Que
fórmulas guardam
As
inúmeras montanhas de Minas?
Que
fragrâncias encerram
Estas
cadeias de serras
Que
escondem filões
Chão
rico de ouro e minério
Ferro
e aço
Força
e resistência
Que
acordes atravessam as planícies
e
escalam os planaltos?
que
compassos embalam o Espinhaço?
que
sons dançam nas águas dos rios
que
brotam das serras, serpenteiam as Minas
E
de forma tinhosa, sem atropelos,
caprichosa
e mineiramente,
escorrem
serenos a caminho do mar?
Que
ruídos ecoam das quedas d'água
E
compõem o mistério e magia
que
se refletem no relevo acidentado
na
alvorada das manhãs,
no
canto dos pássaros à tarde
nos
gritos difusos que lançados ao vento
se
traduzem em liberdade
Egresso
da forma de barro das minas
da
poeira de chão batido
que
gruda à pele sem pedir licença
o que
expressa o mineiro
matuto
e matreiro
capaz de transformar a lama incômoda
no
bálsamo que purifica o corpo e lava a alma?
A
resposta trazida pelo vento,
na
toada que embala as noites de Minas
e
sussurra junto à fogueira no sertão
onde
crepita o fogo com modorra
é o
grito de liberdade que o tempo
não
tiraniza, pois que nada vence a calma.
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