Confesso não saber as razões, mas como qualquer pessoa curiosa e com acesso à leitura de jornais, é de meu conhecimento que o ano astrológico tem início no dia 20 de março, quando o sol entra em aquário!!!
Portanto, em minha
ignorância, acredito não estar cometendo um erro muito grosseiro se afirmar que
o ano zodiacal tem início em abril.
O que, como brasileiro,
significa que temos fartura de datas para marcar o início do Ano Novo: a
oficial, de 1º de janeiro; a informal, de aceitação inquestionável pela maior
parte da população, do final do Carnaval; e a astrológica, do mês de abril.
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E, estejamos entrando na
Era de Aquário de mudanças prometidas ou desejadas, ou não, o certo é que Abril
começou quente nesse ano de 2021.
Quente e mórbido, em
razão do vírus da Covid e do comportamento tipicamente genocida de quem deveria
assumir a liderança responsável no combate da pandemia que nos assola.
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Ao contrário, o
comportamento perverso e genocida de Bolsonaro nos arrasta, cada vez mais, para
o centro do desastre humanitário, demográfico, econômico e social, que varre
nosso país, a partir do desdenho que insiste em demonstrar por medidas de isolamento
social, ou o uso de máscaras, pelo respeito às recomendações cientificamente
comprovadas, e até da importância tempestiva de adoção de campanhas de vacinação.
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Este comportamento de
negação da crise e de sua dimensão ou de seus efeitos deletérios é que permite
entender a sequência de trocas de ministros responsáveis pela Saúde, mas não apenas,
aproveitando toda circunstância para desestabilizar o país e seu próprio
governo.
Daí a dança de cadeiras
nos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, da Secretaria de Governo, Cidadania,
Educação, etc. etc.
E nesse abril quente, até
mesmo na Defesa e nas Forças militares.
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A essa altura, apesar de decorridos
apenas 7 dias de abril, fica cada vez mais evidente sua continuada tentativa de
se cercar de militares confiáveis e adeptos de uma aventura golpista, autoritária,
antidemocrática, sob seu comando, sonho que acalenta desde antes mesmo de
eleito ou empossado.
Muito se disse da galhardia
e compromisso democrático do general Fernando Azevedo, e sua disposição de conservar
o papel das Forças Armadas como forças de defesa das instituições de Estado.
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Ok. Vamos esquecer que Azevedo
estava presente, junto ao arremedo de ditador, no helicóptero que sobrevoou
o Forte Apache em dia de manifestação antidemocrática promovida por aquela
parcela da população que não se sente madura o suficiente para não precisar de
viver sob tutela.
Vamos esquecer que Azevedo
faz parte dessa mesma turma de militares que se considera responsável pela manutenção
e pela guarda da democracia, do respeito à ordem e segurança e pela liberdade.
Guardiãs dos mais
elevados valores nacionalistas, morais, éticos, dessa população brasileira infantilizada
e incapacitada.
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Vamos esquecer da máxima
popular, de que “Rei morto, Rei posto” e que, para cada Azevedo que sai, sempre
tem um Braga Neto para assumir o lugar, com a mesma subserviência escudada pela
disciplina, hierarquia e.... pelo sonho golpista.
O mesmo Braga Neto, defensor
da democracia, que divulga nota em comemoração ao golpe militar que instaurou
21 anos de arbítrio, prisões, tortura e mortes, sem dar cabo, antes ao
contrário, da corrupção civil ou fardada.
Ah! dirão, mas o golpe
militar impediu a implantação do comunismo.
Uma inverdade: ninguém,
nem nada retira das mentes doentias, os fantasmas que elas cultivam com tanto
zelo, seja como resultado, de um lado, seja como forma de justificativa de seus
arroubos e desvarios.
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É fato que os nossos militares
não apresentam comportamento distinto de seus congêneres de outras nacionalidades.
Mas, para militares que
se julgam os pais da Pátria, a última bolacha do pacote, mesmo em um país que
não tem qualquer pretensão de domínio internacional, de conquistas típicas de império,
o mais recomendável seria a extinção dessas forças.
Ao menos evitaria a
tentação, futura, de repetição de algumas passagens convenientemente
esquecidas de nossa história, em que as forças armadas se voltaram contra o povo brasileiro
(vide episódio de Canudos, ou do sítio
de Caldeirão, no governo Dutra).
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A extinção das forças
armadas, além de tudo, serviria como fonte importante de economia de recursos
públicos.
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Mas, se a subserviência
militar de um general Braga Neto, ou Augusto Heleno, encontra amparo na disciplina,
porque é difícil aceitar que generais se submetam a um ex-tenente, ainda mais
considerado mau soldado, não fica atrás a subserviência de um cardiologista reconhecido por seus pares, como o dr. Marcelo Queiroga.
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Vale dizer que o dr. Queiroga,
presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ainda levou algum tempo depois
de sua nomeação para mostrar sua capacidade de se curvar ao poder.
Enquanto não se
desvencilhava das clínicas de que era sócio para assumir a pasta da Saúde, até
que se mostrou um homem voltado para a aplicação das melhores recomendações da
prática médica científica.
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Correndo atrás do tempo
perdido, procurou negociar e adquirir maior quantidade de vacinas com laboratórios
produtores internacionais. Além disso, mostrou preocupação em promover o uso de
máscaras, de hábitos de higiene, de medidas de isolamento social.
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No entanto, para não ser
dispensado antes de ter tempo de poder mostrar e marcar sua carreira com os sinais
de vassalagem explícita, deixou claro que a política de saúde não é do ministro,
que é meramente um executor da política de governo.
Para bom entendedor,
embora ele seja o médico, quem dá a receita é o ex-militar, com quadro clássico
de psicopatia.
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E, para fazer referência
a outro ditado popular, como não há bem que sempre dure, o ministro acaba de explicitar
que seu apego à boa ciência não resiste à presença de seu chefe, em viagem que fez acompanhando o irresponsável
que dirige o país a Chapecó.
Em visita de solidariedade
e confraternização ao prefeito negacionista e mentiroso daquela cidade catarinense,
divulgador do tratamento precoce de ineficácia comprovada, Bolsonaro voltou a
elogiar a independência e autonomia e liberdade dos médicos favoráveis à
aplicação de placebos.
No que foi prontamente apoiado
pelo ministro, cuja fala transcrevo a seguir: “ Aqui em Chapecó, ...., nós
pudemos ter o exemplo de que é possível conciliar a autonomia do médico com a
recuperação dos nossos pacientes.”
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Resta apenas assinalar que as UTIs estão lotadas de pacientes
de Covid na cidade; que o número de óbitos supera a de outras cidades do
estado; que tratamento precoce, na opinião do responsável pela saúde naquele
município é o acolhimento precoce e não a aplicação de medicação sem eficácia e
que o prefeito decretou o 'lockdown' tão temido pelo capitão, de 14 dias no mês de
março.
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Queria tratar ainda da sabujice
de Aras e de André Mendonça, mas deixo para outro momento. Afinal, ainda
veremos mais ocasiões de os dois candidatos à cadeira no Supremo estarem se arrastando heroicamente pelo chão.
Como as serpentes do Paraíso.
Ou como os fariseus dos templos de Cristo.
2 comentários:
Mudaram apenas os mosquitos... para tudo ficar exatamente como sempre esteve, desde que bolsonaro assumiu o poder... ou pior, afnal a horda de zumbis ainda o aplaudem e aa instituições vão ruindo. o stf vem dando o ar da graça, talvez tardiamente e com um capacho usando toga.
"Ah! dirão, mas o golpe militar impediu a implantação do comunismo.
Uma inverdade: ninguém, nem nada retira das mentes doentias, os fantasmas que elas cultivam com tanto zelo, seja como resultado, de um lado, seja como forma de justificativa de seus arroubos e desvarios."
O trecho acima diz muito e define a história recente do Brasil. O fantasma do comunismo está vivo sim, apenas na mente da direita, que precisa de uma justificativa para seus atos, não alinhados com as necessidades do país.
Ademais, o "freak-show" segue.
Estado de choque no Estado "laico" com o "estadista" que não conseguiria nem administrar uma loja de chocolates milionária, como aquela do próprio filho.
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