quarta-feira, 9 de setembro de 2020

A relação muito estranha de Bolsonaro e os militares; o capacho Alcolumbre rasteja e assume a responsabilidade que não é dele; FHC, melhor obedecê-lo e esquecê-lo de vez....

Minha ingenuidade me faz dar crédito ao que os persistentes bolsotários difundem aos quatro cantos: a extrema imprensa, de fato, não noticia nada de positivo sobre Jair, o Messias.

Tudo bem, que não exista praticamente coisa alguma a noticiar. Mas, concordo com os adoradores de mito: então não deviam publicar apenas o que é negativo.

Iniciei o pitaco concordando com os eleitores do capitão, portadores de dois neurônios, mesmo que não sejam capazes de utilizá-los, porque juro que procurei, em vários sites algum comunicado, um apenas que fosse, uma nota, uma menção de Bolsonaro, a respeito da perda de ninguém menos que o Chefe do Centro de Inteligência do Exército, o general Sydrião.

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O mutismo talvez tivesse como causa o fato do ex-capitão não saber que existe um Centro de Inteligência no Exército. Talvez até mesmo alguns militares  (quem sabe poucos!) próximos de Bolsonaro tremam de pavor de ouvirem qualquer menção ao uso dessa faculdade humana.

Talvez por força de o general ter sido uma das vítimas da Covid-19, ao que parece, vitimado por não ter feito uso da poção mágica da cloroquina bolsonariana.

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Mas, para um general alçado a cargo de tamanha importância, e destacado para participar de comitiva oficial que, em nome do governo brasileiro, prestou apoio humanitário à Beirute, a capital do Líbano, vítima de explosão causada pela irresponsabilidade de autoridades líbias, ao menos uma referência deveria ter sido feita.

Afinal, não nos esqueçamos: Bolsonaro não apenas esteve presente no funeral de Pedro  Lucas Ferreira Chaves, o soldado Chaves, tragicamente morto em acidente em treino de saltos de paraquedas, como ainda fez comovido pronunciamento.

Ninguém há de discordar que a morte de um jovem é sempre motivo de tristeza.

Mas o que teria acontecido, de 21 de junho até essa data, que fez Bolsonaro não ter prestado homenagens a um general?

Ou o compromisso do ex-capitão, convidado a se retirar do Exército, andou enfrentando turbulências?

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O general Sydrião, de quem nunca tinha ouvido falar, ganhou destaque nos jornais da extrema imprensa, menos como homenagem e mais como sinal de mais uma derrapada do chefe das Forças Armadas.

Mas, transmito ainda assim aos familiares, meu pesar. Carlos Sydrião, embora já nos mais elevados postos da carreira militar, tinha apenas 53 anos.

Poderia até dizer que partiu ainda, na flor da idade.

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Enquanto isso,  a desoneração da folha

Trato desse asssunto apenas por ter ficado deverasmente surpreso com a reação de algums dos apresentadores das bancadas de nossos telejornais noturnos, em releção ao comportamento de Davi Alcolumbre, o presidente do Senado Federal.

Refiro-me especialmente ao jornalista Eduardo Oinegue, do Jornal da Band, o sucessor de Boechat.

Ao dar voz a todos os empresários dos setores que aguardam ansiosamente o momento de dar sua contribuição patriótica à retomada da economia, pela manutenção dos níveis de emprego, desde que o Legislativo derrube o veto de Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, Oinegue, mas não apenas ele, resolveram culpar a Alcolumbre, por não colocar o veto em pauta e votação.

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Devo, mais uma vez no pitaco de hoje, afirmar que não tenho nem conhecimento, nem relação de qualquer espécie com Alcolumbre. Ou com Maia. O que atribuo à proteção divina, que creio me acompanhar.

Mas, daí a acusar Alcolumbre de estar prejudicando as empresas e os empresários, a economia e o próprio país, por não colocar a questão em pauta, acho que é algo no mínimo estranho.

Para prosseguir meu raciocínio, admito que Alcolumbre não está pautando nada contrário aos interesses do governo, em prejuízo ... vá lá, dos próprios interesses do país, de forma a obter o apoio oficial a sua manobra indecente destinada a assegurar sua reeleição como presidente do Legislativo.

Não sou ingênuo:  Alcolumbre pensa tão somente em seus interesses particulares e conveniências.

E a reeleição é alvo de todo político que conseguiu obter o primeiro mandato. Mesmo que seu discurso fosse de crítica a tal instituto.

Caso de Lula. E caso também de Bolsonaro, essa excrecência. Até caso de Fernando Henrique, que comento a seguir.

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Sob meu ponto de vista, desinformado e limitado, e sem tirar qualquer crítica aos elevados e republicanos interesses do presidente do Senado, porque não a Band não fez menção ao fato, mais que patente de que foi Bolsonaro que vetou o que a casa do povo (risos abafados!) já havia decidido.

Então, em uma linha lógica de responsabilização, primeiro e soberano encontra-se Bolsonaro. O Messias que pensa em – e deverá - isentar as igrejas evangélicas de dívidas de 1 bilhão junto ao Fisco.
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A esse respeito, igreja ou não, várias das correntes evangélicas se preocupam em zelar pela fé e crença de seus seguidores, mas não se descuram de zelar também pelas condições materiais de darem sequência a sua missão espitual.

São conhecidos e antigos, os casos de negócios empresariais desenvolvidos com altos lucros, por igrejas para não deixarem de multiplicar os talentos, cumprindo ensinamentos das próprias Escrituras.

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Em minha opinião, já manifesta antes: devia pagar e sonegou é bandido.

Ao menos até que obtenha o perdão...

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Mas, foi Bolsonaro quem iniciou o problema e se isso é deixado de lado, é porque os empresários que o financiaram e tanto acusavam as maracutaias petistas é que estão agora sendo vítimas de seu candidato. Em mais um estelionato do mito.

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Antes que me esqueça: foi o governo Dilma quem teve a ideia original de desonerar a folha de 6 – seis – setores grandes empregadores de mão de obra, numa tentativa de evitar desemprego em massa.

Foi o Congresso das pautas bombas de Aécio e cupinchas que levaram a que os setores beneficiários atingissem mais de 50 setores, provocando um verdadeiro rombo nas contas públicas.

Afinal, o que deixava de ser carreado pelas empresas para a Previdência, o governo tinha de cobrir.

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Agora, mais uma vez, o mito passa ileso. E a culpa recai em Alcolumbre.

Como recai em Maia, pelo fato de, sabe-se lá por quê tipo de ameaças ou interesses, estar conivente em deixar na gaveta os vários pedidos de impeachment de Bolsonaro, por crimes de todo tipo, responsabilidade e contra a saúde pública. Para não falar de rachadinhas, funcionários fantasmas, intervenção em instituições da República, etc.

O último agora, as manifestações contrárias à obrigatoriedade legal, que ele mesmo assinou (sem ler e sem o saber!) de a população se submeter à vacinação.

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Para encerrar, duas questões:

Por que o governo que tem autoridade para retirar projeto de lei que ele mesmo encaminhou ao Congresso, ou MP, não pode também retirar vetos?

Quem pode o mais não pode o menos, para atender a tanta grita do poder econômico?

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Por que a casa que mais representa a vontade soberana do povo ou seja, a CASA DA DEMOCRACIA, dá tantos poderes autoritários, ditatoriais, antidemocráticos aos que as dirigem?

Por que de Alcolumbre a decisão de pautar ou não a questão do veto? Por que de Maia, a vontade exclusiva, como fora com Eduardo Cunha, de tirar da gaveta os pedidos de impedimento de um dirigente que apenas desmerece e envergonha nossa República.

Por suas manifestações de mera opinião, ou não!!!

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FHC, quem te viu e quem te vê.

E há ainda quem te dê espaço e até, como Elio Gaspari, tenta mostrar que você sabia das consequências perversas da aprovação do instituto da Reeleição.

Agora vem dar de bom moço, arrependido, qual Madalena.

Mas, Elio lembra bem que que não queria a reeleição, não faria o populismo cambial que foi a marca de seu segundo reinado...

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Por mim, acho que é muito alarde para um homem que negou sua própria história.

Afinal, quem mandou que esquecessem o que havia escrito foi o seu avultado ego.

Quando você irá retomar o conselho, e pedirá finalmente que te esqueçam de vez????

 

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