Chegamos ao aniversário de cinco anos do nosso tambemquerodarpitaco.
Nesse período, de assuntos de economia e política a assuntos gerais, com destaque para o futebol e as conquistas do Galão da massa, tentamos abordar os fatos que vieram se destacando em nosso dia a dia.
Claro que a paciência, comentários e críticas de nossos amigos leitores são em grande parte responsável por nossa jornada. Não fosse o Pieroni e sua defesa sempre apaixonada do Galo e do Aécio; ou o Rodrigo Burato, com comentários elogiosos a alguns textos; ou o Wesley solicitando que eu tratasse de algum tema específico da economia, fosse em termos teóricos ou tendo a economia brasileira como pano de fundo, não teríamos chegado até esse ponto.
Claro, cito aqui apenas alguns dos amigos leitores, sabendo que ao adotar essa atitude, estarei sendo injusto com vários outros, como a Alíria; o grande colega e companheiro de Banco, Élcio e suas reclamações de que estou dando muita atenção ao Atlético, ele que é cruzeirense fanático; o Fernando Baiano, também do Bancos; o Fernando Mota da Una, o Paulo Bretas, colega da Una, e tantos outros.
Aos que não mencionei, solicito que não fiquem chateados. Lembrem-se apenas de que sei que eles estão me acompanhando e que tento ao menos oferecer-lhes minhas opiniões, corretas ou não, respeitando a opinião de cada um deles e, principalmente, às minhas crenças e convicções.
Obrigado a todos.
E, embora esse ano de 2015 o número de postagens tenha se reduzido, em parte por culpa da crise e do marasmo da economia brasileira, em parte por culpa de não querer ficar me repetindo em minhas análises, em parte por um certo desencanto com a situação a que nosso país está sendo levado - e aqui não por culpa exclusiva do governo, mas de toda nossa sociedade, espero que possamos ter pelo menos outros cinco anos de contato via esses pitacos.
E continuo aberto a receber as críticas, opiniões e dar a elas espaço, sobre qualquer dos assuntos aqui tratados.
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Uma observação adicional ainda relativa às postagens. Ao início, ousei abusar da paciência de alguns amigos, publicando poemas e versos de pé quebrados de minha autoria.
Entre aplausos de uns poucos e queixas de outros, os poemas foram sendo publicados até que aqueles de alguma qualidade (se é que havia algum) foram todos apresentados.
Esse o motivo de não ter dado sequência a sua publicação.
No mais, é agradecer aos que têm tempo e usam seu tempo deixando de fazer coisas talvez mais úteis, dando-me o privilégio de frequentar esse espaço.
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Pitacos diversos
E continua a presidenta, e o governo, agindo, mesmo sob fogo cerrado da oposição, para garantir aquilo que considera seu direito: ter um julgamento justo e sem interferências políticas ou de qualquer ordem em relação às contas sob exame do Tribunal de Contas.
Embora dentro da lei, e agindo como qualquer cidadão brasileiro ou pessoa jurídica o faria, ao sentir-se prejudicado, já que recorrer à Justiça para buscar resguardar seus pretensos direitos é um dos principais pilares do Estado de Direito e da democracia, a solicitação de afastamento do relator do processo no TCU, o ministro Augusto Nardes, ainda não acatada, e a ida do governo ao Supremo, com a finalidade de adiar o julgamento das contas são ações apenas de caráter protelatório.
Como de caráter protelatório é ou parece ser a grande maioria das ações que vão se acumulando junto aos tribunais de nosso país.
Mas, como aprende-se logo que adentramos à qualquer faculdade ou curso de direito, o direito não socorre aos que dormem. E o governo acredita que, mesmo já antevendo sua derrota, ao ganhar tempo, terá condições de já ter conquistado mais espaço e votos no Congresso, especialmente junto à Câmara dos Deputados, para impedirem a instauração de um processo de impeachment.
Que no fundo é tudo que o governo deseja, já que parece estar pouco preocupado com o fato de ter suas contas reprovadas.
Importa mesmo é evitar a abertura de um processo de impedimento da presidenta que, mesmo que legalmente sem amparo legal, iria atear fogo no país, com consequências imprevisíveis, tamanha a situação de ódio e cisão a que a sociedade brasileira chegou.
Ao me referir ao amparo legal, apenas tenho em mente a tese de que as pedaladas fiscais foram cometidas em mandato anterior, o que se encerrou em 2014. Situação que embora séria, não dá ensejo a que se abra um processo contra o principal mandatário do país.
Ao que consta, para tanto, os crimes de responsabilidade teriam de ser frutos do atual mandato.
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Mas, se a presidenta e seu governo usam de suas armas mostrando que não estão dormindo, também a oposição usa de outro velho argumento do direito, o famoso direito de espernear.
Principalmente o PSDB, que hipotecou e tem hipotecado tanta solidariedade ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, embora já na noite de ontem, 6 de outubro, já tenha começado a dar sinais de que pode desembarcar dessa barca furada, que é ficar do lado de um deputado que o próprio ex-presidente FHC cita em suas memórias do Palácio como alguém não merecedor de qualquer consideração, dados os desvios de comportamento ético.
Bem, se FHC afirma isso, quem sou eu para discordar. E como o PSDB poderá prosseguir apoiando essa figura dona de tantas contas em bancos da Suíça?
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Nesse meio tempo, enquanto Dilma tenta adiar a votação no TCU e ganhar tempo para que mais fatos sobre de a trajetória de Eduardo Cunha possam chegar ao conhecimento público, levando o presidente da Câmara a uma situação de completa desmoralização, também a Polícia Federal busca apurar a participação de Nardes, o relator das contas do governo no TCU, em fraudes fiscais.
Que teriam rendido ao ministro a bagatela de 1,65 milhões de reais.
E desmoralizaria mais ainda o julgamento das contas de Dilma, por mais que elas tenham sido analisadas por um órgão técnico e competente, como os quadros do TCU.
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De minha parte, fico me perguntando é como um ex-deputado ou político profissional, detentor de mandato, mas com comportamento sujeito a suspeições pode chegar a ser indicado e, pior, chegar a se tornar ministro de um Tribunal de Contas.
Que deveria exigir como prega a norma, reputação e comportamento ilibado, conhecimento jurídico e mais outros especializados, para ocupar o posto que ocupa.
Embora eu saiba também que a indicação de ex-políticos para tais cargos serve apenas para ajudar alguns amigos, a fugirem de investigações sobre maus procedimentos, já que o TCU assegura foro privilegiado.
Com isso, pouco importa se a conduta do indicado é reprovável, basta que mais tarde ele seja capaz de retribuir o favor a quem o indicou e o livrou, dessa forma, de investigações comuns.
Retribuições que costumam ficar muito caras.
Para o povo, que é sempre quem paga o pato.
NO Espaço Público de ontem, Aloysio Nunes
Tratando de financiamento privado de campanhas, o senador paulista, um dos investigados da Lava-Jato foi irônico ao afirmar, entre outras coisas, que esse tipo de financiamento ou doação para campanha não é porta aberta para a corrupção, servindo muito mais ao enriquecimento ilícito.
Como exemplo, citou filho de ex-presidente que ficou rico do nada. Da noite para o dia.
Só não conseguiu foi responder a diferença que existe entre o partido dele, o PSDB que recebeu mais de 8 milhões de reais em doações na campanha de 2014, enquanto o PT recebia algo próximo de 7 milhões, da UTC, uma das empresas da corrupção.
Para o senador, o PT, por estar no poder, podia achacar a UTC, ameaçando com a retirada da empresa das obras milionárias da Petrobras.
Já seu partido, por não ter esse mesmo poder, já que não é governo, foi beneficiada por outros motivos. Talvez apenas por ser mais bonzinho em relação ao comportamento adotado com a empresa.
Ou não?
Quem sabe não era uma aposta da empresa em outro resultado no pleito, o que a levou a já se antecipar, financiando e doando recursos para garantir outras tantas obras na Petrobras ou junto a outras empresas, por exemplo, responsáveis pela construção de metro em São Paulo?
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De minha parte, como a receita da UTC, usada para bancar tais doações vieram parcialmente da fraude nas concorrências da Petrobras e da corrupção ali constatada, não há como dizer que do mesmo caixa, um recurso seja honesto e outro sujo.
São todos recursos do mesmo caixa. Ou farinha do mesmo saco.
Como o senador, que é, como todo político, hábil em falar, falar e não conseguir se explicar.
Tudo igual. Até nas denúncias, como o senador já pode confirmar e comprovar.
É isso.
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