Navego como um bólido de luz
Máquina de fogo a cruzar os céus
Corpo alado em vôo solitário ao sol
Onde lanço âncoras em busca do repouso
Longa é a vida de cometa errante
Que risca cintilante o firmamento
Em explosão de rastros e fagulhas
Massa que atrai massa
E gravita em ócio pelo espaço
Parto para o fim do dia
Onde a noite envolta em buraco negro
Colide contra o sol
E concluo, enfim, o meu passeio orbital
Realidade etérea
transformo-me na energia que renasce das cinzas
e preparado para repetir a experiência
volto a brotar no ventre da terra mãe
em que ensaiei meus derradeiros passos
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