnico retranqueiro.
Vá lá que, jogando em casa, e com a necessidade de partir para cima do adversário, qualquer técnico colocaria mais um atacante. E foi o que Cuca fez, tirando Michel para a entrada de Alecsandro.

Não que Michel estivesse jogando mal. Ao contrário, Michel estava mostrando uma rara habilidade de alçar bolas para a área paraguaia, com cruzamentos bem feitos.
Mas, convenhamos que, até para fazer raiva em meus vizinhos Robinho, Bebeto, e em outros vários atleticanos da Galoucura, o time ontem sentiu muito a falta de Marcos Rocha. Cuja ausência permitiu que eu confirmasse uma ideia que sempre me acompanhou: nosso lateral titular, Marcos Rocha, é um dos jogadores mais lúcidos, senão o mais lúcido nos últimos jogos, de nosso time. Lúcido no sentido de que sabe sair jogando e sabe o que fazer com a bola nos pés, evitando os famosos chutões. Sempre procurando levantar a cabeça e fazer lançamentos em profundidade capazes de levar grande perigo.
Mas, o time não estava jogando bem, ou não tão bem como seria necessário para vencer a retranca montada pelo time paraguaio. E Tardelli, em noite infeliz, também saiu para dar lugar a Guilherme, capaz de criar vários lances de perigo, com lançamentos inteligentes.
***
Dessa forma, conquistamos o placar que nos faria sonhar. E, contando com a expulsão do jogador paraguaio, fomos com superioridade numérica para a prorrogação. Em que o Galo entrou matando, tocando bola, colocando o Olimpia, já cansado na roda.
E aí começou o bombardeio, que se mostrou inútil. Caprichosa, a bola insistia em não entrar. Mérito do excelente goleiro do Olimpia. Da trave. Da sorte, também do time paraguaio.
Mas, creio eu que, aproveitando a visita do Papa Francisco a nosso país, também Deus estava aqui a passeio (que me perdoem a liberdade da imagem, uma vez que Sua presença aqui foi sempre uma constante!) . E, empolgado pela fé e confiança, resolveu privilegirar o Galo.
Porque, pensando bem, como entender aquela jogada do Olimpia em que, aproveitando um descuido da defesa do Galo, mais um!, o atacante driblou o Victor, e na hora exata de chutar para o gol completamente vazio, escorregou...
***
Falei já de Cuca. Da falta de esquema tático do Galo, restrito a dar os chutões que sempre criticamos, para um Jô que estava sem alguém para fazer a jogada de pivô.
Nessa hora, fico pensando no que deve estar passando pela cabeça de Tostão, o ex-atacante cruzeirense que, por falta de vontade de elogiar o Galo - ou de boa vontade, em suas duas últimas colunas saiu com essa de estilo Galo Doido.
É Tostão. O estilo Galo Doido campeão, deu certo. Mas você estava certo. O Galo teria que jogar mais, tocando bola, trocando passes em velocidade aproveitando as penetrações de seus velocistas Bernard, Tardelli.
Entretanto, esse estilo de jogo exige um jogador capaz de fazer lançamentos que Ronaldinho não estava sendo feliz em realizar. Aliás, o que conseguiu fazer, colocou Bernard na cara do gol aos 3 minutos do primeiro tempo do jogo contra o Newell's, há duas semanas atrás. E a jogada terminou em gol do Galo.
Mas, sem Ronaldinho estar conseguindo ser feliz nos lançamentos, restava apenas contar com os passes saídos de Marcos Rocha pela direita. O que é pouco.
Daí os chutões que tiram o brilho, a beleza, a plasticidade, a velocidade do futebol envolvente, endiabrado, de constantes trocas e rodízio de posição entre Bernard e Tardelli.
Então Tostão está certo. O Galo perdeu qualidade, na medida em que seu principal elemento não vem atravessando uma fase das mais felizes.
Mas, não é estilo Galo Doido, Tostão. E você tem capacidade para falar mais de futebol, e com mais isenção do que tem feito, em minha opinião.
***
Ontem, mais uma vez não acertando a maioria das jogadas que tentou, Ronaldinho esteve apagado, embora é importante reconhecer sua liderança em campo e o fato de o tempo todo cantar as jogadas, e orientar o posicionamento do time em campo.
Infelizmente, também Tardelli estava em noite de pouca inspiração, parecendo estar muito pesadão. Lento.
Completando o quarteto da frente, também Bernard parecia mais preocupado em evitar jogadas bruscas, o que não significa que estava com medo de disputar as bolas.
Bernard é atleticano. E provou isso, indo nas jogadas divididas quando necessário e retornando para dar chutões para tirar a bola da defesa quando necessário. Não conseguiu foi espaço e inspiração para suas arrancadas periogosas.
***
Réver e Leo Silva, este último herói do jogo, autor do gol salvador, embora jogassem bem, precisam estar mais atentos. Em alguns momentos, os atacantes paraguaios entraram tabelando e trocando passes com incrível facilidade em nossa área.
E Réver praticamente não ganhou nenhuma bola alçada para o ataque do Olimpia.
Quanto a Júnior César, voltou bem ao time, sendo uma boa opção de jogadas pela esquerda, especialmente na segunda etapa do jogo, e daí para a frente.
***
Campeões merecidos da Libertadores! Alegria da Massa. Alegria da cidade, tingida de preto e branco.
Onde andam agora os comentários de Caio, meu aluno. Do Leopoldo Grajeda. Do Júlio. Do Rafael, do Comex. Do Raphael Cipriano. Do Chicão, meu vizinho. Do pessoal cruzeirense do Face.
A esses, cruzeirenses, apenas a nossa palavra de fé, de atleticanos que trazem no hino sua mística de vingador. Nós os vingaremos em Marrocos. Não se preocupem, o Galo fará por vocês, o que vocês tiveram a oportunidade de fazer por duas vezes, sem êxito.
Bem, pelo menos vocês tiveram a oportunidade. Duas vezes.
Quem sabe, já classificados para a Libertadores de 2014, a gente não venha a ter também essa mesma oportunidade no ano que vem.
Mas, a gente vinga vocês. No mais, o choro é livre. E no dia de hoje, cruzeirense pode falar o que quiser. Enquanto a gente canta, comemora, bebemora, buzina e faz farra.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pitacos de retorno da cirurgia

Enxerto de gengiva. Clinicamente, um êxito, graças à competência e experiência do Dr. Ernani Tadeu de Souza, e sua muito bem montada clínica, à R. Piauí, aqui na capital mineira.
Mas, como é incômoda a recuperação. Não pela dor, que pouco senti. Nem pela quantidade de gelatina, picolé e sorvetes que são recomendados.
Nem é incômoca a colocação constante da bolsa de gelo, para tentar impedir o inevitável inchaço.
Afinal, vai inchar. Mas não aquele inchaço de quem parece estar o tempo todo comendo uma bala.
Especificamente no meu caso, o inchaço é no lábio superior, o que me faz lembrar de meu saudoso dentista Dr. Hugo Werneck, que sempre me desaconselhou fazer obturação em qualquer dente da parte central superior da boca com o uso de anestesia.
Dizia Dr. Hugo que a dor da obturação, feita rapidamente passava de forma tão breve quanto o próprio uso do motor. Mas a anestesia desceria como uma tromba, incômoda. Pesada.
Atendendo ao conselho do Dr. Hugo, optei pelo tratamento a seco, sem anestesia. E foi, em minha opinião, a opção mais sábia.
Agora, entretanto, não houve a possibilidade de fazer essa opção. Nem seria recomendável. E a sensação de tromba ficou pesando, enquanto eu punha e tirava compressas de gelo, comia sorvetes e sucos gelados e via o rosto inchar.
***
Mas, nada que venha a impedir a ida ao Mineirão hoje à noite, para levar meu incentivo e meu grito de Fé ao Galo. Uma vez que EU ACREDITO.
E continuo acreditando, como toda a massa atleticana.
E, como bem lembrou o Tardelli, lembrando que o Mineirão é o palco privilegiado de nossas conquistas. Local onde tivemos jogos, campanhas e vitórias memoráveis. Como a vitória contra a seleção brasileira, em 1969, por 2 a 1, a mesma seleção que um ano depois encantaria o mundo conquistando a Taça Jules Rimet.
Bem, essas são outras conquistas. E outras lembranças. A maior parte das quais, muito boas.
De um tempo em que íamos, meus irmãos (o Léo, o Fernando, Durtal) e eu aos jogos de rodada dupla, sempre  que um dos times atuando fosse o América, levados por Dr. Miltom, de saudosa memória.
Passada essa fase, tornou-se nosso hábito ir a praticamente todos os jogos do Galo, com o Dr. Geraldo Almeida e D. Haide, atleticanos fanáticos e pais do grande amigo, Márcio Fonseca.
Tempos bons. Muito bons aqueles.
***
Hoje, começamos a escrever um novo capítulo, uma nova história no rejuvenescido Mineirão.
Tomara que de conquistas e êxitos.
Que os deuses da bola nos façam sair vitoriosos do jogo de logo mais à noite.
E que o time do Atlético faça brilhar o nome de Minas e leve o nome do Galão da Massa para todo o continente e para o mundo.
Vamos lá, Galo.
EU ACREDITO!!1
***
Duas perdas importantes, nesses dias de visita do Papa Francisco a nosso país. A primeira, por uma questão de idade, de Djalma Santos, em minha opinião o melhor lateral direito de nosso futebol, sem desfazer de outros jogadores do calibre de um Carlos Alberto Torres ou do Cafu.
Mas, Djalma Santos e suas embaixadas ficaram gravadas em minha memória. E agradeço por ter podido vê-lo jogar.
Embora no Palmeiras.
Dominguinhos e sua sanfona, hoje muda e entristecida.
De Dominguinhos, apenas mencionar a falta que nos faz - a todos, um xodó.
***
Bem vindo seja o herdeiro do trono inglês.
O que valeu uma excelente anedota de Danilo Gentili, ontem, ao mencionar o fato. Segundo Danilo, o nascimento do futuro rei é excelente, ao menos para que a mãe, Kate não fique andando por aí, achando que está com o rei na barriga.
***
Pieroni, é hoje! Tomara que você possa ajudar o Galão a por a pá de cal nesse Olimpia. E que possa soltar o grito preso na garganta e no nosso peito.
Reco, Marcelo, vamos que vamos, que hoje precisamos de contar com toda nossa fé.
Eu também acredito.
E, sem dúvida, uma vitória do Galo deixará nosso BH bem mais bonito.
***
Para concluir: a mensagem de Francisco, solicitando " permitam-me que nessa hora eu possa bater delicadamente a esta porta"  ( a porta do coração dos brasileiros) e sua sequência: " não tenho ouro nem prata mas trago Jesus Cristo" foi  e será dos versos mais bonitos e significantes de toda a estada de Sua Santidade em terra pátria.
Bem vindo Francisco e suas lições tão necessárias de humildade.
E que Francisco ajude o Galo essa noite.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Por teimosia, continuo acreditando

Eu continuo acreditando, especialmente se Ronaldinho Gaúcho entrar em campo na próxima quarta-feira, dia 24.
Ficou muito - MAIS - difícil, ninguém de negar há de.
Mas não ficou impossível. E,  como o rapaz da limpeza urbana que passou ainda antes das 8 horas pela minha rua gritava, eu acredito.
Porque caso a gente tenha que vir a ser o campeão, não seria o Galo, se não fosse sofrido.
O título, caso venha, não seria nosso, se não fosse chorado.
E nem teria o mesmo sabor, se não fosse duramente conquistado.
Porque parece ser essa a nossa mística. Ou nosso carma. Ou o que dá a liga entre cada um dos torcedores e entre a torcida e o time. Mesmo em ocasiões como a de ontem, no Paraguai.
***
Falar do jogo é difícil. O Atlético, com Luan, começou melhor. Partindo para cima. Sufocando.
Confesso que eu não poria Luan. Talvez entrasse com Guilherme. Mas, como é Luan que apresenta características mais semelhantes ao do pequeno e endiabrado Bernard, respeito a opção de Cuca.
E Luan começou bem. Até que levou uma dura do Cuca, ou o que pareceu ser uma dura, exigindo que ele voltasse e marcasse mais em cima.
Pareceu-me que, a partir daí, Luan decidiu ficar só lá atrás, marcando. Coisa que ele não é especialista em fazer e que tirou bastante do ímpeto que o time estava apresentando.
Curiosamente, os locutores e comentaristas das televisões, todos comentavam do desânimo da torcida paraguaia. Do silêncio em oposição ao verdadeiro carnaval que a torcida do Galo promovia, com seus cantos e gritos de estímulo.
Aí veio o apagão. E junto com o apagão do time, o avanço do zagueiro do Olimpia, que foi vindo, foi vindo e indo foi até a entrada da área. À sua frente, ninguém. Como se fosse a entrada de um soberano num salão repleto de convidados, todos se afastando e se curvando à entrada do monarca, o jogador do Olímpia veio entrando, entrando, e todos os nossos atletas se afastando. Abrindo espaço para o tiro fatal. Que bateu na trave, e foi morrer no fundo de nossa rede, arrastando nossos sonhos.
A partir daí, o Olimpia cresceu, aproveitando-se de o Galo estar completamente grogue. Embora o Atlético não foi engolido. Poder-se-ia dizer que o jogo ficou equilibrado. O que para um time que tem Ronaldinho, que por si só já é fator de desequilíbrio, é muito ruim.
Mas o Gaúcho parecia completamente alheio ao jogo, embolando-se com a bola. Caindo. Perdendo jogadas infantis. Nervoso.
***
No segundo tempo, Cuca mudou e o time voltou a melhorar. E se no primeiro tempo já tinha havido um lance em que Marcos Rocha lançou uma bola açucarada para Tardelli, que perdeu uma grande oportunidade, outros lances aconteceram com o Galo tendo chances e desperdiçando-as.
A substituição de Ronaldinho foi oportuna e, diria eu, sábia. Poupou o craque de continuar mostrando sua total apatia em campo.
E o time do Galão, voltou a mandar no jogo, mesmo sem conseguir levar perigo ao gol do Olimpia, salvo uma jogada espetacular de Jô, que o bom goleiro do time paraguaio tirou no mais puro reflexo.
Aí veio a ducha de água fria. Na sequência de uma série de fatos que não tinham explicações, como o cartão amarelo mal aplicado para Marcos Rocha, que o tira do próximo jogo, o final e que, em minha opinião, não foi lance para cartão. A expulsão justa, mas em jogada sem qualquer necessidade de Richarlyson; a falta de Rosinei praticamente em cima da linha da área, faltando apenas alguns segundos para o encerramento do jogo. Alecsandro dentro do gol, confundindo-se e atrapalhando Victor de praticar a defesa, embora mais uma vez, o fato de a bola ter batido no travessão e entrado mostra que Victor não teria como impedir o gol.
***
Antes de encerrar, há que reconhecer. Em duas ou três oportunidades desse segundo tempo, mais uma vez o time paraguaio teve as maiores facilidades para avançar e entrar na área do Atlético, que só não levou mais gols por sorte. Muita sorte. Sorte de campeão como eu pensei e o locutor chegou a falar.
***
Agora é esperar mais uma semana. E mais uma quarta-feira. Dessa vez no Mineirão.
E tentar reverter, mais uma vez, esse resultado.
Afinal, é Galo. Afinal, é tudo difícil. Porque nós tornamos difícil.
Ainda assim, não é impossível.
E, até por teimosia, EU ACREDITO!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

2a Prestação de Contas - Pietro



Doações Pietro – 2ª prestação de contas

Atendendo aos nossos propósitos iniciais, a Ação da Cidadania dos Servidores do BC-BH divulga notícias dos 3 pilares que dão sustentação à campanha do Pietro, que é coordenada pelo núcleo de voluntários Mirian e Getúlio (pela Ação), Rodrigo Almeida, Felipe Cancela e Itamar de Souza.

1 – arrecadação voluntária dos recursos:
Doações financeiras: saldo atual* de R$7mil (conta corrente 6.912-4, agência 4.887-9, titularidade Michele Fernanda Ferreira da Silva Alves, CPF 074.932.756-10).
Doações materiais: já recebemos brinquedos e livros de estorinhas para o Pietro, além de bonecas para alegrar o quarto de quem iria chegar (infelizmente, em 9/julho, com 7 meses de gestação, a neném não nasceu com vida e a família se recupera de mais esse acontecimento...).
Para quem está em BH, serão sempre muito bem vindos os seguintes artigos, que passaram a integrar a lista de consumo diário por exigência médica: lenços umedecidos antissépticos, álcool gel, sabonete líquido e papel toalha.

2 boa administração financeira:
É com grande interesse e dedicação que o Edmilson comparece às aulas informais para receber orientações do Rodrigo Almeida sobre como administrar os recursos arrecadados, sob o pano de fundo do curso oferecido pelo Bacen “Gestão de Finanças Pessoais”. São 2 ou 3 vezes por semana, mas suspensas neste período de luto. São parte da pauta o saneamento das dívidas anteriores (situação já declarada no Comunicado ADBHO de 29.5.2013 e na mensagem de lançamento desta campanha de 3.6.2013), o controle atual de gastos e o planejamento para o futuro próximo, tudo com foco na saúde do Pietro e, consequentemente, na saúde financeira da família, que, mais do nunca, precisa encontrar o equilíbrio para atravessar este momento difícil.

3 transparência:
Já realizado saque total* de aproximadamente R$7mil para custeio de despesas conforme documentação em nosso poder e planilha de registros, à disposição do colaborador que nos requisitar vistas. A empresa que seria contratada para a coleta e armazenamento das células tronco compareceu na maternidade em 9/julho, mas nenhum material pôde ser coletado, não gerando custos financeiros.
(*Os valores estão estimados a partir da prestação de contas anterior, pois seria indelicado exigirmos os documentos neste momento. Os saques são sempre “autorizados” previamente pelo núcleo de coordenação da campanha, motivo pelo que temos noção de valor.)

Ainda não ocorreu a cobrança da Unimed referente à parte que cabe ao associado nas despesas hospitalares e laboratoriais, realizadas a partir da internação no final de abril/2013, a qual imaginamos que será de razoável montante, principalmente em face de o plano oferecer enfermaria e a saúde exigir apartamento. No salário recebido em julho/2013, veio desconto do plano coparticipativo apenas das pequenas despesas iniciais, anteriores ao período de 35 dias de internação.

Permanece a expectativa do tratamento de 3 anos, período em que pode ocorrer a opção pelo transplante da medula (compatibilidade estimada para irmãos é pouco menor que 50%, ao tempo em que no banco público a chance é 1 em 1 milhão). As sessões de quimioterapia ocorrem a cada 3 semanas, e o Pietro (carequinha, de boné!!) tem se mostrado valente ao chato tratamento, que também inclui a internação rotineira de 4 dias no mesmo período.

Não dispomos de métodos para quantificar a previsão de gastos para período tão longo e sujeito a variações, motivo pelo que a Ação deixa a critério de todos a decisão de seguir com as doações. Estaremos sempre por aqui**, à disposição de quem queira buscar notícias do Pietro, e divulgaremos outra prestação de contas quando o saldo atual for novamente sensibilizado significativamente ou diante de fatos novos. Nós, do núcleo, temos uma lista de providências em todos os aspectos que envolvem o caso, mantendo a intenção da Ação de acompanhamento permanente.

Com 20 anos de Ação, esta campanha é um dos mais fortes marcos da nossa união. Nossa esperança está bem descrita pelo nosso colega Paulo César em seu blog http://tambemquerodarpitaco.blogspot.com.br/ , onde também nos comovemos com o lançamento da campanha do Pietro em junho/2013 com a mensagem Dica de uma aplicação de alta rentabilidade, mas você tem de ler até o fim. Assim que ele soube hoje da triste notícia, postou novo texto, cujo final pedimos-lhe licença para também encerrar nossa nota:De nossa parte, continuamos aqui, com Esperança e Fé de que Pietro irá vencer mais essa dificuldade. E que, passado esse primeiro momento de dor, o sentimento de perda dos pais possa dar origem a uma nova sementinha, cuja célula permita a Pietro continuar sua trajetória de resistência.

Nosso abraço e gratidão, em nome dos pais que não se cansam de nos pedir para retransmitir o agradecimento a todos que já se envolveram de alguma forma com a luta do filho.

Comitê da Ação da Cidadania do BC-BH
**Beth Pinto, Consuelo, Cristina Viana, José Roberto, Getúlio, Mirian, Gisele, Vera Melo, Renato Fabiano, José Reinaldo, Márcio Gomes e Wagner Cateb