segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pitacos de retomada. Após o carnaval e saudando a Verde e Rosa, mas com receio do time do Galo

Fim de Carnaval, começa agora, oficialmente, o ano de 2016 no Brasil.
Com alguns indícios de que o ano será de surpresas e novidades. Boas novidadMes... a julgar pelo desfile e vitória da Verde e Rosa na Sapucaí, sob as bençãos dos santos da Bahia.
Parabéns à Estação Primeira de Mangueira, por voltar ao seu lugar de destaque, com um atraso de 13 anos.
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No futebol,  mais especificamente fazendo referência à Libertadores da América, com o Brasil conseguindo, com esforço e sofrimento maiores que o necessário, incluir seus 5 representantes na fase de grupos, que já começa essa semana.
A vitória do São Paulo, em seus domínios, embora magra, serviu para por ordem na competição. Afinal, o time peruano, que mostrou muito pouco futebol em seus domínios, não poderia ser um time tão difícil para o time paulista. Apesar da retranca armada em São Paulo. E apesar de a Libertadores continuar sendo encarada como uma guerra. Sem qualquer motivo para isso, segundo a opinião de Tostão, para quem essa opinião apenas tenta dar mais destaque a um torneio que aquele que ele de fato merece.
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Prosseguindo no futebol, também iniciaram-se os campeonatos estaduais, tão combatidos e criticados por toda imprensa especializada, não sem razão.
De minha parte, concordo com os argumentos que criticam tais campeonatos a partir da alegação da pouca ou nenhuma motivação que os jogos entre grandes e fortes equipes da capital e times muitas vezes formados de última hora no interior apresentam.
Claro que os jogos perdem a graça, tamanha a desigualdade, e o desinteresse acarreta prejuízo elevado para times de tradição, que têm folhas de pagamento elevadas para liquidar e são obrigadas a jogar para 700 e poucos torcedores, como aconteceu com o Fluminense, no Rio.
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Com a torcida ao início do campeonato já sabendo que times conseguirão se classificar para a fase decisiva, essa sim, de algum valor, há de fato muitas razões para se questionar a realização desses campeonatos regionais.
De minha parte, apenas considero que os regionais servem como desculpa para que os times grandes, em nosso caso todos da capital possam, ao menos uma vez no ano, irem se apresentar para sua fanática torcida, impossibilitada de deslocar-se à capital com mais constância.
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E esse argumento, da homenagem a sua torcida do interior, já de há muito é o único argumento válido, já que o outro, de que tais viagens são oportunidade para que os clubes possam descobrir novos valores para suas equipes já não se sustentam, nessa era de internet, vídeos circulando por youtube, e jogadores que, mesmo sendo bem indicados, não conseguem passar pelas peneiras realizadas pelos clubes onde, muitas vezes, o que menos importa é o potencial do jovem em testes.
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Mas, se criticam a realização desse campeonato, alegando que o motivo de homenagear seus torcedores é romantismo puro, acho curioso que a mesma imprensa passe a incentivar, como tenho visto agora, torneios como esse que inclui times de expressão do Sul, Rio e Minas Gerais, organizado pela 1ª Liga.
Porque, mesmo que fosse uma boa ideia, o que vemos é apenas mais do mesmo. Os mesmos times de futebol, encontrando-se e duelando em 3, 4 , até 5 competições, o que gera um verdadeiro jogo do tipo arroz com feijão, com evidente desgaste de times, atletas e torcedores.
A consequência de tal desgaste ou cansaço é que os times mesmo acabam não valorizando o torneio, mandando a campo times mistos ou apenas reservas, apenas para testes.
O resultado é que, depois de tantas brigas políticas, e até apesar delas, os torneios passam a não valerem nada, mostrando-se tão somente como caça níqueis.
Tal e qual o antigo torneio que tantos clubes grandes desejavam e brigavam para disputar, a tal Sul americana cuja vaga, depois de conquistada, acabava tornando-se um estorvo para os times concorrentes. Ao menos para os grandes, sempre optando por mandar times reservas a campo, para preservar seus interesses na disputa do Campeonato Nacional, de maior visibilidade.
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Ainda no futebol. mas com foco no Galo que disputa e lidera o campeonato mineiro, depois de fazer um papelão na disputa do tal torneio da Primeira Liga, minha opinião é que Aguirre não tem o perfil que um técnico precisa para comandar o Atlético, apesar de reconhecer seus méritos, esforços e dedicação.
E não é por querer fazer justo o que levou a torcida ou parte dela a pedir a cabeça de Levir Culpi: inventar. E inventar com a transformação de um jogador limitado, em minha opinião, em jogador coringa do time, jogando na defesa, nas duas laterais, como armador, como ponta nas duas extremidades, e até como atacante, se bobear, como temos visto acontecer com esse esforçado bom reserva para a lateral chamado Patrick.
Que não tem culpa alguma de, por ser voluntarioso, acabar chamando a atenção dos treinadores, como se fosse a tábua de salvação.
Patrick é ruim. Limitado. Voluntarioso, apenas.
Tão voluntarioso como Luan já foi em um dado momento, até que assegurasse lugar no time e seu ímpeto ficasse mais reduzido.
Não que Luan não continue batalhando, mas dá demonstrações de não ter mais o mesmo apetite,
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Mas voltando ao Galo, não vejo no Atlético de Aguirre um time que sabe o que fazer com a bola em seu poder. Ao contrário, o time mostra o mesmo futebol e até erros, se os considerarmos assim, que mostrava com Levir.
Pratto muito distante da área, onde deveria estar. A defesa muito exposta, face à ausência de um meio campo mais capaz de servir como primeira linha de contenção.
Continuamos com a velocidade na saída de bola, em toques rápidos, explorando a leveza de nossos jogadores mas, não vejo jogadas ensaiadas, capacidade de alterar a tática do time durante o jogo, por exemplo.
Ou seja, continuamos sendo o futebol da crença. Do Eu Acredito. Da vontade. Da força de vontade e entrega. Tudo isso necessário para um time que deseja ser campeão. Mas, ainda faltando aquela faísca mágica que conseguiu ser criada em 2013, e que conseguiu resgatar o futebol de gênio de Ronaldinho e até o futebol de Jô, antes desacreditado.
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Em relação à política, ainda o que se nota é um certo marasmo, curioso, em razão da tão veloz deterioração do quadro de expectativas de nossos analistas econômicos, ouvidos pelo Banco Central para elaboração do Boletim Focus e a calibragem da política do país.
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Enquanto isso, mercê das dificuldades políticas que o governo enfrenta, evita-se mesmo a discussão dos problemas que, de fora, são capazes de agravarem nossa situação econômica.
Aqui, o que se vê, ao contrário, são os analistas dos jornais da grande-  e nem tão séria assim-, imprensa, destacando que lá fora, é deflação e juros negativos. Aqui, ao contrário, inflação que se eleva e mostra sinais de resistência e juros estratosféricos. Lá fora, políticas monetárias keynesianas para impedir a crise recessiva se tornar mais aguda. Aqui, governo gastando muito mais que o que podia.
E ninguém que se propõe a analisar que chegamos onde estamos, justamente por tentar, em 2010 e 2011, adotar as políticas que agora adotam lá fora.
E nem estou classificando tais políticas de certas ou erradas. Apenas querendo que medidas que antes foi objeto de críticas internas não fossem agora elogiadas apenas por que foram adotadas por governos que consideramos mais capazes.

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A continuar vendo a pobreza do debate e de seus comentaristas nas tevês, melhor ver no canal da tevê Escola (25 da Net) ou no Youtube, a documentários como o que está sendo apresentado nesse mês de fevereiro, chamado Porque Pobreza.

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