sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Parabéns ao campeão por merecimento. Parabéns ao Corínthians

Difícil não admitir, mesmo considerando a ajuda que o time teve das arbitragens ao longo da competição, e que não foram poucas, inclusive nessa reta final de campeonato, que o Corínthians mereceu o título e que foi campeão com sobras.
O que é indiscutível, bastando para chegar-se a essa conclusão, verificar que a comemoração tão ansiada se dá quando ainda faltam 3 rodadas para o término do Brasileirão.
E, como falei, independente de ajuda, intencional ou não, o Curingão foi o campeão por ter sido o melhor time, o mais regular dentre todos, o que os números apenas confirmam: melhor ataque, defesa, melhor meio campo, melhor aproveitamento. Enfim, campeão incontestável.
Apenas, como atleticano que sou, que não gosta do técnico  a quem atribuo a maior parcela da responsabilidade de nossa queda para a segunda divisão, e que independente de questões pessoais não acredita tanto assim na influência que o técnico pode ter em um time vitorioso, não vou adotar a postura da imprensa esportiva de maneira geral, e da paulista em particular, para ficar falando de Tite.
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E aqui uma observação necessária. Um técnico ruim atrapalha sim a equipe: escala mal, joga um companheiro contra o outro, não sabe fazer substituições, não dá treinamentos táticos, não ensaia jogadas, não procura corrigir as deficiências de seus comandados nos treinos, não aproveita os jogadores nem as melhores qualidades que cada um possui.
Um técnico, com um perfil que poderia ser classificado mais como o de um mau caráter, ainda joga a responsabilidade das derrotas em culpados que pinça a dedo no plantel, embora esteja sempre pronto para mostrar como foi decisivo e importante nas vitórias. E, no momento que percebe que o barco está afundando, sempre consegue cair fora, para deixar a bomba explodir na mão de outro qualquer.
Vide Luxemburgo e seus projetos mirabolantes, com os quais quase derrubou o Cruzeiro, depois de ter tentado em vão derrubar o Flamengo.
Não é esse o caso de Tite, certamente, mas sou mais de opinião que o técnico bom é aquele que não atrapalha. Não interfere muito no jogo embora dê sempre preferência para escalar o melhor que ele tem na mão em dado momento. Esteja sempre pronto para substituir e mudar o time, quando vê que alguma coisa não está saindo conforme o planejado. E está sempre incentivando e apoiando os jogadores que estejam precisando apenas de um sinal de confiança, como aconteceu com Wagner Love, no time paulista.
É verdade e devo reconhecer, Tite deve ter aprendido alguma coisa, ou muito, depois da passagem pelo Galo, há já quase dez anos.
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Mas, um time que tem um dos melhores goleiros do Brasil, como Cássio; um time que tem um meio campo formado pelos três jogadores que deverão disputar, inequivocamente o título de melhor jogador do torneio, como Elias - seleção, Renato Augusto- seleção e Jadson, e conta com jogadores como Love e Malcom, não pode mesmo deixar de ser campeão.
Assim, parabéns ao Corínthians, pela conquista e pelo futebol apresentado.
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Isso, independente de qualquer outra ajuda que tenha obtido.
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Quanto ao Galo...

Já o Galão da massa mereceu morrer na praia, perdendo um título que, no início do campeonato foi apontado como talhado para o feitio de seu futebol.
E devo reconhecer que o Galo perdeu para ele mesmo, e para o bom futebol do Corínthians,
Razão pela qual a cada duas partidas toma um chocolate e uma goleada, como a que sofreu para o Sport, seguida para a derrota para o Corínthians, em casa, e agora outro vexame para o São Paulo.
E nem há muito o que ficar chorando e lamentando. O time está mal. Joga mal. Não tem saída de bola. Não tem jogadas ensaiadas. Fica na dependência, novamente, de chutões de Victor e da capacidade de Lucas Pratto fazer o pivô, para nenhum de seus companheiros se aproximar dele e aproveitar sua luta.
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Não há como negar em tudo isso, a responsabilidade de Levir Culpi, a quem admiro e sempre elogiei. Mas não dá para entender ou aceitar tranquilamente uma série de fatos e equívocos que acredito estar à vista de qualquer atleticano.
Como por exemplo, o fato de que Marcos Rocha parou de jogar. Talvez por ter sido orientado a ficar mais na retaguarda, deixando de explorar o que, em minha opinião tinha de melhor: a saída de bola, o passe, mesmo que ele apresente dificuldades para chegar à linha de fundo e fazer cruzamentos para a área.
Também não dá para entender a dependência de jogadores que não estão jogando bem há muito tempo, como Rafael Carioca, que chegou em certo momento do ano a ser apontado como dos melhores jogadores do torneio. Ou Giovanni Augusto, que começou relativamente bem, e depois foi caindo, caindo de produção, a ponto de ontem parecer nem estar em campo.
Ou a fixação de Levir com Patrick, quando tem dois laterais, ou se preferirmos não contar com Pedro Botelho, ao menos um lateral esquerdo típico.
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Mas, o pior que vejo no time, razão por que atribuo a responsabilidade a Levir é o que aconteceu quase todo o segundo tempo do jogo de ontem, no Morumbi.
A bola com Giovanni Augusto, ou Dátolo, que sem opção de jogada, atrasava para Carioca, daí para Jemerson, de onde era atrasada, enervantemente para que Victor pudesse dar um chutão. Como em geral nas saídas de bola de Victor, sem direção e sem quem pudesse recebê-la em condições para qualquer tentativa de jogadas.
Tantas foram as vezes que, irritantemente, a bola foi voltando do campo de ataque para as mãos de Victor, e em tantas ocasiões isso colocou em risco a nossa defesa e nosso gol, que acho que qualquer técnico teria que parar o jogo e dar uma tremenda bronca em seus comandados. No mínimo, teria que reafirmar aquilo que é notório: futebol se joga para a frente.
E se Levir não interrompeu a tática suicida do time, de lançar a bola na direção que colaborava com a intenção do adversário, é porque a ordem de ficar fazendo aquela hora, o famoso e inócuo ficar "retendo a bola" só pode ter sido feito sob orientação dele. Quem sabe, acreditando que o São Paulo iria se irritar e partir para cima, abrindo-se na defesa e dando chances às penetrações de nossos homens de frente.
O que até deu certo, ao menos no lance com Luan, em que Tiago levantou a bola na área, embora devamos reconhecer que se minha hipótese está correta, quanto a ficar retendo a bola sem qualquer efetividade ou atitude mais aguda de ataque, é também lícito imaginar que Tiago não poderia estar no local em que estava quando avançou e, ameaçando chutar, acabou enxergando Luan bem colocado na área.
Creio que Levir deve ter ficado bravo vendo seu zagueiro tão avançado.
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Mas, quanto mais o tempo passava, independente de o placar estar em branco ou já com o Galo na frente, mais as bolas eram atrasadas para Victor, da frente, da intermediária, do meio, de trás. E várias delas, no fogo, obrigando Victor a chutar de qualquer jeito, como um chute para a lateral que teve de dar de forma desajeitada e pressionado pelo ataque paulista.
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E, quando Rogério entrou no jogo e pegou pela frente um Marcos Rocha, de quem gosto muito e sempre elogio, mas que reconheço ter como pior atributo o de defender, já que sempre entra de primeira nas jogadas-, mas quando Rogério pegou um Rocha já cansado, que passava a ter a obrigação de marcar um jogador ligeiro, aí o caldo entornou de vez. E foi ali pelo lado direito de nossa defesa que a goleada do São Paulo se desenhou e foi construída.
Mas, não há o que culpar Rocha, ou apenas a ele. Porque embora tenha já há algum tempo notado a fragilidade de Jemerson em alguns momentos e algumas partidas, poucas vezes vi o recém-selecionado por Dunga tão mal.
Foi, em minha opinião, e sem qualquer exagero, das piores partidas que Jemerson fez, inclusive lembrando David Luiz e o fato de nunca estar marcando quem devia e estar sempre fora de posição na hora necessária, como no lance que originou o primeiro gol do São Paulo.
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Acho que Victor falhou no terceiro gol, embora reconheça a dificuldade do goleiro defender a cabeça para o chão, que entra rasteira.
Já o segundo gol do São Paulo foi um golaço, sem qualquer senão.
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E tomamos mais um passeio, agora contra o São Paulo, de 4 a 2 vergonhoso.
Com riscos de não ficarmos nem como vice-campeões, já que ainda temos um jogo direto contra o Grêmio, logo em nossos calcanhares.
O que nos obriga a vencer o time carne de pescoço e desesperado do Goiás, que sempre apronta para cima do Galão.
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Quanto a Levir, reconhecer que ao menos soube nos classificar para a Libertadores, e que é sim, um técnico sério, trabalhador, que precisa de deixar de comportar-se como vem fazendo, como estrela, especialmente frente às câmeras. E que precisa de fazer uma análise séria e criteriosa dos jogadores que tem a sua disposição, já que alguns são fracos, algumas posições estão carentes de jogadores e como ele e toda a massa sabe, a Libertadores precisa de ter jogadores de qualidade e personalidade.

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