Em 2002, depois de confirmar sua permanência no comando técnico do time do Atlético, Geninho recebeu uma proposta do Corinthians para mudar de clube.
O técnico justificou sua atitude
de romper o compromisso, deixando o Galo sem técnico, com base em questões
profissionais: o contrato oferecido pelo clube paulista era baseado em cifras
mais atraentes.
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E, embora nosso futebol seja profissional,
todos sabemos o quanto ele carrega de paixão. Mesmo por aqueles que deveriam
manter uma postura mais racional, como os integrantes da diretoria.
Mas, como todos sabemos, não é
esse o caso de Kalil, então diretor de futebol do Galo Carijó.
Na ocasião, sentindo-se traído, Kalil
afirmou que Geninho nunca mais poria os pés no Galão da Massa. Promessa não cumprida.
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Em 2008, apesar dos protestos da
torcida, Geninho voltou ao Galo onde ficou por apenas 4 meses.
O técnico não aguentou a campanha
ruim que o time vinha fazendo (53% de aproveitamento) e que custou a perda do
campeonato mineiro para o principal rival e, em seguida, a desclassificação da Copa do
Brasil.
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Cuca
Em 2011, o Galo contratou o técnico Cuca para ocupar o lugar de Dorival Júnior.
As primeiras seis partidas no
comando do Galo foram de derrotas, eliminação da Copa Sul Americana e a
proximidade da zona de rebaixamento.
Mas, o pior pesadelo ainda estava
por vir: no final do ano, quando o time de Cuca poderia decretar o rebaixamento
de seu principal adversário à série B do campeonato brasileiro.
O resultado, 6 a 1 para os
adversários, deixou o time 'inimigo' livre da degola, nos presenteando com a maior goleada já sofrida.
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O Galo não vive e não pode viver apenas
de glórias passadas, e o vexame já estava cravado. Mas vale registrar que esse
jogo não foi o único com placar de 6 a 1 em jogos dos 2 times. Houve 2 outros, em 1936
e depois em 1942, ambos com goleadas do Galão.
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Contrário à atitude padrão no futebol, Kalil manteve o treinador que,no ano de 2012, levou o time ao vice-campeonato no
Brasileirão.
Depois, em 2013, Cuca comandou o time do
Galo ao título de campeão da Taça Libertadores da América, adotando um estilo de jogo que iria dar
origem ao chamado padrão Cucabol.
No final daquele mesmo ano, campeão
da Libertadores o Galo foi ao Marrocos, para disputar o título mundial.
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No entanto, ainda no vestiário,
antes mesmo de estrear no torneio contra o Raja Casablanca, Cuca comunicou que estava deixando o comando
do time, por um contrato milionário na China.
Foi esse comportamento, análogo
ao de Geninho que levou em parte, à reação hostil que ele teve de enfrentar em
seu retorno ao Galo, nesse ano de 2021, para se sagrar campeão do Brasileiro
série A.
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Dono de uma campanha memorável, o
Galo conquistou o campeonato de forma brilhante, avassaladora, o que se constata
com a pontuação obtida pelo time, inferior apenas à obtida pelo Flamengo de
Jorge Jesus em 2019, para a disputa do campeonato com apenas 20 times.
E, independente de Everson, Hulk,
Nacho e Zaracho, Savarino, Júnior Alonso e Nathan Silva, Keno, Jair e Allan e
outros nomes que irão ficar gravados para sempre nas páginas imortais da
história do Galo Forte e Vingador, há que se reconhecer méritos no trabalho do técnico.
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Mas, apesar de toda a
gritaria e comemoração que me deixou rouco, devo admitir que o título não me
faz deixar de ter críticas ao time e ao técnico.
Primeiro, por que não consigo
entender a teimosia da entrada de Tche Tche em vários dos jogos do Galão.
Em minha opinião, ocupando uma faixa
do campo já povoada por Jair, Allan e Zaracho, a entrada do jogador emprestado
pelo São Paulo acabou prejudicando o rendimento de Nacho, o argentino que foi
contratado para ser o grande maestro do time.
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Além da parte física e do
desgaste pelo ritmo de atividades, Nacho acabou o campeonato com um desempenho nitidamente
inferior àquele demonstrado no início.
Outra questão, essa de preferência pessoal é a opção pela entrada de Tche-tche, em prejuízo do jogador
Alan Franco, em minha opinião jogador de mais qualidade que o brasileiro.
Por fim, o problema maior: desde pequeno aprendi que futebol
é jogado para frente, não para trás. E que ficar atrasando a bola para seu
próprio gol acaba chamando o time adversário para cima de sua equipe.
Foi o que vi acontecer em alguns
jogos e, embora possa se alegar que isso ajudava a abrir o adversário, propiciando
contra-ataques ao rápido ataque do Galo, acho tal
comportamento muito arriscado. Além de gerador de desnecessário sofrimento.
Há comentaristas que falam em saber sofrer. Melhor, para mim, é não criar chances para sofrer.
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E nesse momento faço outra critica
e até com um misto de curiosidade e perplexidade: se grande parte das contratações milionárias realizadas para
montar o time esse ano foi de homens de armação e homens de área, por que ficar
atrasando bola para Everson, um goleiro e, como tal, menos apto a fazer lançamentos
de média e longa distância?
A alegação de este comportamento
ser próprio dos jogadores, em razão de circunstâncias típicas do transcorrer do
jogo, não me convence, em razão da repetição.
Não concordasse ou orientasse os
jogadores nesse sentido, o técnico poderia cobrar outro tipo de postura, em
minha opinião.
Não foi o que vi acontecer.
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Mas, se tenho essas criticas,
devemos dar a César o que é de César.
E, acredito que muito da formação
do grupo unido, compreendendo tanto jogadores quanto o pessoal de apoio, massagista,
roupeiro, funcionários mais humildes e pessoal administrativo, deve-se a decisões de Cuca, sempre inclusivas,
em exemplo de que a União faz a Força.
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Assim, Parabéns ao Cuca, e ao
Galão da Massa, Bi-campeão, campeão desse 2021.
E, quem sabe, rumo à conquista da
Copa do Brasil.