sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Pitacos de roteiros turísticos, econômicos e de futebol

Como os funcionários da Justiça, cujo recesso de final de ano estendeu-se até esse último dia 7, também esse pitaco aproveitou para prolongar seu descanso de início de ano, retomando hoje, nossas atividades.
Nada muito sério e muito rigoroso, contudo, tendo em vista que, aproveitando as férias escolares, devemos aproveitar para fazer uma pequena viagem, tanto na duração quanto na distância.
Para ser mais honesto, em função da crise econômica e da alta do dólar, cujo valor já vai rompendo a barreira dos $4 reais, nada de roteiros de viagem paradisíacos e de viagens internacionais.
Também, nada de Nordeste, que tem atraído tantos turistas, mesmo internos, que acabam gastando, às vezes, o que gastariam em viagens fora  do país, ao menos pelos países da América Latina.
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Em função da situação econômica e da necessidade de se reduzir custos de viagem nesse início conturbado de ano, em que nós contribuintes somos atacados de todos os lados, por IPVA, DPVAT, IPTU e outros de mesmo gênero, andei ficando mais atento a algumas indicações de passeios mais próximos, todos mais em conta. E, em geral, deixados de lado por uma imensa quantidade de pessoas, talvez até mesmo por desconhecimento.
Refiro-me por exemplo a Camanducaia, em Minas Gerais; a um passeio a Monte Verde, embora ambos, por sua localização e característica sejam mais propícios e muito mais interessantes como opção para viagem no inverno. Ao menos para os que gostam de curtir um friozinho, com uma boa lareira, um bom vinho e uma companhia (ou mais de uma até), especial.
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Também nessa época um passeio que seria interessante de ser feito seria a Bonito, no Mato Grosso, época em que os rios estão cheios e há várias possibilidades de passeios e atividades.
Outra opção, embora mais para o mês de abril, o que dificulta a viagem para aqueles que têm obrigações ou que têm filhos e familiares estudando, seria um passeio, pelo que me lembro de ter visto, acho que no caderno de Turismo da Folha de São Paulo, pelos Lençóis Maranhenses.
Enfim, uma série de possibilidades de passeios mais em conta, e. com tantos atrativos quanto uma viagem pelo antigo Continente - que enfrenta um período de inverno cuja principal característica é a neura de novos ataques terroristas, o que dá margem à expansão do medo e da incerteza.
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Mas, deixemos de lado a questão dos passeios, e tratemos da divulgação feita há instantes pelo IBGE, do nível da inflação em 2015, cujo valor alcançou 10,67% conforme o IPCA, superando em 64% o valor do limite máximo do teto da meta e mais que dobrando o valor da meta, fixado em 4,5%.
Como vilões da elevação dos preços, o preço da gasolina e o valor da energia elétrica, cujos preços represados foram corrigidos de um só golpe, ao qual se somaram os custos mais elevados da utilização de energia termoelétrica- mais cara, em função do calor e da baixíssimo índice de pluviosidade experimentado pelo país durante todo o ano. Aliado a isso, a política de correção automática dos preços, para corrigir a inflação e o aumento de custos de produção, que implica na manutenção de esquemas de indexação formais em ação, como consequência das exigências e contratos entre as emp resas que assumiram as empresas de energia, quando do processo de privatização realizado a quase duas décadas.
Ora, é inadmissível que o ministro Joaquim Levy não pudesse avaliar, no início do ano, que a correção de preços não deveria ser feita como o foi, dados seus prováveis impactos na inflação e no ambiente econômico. Ainda mais que o ministro da Casa Civil, na oportunidade, Aloízio Mercadante, já havia dado entrevistas reconhecendo a necessidade de se efetuar a correção, mas de forma mais dilatada no tempo, para diluir os impactos mais perversos da medida.
E ainda mais, junto a outras medidas, também necessárias, de correção dos preços dos combustíveis, para poder dar início à recomposição do caixa da Petrobrás.
E pior, junto a elevação de uma série de alíquotas de impostos e de juros, em linhas de financiamentos, para poder recompor imediatamente as contas do Orçamento público.
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Insisto: ninguém em sã consciência acredita que uma situação deficitária das contas do governo seja sustentável no médio prazo, e que o governo deva, exceto em situações dae grave insuficiência da demanda agregada, adotar, de forma indiscriminada políticas de gastos que conduzam à geração ou manutenção de déficits.
Não porque façamos coro ao pensamento conservador, que também é o do ex-ministro Levy, de que o governo não pode ter senão superávits para poder dar tranquilidade de assegurar aos mais ricos que terá condição de honrar os compromissos financeiros com eles estabelecidos, o que serviria para, como por encanto, pavimentar o processo de crescimento econômico do país.  Mas porque caso haja um agravamento da crise, em especial com a entrada em cena das implicações da situação econômica e financeira do ambiente internacional, não nos restasse um mínimo de espaço ou de margem para a utilização de remédios keynesianos, já levados ao limite.
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Mas, como vários analistas previam, a necessária correção das contas públicas não poderia ser feita de um só golpe, como Levy tentou fazer, já que apenas a geração de um superávit não asseguraria uma mudança posterior na perspectiva de avaliação do ambiente, favorável, pelos investidores.
Ao contrário, o que poderia ser previsto seria que tal golpe levaria os consumidores ao desânimo e os empresários à adoção de um comportamento conservador que, na crise, favorece mais a liquidez e o imediatismo dos resultados, coisas que passam completamente distantes das decisões de inversões produtivas.
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Comungo da ideia exposta em sua coluna de ontem, pela professora Laura Carvalho, que responsabiliza o ex-ministro, mas não apenas ele, claro, pela deterioração das condições econômicas do ambiente. Suficientemente influenciadas pela grave crise política que o país viveu e continua vivenciando,  o ambiente deu origem a uma elevação da inflação, à queda brutal da produção e do nível de renda do trabalhador, à elevação das taxas de desemprego, e por fim, à queda avassaladora do nível de arrecadação do governo, o que representou a geração de um maior déficit.
Ou seja, o típico tiro no próprio pé, ou o feitiço contra o feiticeiro.
Em sua coluna, que vale a pena ser lida, a professora faz menção a uma mudança de mentalidade de economistas e analistas do Fundo Monetário Internacional, para quem a situação de geração de superávits, por contenção de gastos governamentais, ao contrário de servirem de estímulo ao crescimento econômico, contribuem para uma queda maior do nível de atividade.
A professora cita, como ilustração do tipo de economista que teve sua opinião alterada, ninguém menos que Olivier Blanchard, ex-responsável pela área de estudos econômicos do Fundo e o laureado com o prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman.
Ou seja: bem diferente do que nossos analistas conservadores, que têm espaço privilegiado na mídia, repercutem.
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Em meio a tudo isso, a presidenta Dilma, em café da manhã ontem com jornalistas, apresenta como principais metas de seu governo nesse 2016: a manutenção da perseguição de superávit fiscal de 0,5%, que ela acredita seja condição necessária para reduzir a inflação, ao menos para o teto superior da meta.
Por fim, atacar o problema grave da Previdência, promovendo uma reforma que possa gerar menores déficits naquela conta, inclusive com estabelecimento de idade mínima para aposentadoria.
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Desnecessário dizer que os analistas de mercado têm projeções menamos otimistas que as anunciadas pela presidenta, e não acreditam que haverá consenso político que permita a adoção das medidas anunciadas.
Do ponto de vista do controle da inflação, pode-se esperar medidas mais duras, ao menos no início do ano, em relação às taxas de juros, pelo Banco Central.  ia
Quanto à situação da Previdência, antes de mais nada,s seria necessário que fosse dada transparência às contas da Seguridade, para que sua real situação possa ser conhecida e avaliada, sem deixar que a mistura de fluxos financeiros que desaguam todos no caixa único do Tesouro, inclusive os relativos ao pagamento dos juros da dívida pública, venham turvar a realidade das contas de nossa rede de proteção social.
Afinal, não são poucos os analistas e especialistas na questão da seguridade, que argumentam que a Previdência, em si, é superavitária, o que não significa que mudanças não sejam necessárias de serem implementadas.
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Futebol

No futebol, o início da temporada mostra um Galo já em ritmo intenso para estrear no torneio, já na próxima semana, a ser disputado nos Estados Unidos.
Poucas mudanças, contratações consideradas boas, sem serem bombásticas, da mesma forma que o seu maior rival, que apresenta nomes de jogadores dos países vizinhos, como maior reforço.
Apenas o Corínthians sofre pesadas mudanças, em função do desmonte que o futebol chinês vem promovendo em seu time.
Embora isso esteja trazendo muito alarde e alarme, e preocupação, nada diferente da situação de desmonte do time do Cruzeiro acontecido no início do ano passado.
A diferença é que, naquela ocasião, era um time mineiro que se enfraquecia, o que era positivo para o fraco futebol dos times das praças de São Paulo e Rio.
Agora não, a vítima que se enfraquece é o único time capaz de dar orgulho à imprensa bairrista e sem assunto, dos estados que se consideram os donos do esporte e do próprio país.
Daí a grita.
Como o Cruzeiro em 2015, tomara que passem sufoco pra valer...

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