quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Refletindo sobre mudanças e a oportunidade delas e sobre as decisões cruciais.

do youtube: https://youtu.be/IIdr0wZyHjk Nem sempre é fácil tomar decisões. Pior ainda as decisões cruciais, que são aquelas decisões que não permitem arrependimentos, que não podemos voltar atrás. Ou as de custo muito pesado para voltar atrás e anular seus efeitos. em sempre é fácil tomar decisões. Sendo um salto no escuro, acho que toda mudança é uma decisão desse tipo. Nem sempre a novidade é ruim. Ela pode ser muito positiva, seja por nos obrigar a reflerir, a reavaliar nossos objetivos, alterar nossos comportamentos, procedimentos e processos, ou abrindo novas oportunidades de conhecer pessoas, viver experiências e aprendizados enriquecedores. [ Nos colocando frente a desafios, a mudança nos permite melhora. Mas não é por isso que a mudança é, necessariamente boa, ou positiva. Ao contrário, ela pode representar um atraso, uma volta ao passado, com efeitos destrutivos que, uma vez adotados, não permitem arrependimentos. Ela pode funcionar como um gatilho com resultados que podem trazer um retrocesso civilizatório em relação a valores e avanços sociais duramente conquistados. Como o respeito à diversidade, à alteridade, à solidariedade; o aperfeiçoamento das condições de vida e das oportunidades para todos os seres humanos. *** Temo que essa mudança disruptiva, destrutiva, seja a representada pelo candidato Bruno Engler, e sua vide das armas e do lema "a polícia tudo pode", sob a capa de proteger o cidadão de bem. Pena que o dito cidadão de bem em geral mora em favelas ou comunidades, é preto e pobre e... sempre o culpado. Para não ser injusto, não conheço a pessoa de Bruno Engler, defensor da cloroquina e bolsonarista raiz, coordenador de movimento de extrema direita em nosso Estado. Apenas acho melhor ser de esquerda, lado do coração, da solidariedade, da gentileza, da caridade e da gratidão, que da direita junto ao fígado e ao amargor do fel e ódio que ele destila. *** Desconhecer Engler não é difícil. Parece que nem na Assembleia Legislativa, onde atua como deputado é muito conhecido, tantas suas ausências. O que se sabe é que é um rapaz novo, com boa capacidade de expressão, embora em geral um discurso exaltado, ameaçador, até de ódio, seja contra as universidades federais, cujo ambiente desconhece, seja contra os petistas ou aqueles todos “criminosos” que votaram em candidatos de partidos contrários ao seu. Típico discurso direcionado a um inimigo inventado e inexistente, cuja única função é difundir e manter o medo junto á população. *** Engler é, nesse sentido, o pior dos candidatos à Prefeitura, por não ter passado, já que jovem, e por não ter verdade. Nas redes sociais, dá a entender ter feito o curso de Direito na PUC Minas. Em entrevista, admitiu que não concluiu o curso, no Campus Liberdade. indo apenas até o 3° ano. Questionado, alega estar fazendo Tecnologia de Gestão Pública, mas nem reconhece ser um curso de nível técnico (dois anos de duração) e não ser na PUC, mas na Anhanguera. Nada contra a instituição privada de ensino, seus profissionais sérios e contra o curso, necessário em nosso país. Menos ainda alguma coisa em contráro à nossa democracia representativa, onde todos têm a oportunidade de se elegerem, representando os interesses de parte significativa do eleitorado, especialmente aqui, um país com grande número de analfabetos, mesmo funcionais. Lula, afinal, foi eleito presidente em 3 ocasiões e é torneiro mecânico de formação, portador de curso técnico, o que longe está de o desmerecer. Mas Lula nunca escondeu tal informação, e tal sabedoria pode explicar os títulos de doutor Honoris Causa que já recebeu. *** Engler tem mantido discurso sereno na campanha eleitoral, mas não consegue deixar de mostrar, por baixo da pele de ovelha, o fenótipo do lobo que o ronda. O que o leva a atacar de todas as formas possíveis ao seu adversário. Confesso que Fuad não é o candidato de meus sonhos para a nossa BH. Secretário de Aécio, vice de Kalil, e agora cabeça de uma chapa com Álvaro Damião, simpatizante do ex-presidente, acho que a ele se aplica o ditado: diga-me com quem andas... Mas, ainda assim, apresenta espírito mais democrático e mais experiência que seu oponente. Tem folha de serviços, não folha corrida. Por isso, recomendo o voto em Fuad, o 55.

2 comentários:

Anônimo disse...

E Fuad é nosso colega do BCB

Anônimo disse...

Pergunta recorrente em minhas noites de insônia: "como chegamos a este ponto?" A angústia que ela me causa é oriunda de autêntico quebra-cabeças em formular alguma resposta consistente. A sensação que me invade é de derrota, não importa quem vença, não me representa. A dor de decidir entre dois inexpressivos; a dor de saber que ambos bebem no mesmo cálice (vá lá que o vinho tenha alguma diferença); a dor de decidir entre o inadequado e o péssimo... A esperança por dias melhores transformada em uma espécie de terra arrasada, de maneira que precisamos nos esconder nos escombros ou condenados à sarjeta... De fato qualquer coisa é menos ruim que um bolsonarista, o que revela a calamidade em que vivemos...
Fernando Moreira