quinta-feira, 13 de abril de 2023

100 Dias de um Governo sob Ataque Continuado

 link do youtube: https://youtu.be/hO82KvLdJJw

Deveriam trazer alguma tranquilidade, e sinalizar a volta do país à normalidade, os depoimentos prestados à Polícia Federal por mais de 80 militares, vários deles membros do oficialato, inclusive generais, para esclarecer sua participação nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, dia da vergonha nacional.

Afinal, livre do cabresto e das amarras que o meliante que ocupava o mais elevado cargo do Executivo Nacional - que fazia dele o Comandante Supremo das Forças Armadas (art. 142 da Constituição Federal) - tentou lhe impor, a ação da PF demonstrou que ela não era “sua”.

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Como Instituição de Estado, a PF mostrou que não tinha dono, não se deixando subjugar e preservando e reforçando sua autonomia.

De quebra, o fato de militares terem de prestar contas de seus atos, alguns revestidos de caráter criminoso, como qualquer cidadão infrator das normas vigentes serve para derrubar essa classe de cidadãos brasileiros do falso pedestal em que sempre acreditaram se encontrar.

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Exalte-se, aqui, a decisão dos ministros do Supremo, Moraes à frente, e dos ministros do STM (Supremo Tribunal Militar), de que compete à Justiça Comum, adotados os procedimentos investigativos padrão, tratarem dos casos de crimes comuns envolvendo militares.

Tal entendimento exclui essa categoria de cidadãos das prerrogativas especiais, incluindo a de foro.

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Tais fatos configuram que o país está voltando à normalidade? Estamos no caminho de união e reconstrução? É de tranquilidade o horizonte que se abre à nossa frente?

Lamentavelmente, como lembrou ontem o historiador Marco Antônio Villa, no Jornal da Cultura, a resposta é longe disso: a cada dia estamos vivenciando um GOLPE EM CURSO.

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Golpe sob novas feições, mas de profunda ojeriza e total desrespeito às Instituições,  promovido pelos próprios ‘representantes do povo’, suas excelências (?) os nobres (?) deputados no auditório da Comissão de Segurança Pública na terça feira, quando da visita, atendendo a convite da Comissão, do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Trocando acusações, falando e fazendo comparações destinadas apenas a ver quem era capaz de se sobressair com a maior tolice, desde que pudesse incluir Lula em algum tipo de conspiração ou fato capaz de atemorizar os eleitores menos esclarecidos, a sessão acabou se constituindo em um show de horrores.

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Com direito a  troca de empurrões, ameaças de agressão, e até um sintomático “vai tomar no ....” saído da boca mais que abençoada da deputada Carla Zambelli (Villa lembrou, aquela que correu nas ruas de São Paulo, com arma em punho, atrás de um negro).

De quebra, com o ministro Dino tendo que dar aulas de democracia e escolha pelas urnas de políticos e propostas governamentais a mais de um bananinha.

E com o ministro tendo que se retirar da sessão para não ser objeto de ataques, até pessoais.

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Mas a campanha para achincalhar com o Legislativo, cometido por seus próprios membros não termina aí.

Júlia Zanatta, deputada catarinense do PL, que se notabilizou por publicação de fotos portando uma metralhadora e com menção a atirar no presidente Lula, ato criminoso que deveria merecer investigação ampla, volta à carga. 

Não satisfeita com sua frequente histrionice, e para constranger um colega de partido contrário ao seu, manipula uma situação e reproduz, não o vídeo da íntegra do comportamento do colega, mas apenas um quadro (frame?), especialmente retirado do contexto para simular suposto asséido.

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Sempre me manifestei que, no caso de agressões a mulheres, de qualquer espécie, a palavra delas deve ser a privilegiada. Mas vendo a armação que deputada de tal reputação promove, admito que deve haver exceção em alguns casos.

Nesse meio tempo, Marcos do Val, não satisfeito de dar vexame acusando o seu mito, inventando uma história inverossímil, que incluía uma gravação do Ministro Alexandre de Moraes, de que se arrependeu e voltou atrás se desdizendo, apronta e volta à carga.

Desta feita, em mais uma atitude criminosa, incitando a violência em suas publicações contra o presidente Lula (com vestimentas militares postou uma foto em que  Lula aparece subjugado, deitado de bruços aos seus pés).

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Com tais exemplos, questionamos os motivos do aumento recente de  agressões em escolas, que se tornam, sempre, objeto para surgimento de propostas de armamento e até militarização das escolas.

Sem nos questionarmos a quem interessa tal solução?

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Do ambiente econômico desses primeiros 100 dias de governo (o que é muito pouco tempo!), deixo para tratar em outro pitaco.

Aqui apenas refiro-me às previsões que arrisquei em debate no programa Palavra Aberta da rádio Itatiaia – Belo Horizonte, que abordou as expectativas do mercado, a nova regra fiscal e cujo link segue abaixo. 

Conforta-me saber que, mesmo sob pesadas acusações de ouvintes cultivadores de ódio e de governos de genocidas milicianos, e contrário ao meu nobre colega debatedor, meus palpites estão se tornando realidade: a inflação cede; o dólar cai; a bolsa sobe, o Brasil está no caminho da volta.

Link direto do programa: https://youtu.be/a6aonqShXCE?t=23

 


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