quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Pitacos diversos: hábitos presidenciais e vexames notáveis. Brasil pária: a Crítica ridícula ao globalismo; o projeto das Fake News

Hábitos e costumes presidenciais

É fato de domínio público que Juscelino era um presidente que gostava de serestas, bailes e de dançar, o que lhe valeu fama de autêntico pé de valsa. A essa lista de preferências acrescentava-se a música do folclore mineiro que o acompanhou em todas os momentos importantes de sua vida pública: o Peixe Vivo.

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Jânio Quadros ficou famoso por seu gosto pela bebida, fosse uma boa cachaça ou um bom whisky, o que lhe rendeu uma série de histórias curiosas, e frases engraçadas. A mais conhecida delas ao responder ao ser questionado de porquê bebia: “Bebo porque é líquido, se fosse sólido come-lo-ia.”

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De Collor, fica a marca do uso político de atividades esportivas, que ele cultivava para apresentar-se como um atleta resoluto, vigoroso, capaz de abater com um só tiro de uma ‘bala  de prata’ o tigre da inflação. Isso além de dar curso a sua caçada fake aos marajás.

Olhar transtornado, olhos crispados, ‘capazes de soltarem fogo’ (citação do senador Pedro Simon, referindo-se a outra ocasião), Collor se caracterizou ainda pela utilização de suas camisetas como “out-doors” quando de seus exercícios dominicais por Brasília.

Das frases, uma que ficou célebre trazia um presságio:  “O tempo é o senhor da razão”. Não passou muito tempo para a loucura de viés autoritário e a corrupção escancarada da república das Alagoas dar lugar ao impeachment e ao retorno à democracia.

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Itamar gostava de carnaval. É o que me lembro. E fotos extravagantes conseguiram captar seu gosto.

FHC era um erudito que, em minha opinião, sempre gostou mais de si mesmo, incapaz de guardar dentro de seu gigantesco ego.

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Lula sempre foi um apreciador de uma boa cachaça e de um churrasco, além de festas juninas que ficaram famosas. Além de futebol e do Corínthians.

A ele, o amigo Emílio Odebrecht se refere como um bon vivant, enquanto a impressão que me transmite é a de ser um animal político, dotado de grande oportunismo.

Dilma sempre teve uma vida privada bastante resguardada e Temer, famoso por interpretar o papel de Judas sempre gostou de dinheiro, bolsas de dinheiro passeando pela Pauliceia, além de mesóclises.

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Quanto a Bolsonaro, sempre demonstrou seu apreço por bravatas, piadas de mau gosto e humor questionável, pela prática do peculato por meio de empregados fantasmas e das famosas ‘rachadinhas’, e de não fazer nada, exceto intrigas e crises.

A isso, soma-se sua sempre presente necessidade de se apresentar como um esportista, sempre fazendo referências a seu passado de atleta no Exército. Equitação, passeios de moto e jet-sky e uma preocupação de sempre de criar oportunidades para estar nos braços do povo (aquele que os seguranças permitem que se aproximem ou até convocam), em eventos cuja única preocupação é politiqueira: demonstrar sua postura e seu comportamento menos sofisticado, fruto de sua origem mais simples e popular.

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Assim, é de conhecimento público que o chefe do Executivo gosta de futebol, e está sempre disposto a se deixar fotografar com camisetas de times mais populares.

Quanto a seus hábitos alimentares, sabe-se que gosta de pão com leite condensado, cachorro quente, e uma mesa de café da manhã frugal.

Em que gasta ou como gasta ou justifica os gastos milionários liquidados por meio do cartão corporativo (dados do Portal da Transparência indicam 20,1 milhões de reais em 2020) não são informação disponível, como assinala o Correio Brasiliense de 27/01/2021, com base nas informações daquele Portal, dado que mais de 19 milhões de reais são atribuídos a um CPF sob sigilo.

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No entanto, de tudo aquilo a que sempre faz questão de dar publicidade, na criação de uma imagem de um homem do povo, não consta, não vi menção a qualquer apreço por pizza.

O que não o impede de, em sua última estada em Nova York, ter decidido que ia comer um alimento mais frugal, mais simples ou popular. Quanto a isso, não há crítica alguma a fazer.

Afinal, gosto é gosto.

 

O Papelão do Brasil isolado, na ONU

O problema não é saber o tipo de alimento, ou o que come o Jair.

O problema nem é, como os bolsopatetas insistem em divulgar nas redes sociais, o contraponto com jantares mais sofisticados e mais caros, verdadeiros banquetes, atribuídos a representantes e a delegações de governos tidos como de inspiração mais esquerdista e, como tal, mais populares.

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A crítica contida nas manifestações dos bolsotários é tola e vazia. Porque qualquer que seja o nome do ocupante do cargo, o fato e a foto de o presidente brasileiro estar comendo uma pizza, em si mesmo, não é o problema.

Significativo é o fato de que, o presidente e os integrantes da delegação representante do Brasil estavam proibidos de frequentar o  interior de uma pizzaria para, sentados à mesa,  apreciarem uma pizza. E a razão disso é o PRESIDENTE do Brasil não ter cumprido o ACORDO DE CAVALHEIROS tácito a que se submeteram todas as demais delegações estrangeiras presentes à abertura da Assembleia Geral da ONU.

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O que houve foi a ruptura de um pacto, por força do negacionismo em relação à vacina, ao uso de máscaras, até mesmo à gravidade da pandemia, que tem caracterizado e colocado o nosso país na condição de um país PÁRIA, em todo o mundo.

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Situação que apenas reforça as críticas  A TODOS NÓS, bolsotários ou brasileiros de bom senso, ou até aos ignorantes, omissos ou analfabetos políticos, feitas por toda a mídia internacional e que tem nossa delegação como foco. Seja pelo comportamento do presidente no encontro com o primeiro ministro inglês, depois de ter sido confrontado com a falta de vacinação; seja pelo comportamento do prefeito de Nova York, indicando locais de postos de vacinação; seja pelo discurso caricato e fake com que brindou aos presentes na ONU; seja pelo gesto obsceno feito (a apresentação de seu dedo médio) por seu ministro da Saúde,  antes de passar pelo outro vexame de ter de comunicar oficialmente estar contaminado pela Covid.

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Se a intenção do presidente era a de mostrar a oposição explícita desse governo a uma eventual  degradação que caracteriza o mundo, atribuída ao processo de internacionalização que estamos vivendo, a comitiva brasileira não poderia ser mais contundente.

A título de criticar o mundo, o presidente optou por  isolar o Brasil. E por chocar a todos que, de forma incoerente e contraditória com seu discurso mágico e distópico, pretende atrair para nosso país.

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A razão do Projeto de Lei das Fake News

Tendo o Senado devolvido a Medida Provisória destinada a restringir o direito de as redes sociais combaterem fake news, aquela MP perde seu efeito, o que se corrobora com a decisão da Ministra Rosa Weber do STF, de suspender tal medida.

Em razão disso, o Executivo resolveu enviar ao Congresso, agora, um Projeto de Lei com o mesmo conteúdo.

Dois detalhes: a satisfação do presidente da Câmara, Arthur Lira, com a remessa de tal matéria para discussão e análise pelo caminho formalmente mais adequado, o de um PL, sem qualquer crítica ao conteúdo absurdo nele tratado.

Segundo, o engano cometido por todos os analistas para quem a intenção de tal MP, lavrada antes do fatídico 7 de setembro, data do autogolpe fracassado, destinava-se a permitir e alimentar notícias do golpe frustrado.

Na verdade a razão da MP e do PL, por mais que contemplem a rede do ódio e das inverdades favoráveis ao governo é, em minha opinião, eliminar qualquer possibilidade de punição a todos os acusados de cometer Fake News, alguns até presos, por força de inquérito no STF.

Afinal, se não há tolerância à divulgação de tais mentiras, não há razão para punir os mentirosos. 

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