quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Por favor temer, dê nome aos bois: quem quer parar o seu governo?

Pelamordedeus, alguém poderia pedir ao presidente usurpador temer, para ser mais explícito e dar nome aos bois.
Afinal, esse discurso com a afirmação de que há pessoas interessadas em parar o Brasil, sem dar nome aos bois é muito ruim, e não pela generalização indevida, não ao menos nesse caso. Porque, para um presidente ilegítimo, com índices de popularidade abaixo de nada, como o desse golpista suspeito de crimes sérios, deve haver muitas pessoas a quem a carapuça pode se assentar à perfeição.
Assim, para evitar que haja enganos e que possamos saber de fato a quem o temerário se refere, se ao Procurador Geral, se a algum delator em especial, como Funaro, ou mesmo se àqueles que, de Curitiba ficam ameaçando delatar, caso de Cunha; ou ainda se a referência tem em mira o Ministro Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo, é preciso, aliás mais, necessário que nosso presidente suspeito indique claramente a quem ele está se referindo.
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De minha parte, afirmo, prometo, até lavro em cartório algum tipo de promessa, que irei procurar a pessoa cujo nome ficou protegido pelo silêncio para prestar-lhe minha total e completa solidariedade. Dar-lhe todo o meu apoio e passar a lutar, na medida das minhas possibilidades, para que sua luta tenha êxito e possamos paralisar o país.
Quem sabe, não é essa a forma capaz de impedir que um bando de indiciados e suspeitos, criminosos comuns amparados por leis que lhes tratam de forma especial que lhes assegura impunidade, sejam impedidos de prosseguir em sua política de dilapidação do patrimônio natural do povo brasileiro? Quem sabe não é essa a melhor maneira de conseguir reverter a decisão de transformar a Amazônia pulmão do mundo, em área de mineração, sujeita a todo o tipo de devastação e depredação, como a ocorrida, entre outros locais, em Serra Pelada, cujos resultados e exemplo, estão aí para todos que quiserem poder ver.
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Quem sabe não consigamos impedir que mesmo esse novo decreto, permitindo a mineração naquela região, agora com algumas ressalvas, que no fundo apenas tentam criar condições para a exploração que não serão cumpridas, como o do planejamento de manejo de áreas de reserva, não prossiga em sua tarefa de destruir nosso patrimônio natural; de impedir que mineradoras que constam entre seus sócios, parentes de amigos do peito desse usurpador, como é o caso da filha de Jucá, de praticar a exploração indiscriminada das amplas riquezas minerais; de procurar criar obstáculos a que a área de preservação dê abrigo a uma cada vez maior exploração por grileiros e outros tipos de predadores às custas de sacrifícios dos povos da região, entre os quais os povos indígenas?
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Ah! como seria importante que o usurpador desse nome aos bois, para que pudéssemos saber a quem deveríamos hipotecar nossa solidariedade e apoio, de forma a conseguir impedir que prossiga o assalto ao direito dos trabalhadores e a agressão à nossa Constituição, por meio dessa Reforma Trabalhista que, a título de promover a necessária atualização da CLT, procura transformar aquela consolidação de leis em frangalhos, retirando dela a possibilidade de tratar de forma justa o lado sempre mais fragilizado da relação contratual para a qual ela foi desenhada.
Como seria importante impedir a precarização das relações trabalhistas que as mudanças já aprovadas, como a da terceirização indiscriminada permite.
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E o que dizer da necessidade de interromper essa marcha insana de temer, o golpista, e seus asseclas, contra a Previdência Social, que promete punir em especial a todos aqueles brasileiros, oriundos de estratos mais necessitados da população e, por esse mesmo motivo, mais sujeitos a não conseguirem cumprir as novas condições que se lhe procuram impor, como a de maior idade para obtenção do benefício; da contribuição por maior tempo - 25 anos e não 15,  de um trabalho cada vez mais precário e mais difícil de ser mantido, em especial para as ocupações consideradas de trabalho mais pesado e penoso.
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Como seria importante se todos os homens preocupados com a correção das injustiças sociais pudéssemos paralisar a aprovação desse conjunto de medidas destinadas a perdoar mais de 8 bilhões de dívidas de produtores rurais com a Previdência Rural - sempre uma das primeiras acusadas do "rombo" nunca comprovado e sempre citado, da Previdência Pública-, e tudo para que o governo possa vir a obter um influxo de outros 8 bilhões para seu já deficitário caixa.
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Como seria importante paralisar a aprovação desse novo Refis, negociado de forma a cada vez mais, em troca de uma entrada desesperada de recursos para o Tesouro, estender os benefícios e prêmios concedidos a todos aqueles que sonegaram, cometeram crimes fiscais e financeiros, atentaram contra as finanças públicas, mas que ostentam a condição de serem privilegiados.
Será que essa corja de políticos que ocupa ilegitimamente os escalões mais altos de nosso governo, a começar do maior de todos eles, esse usurpador acusado de prevaricação e de corrupção, não se preocupam com o fato de que ao cederem aos sonegadores, estão contribuindo cada vez mais para a criação e disseminação da ideia de que o correto e mais interessante do ponto de vista do planejamento financeiro e da obtenção de ganhos, é não pagar os impostos devidos e esperar que alguns anos depois o governo venha adotar planos implorando que liquidemos nossa dívida, com subsídios?
Será que não enxergam o risco moral que estão estimulando, embora seja forçoso reconhecer que não têm como enxergar nada que diga respeito ao comportamento moral que lhes é ausente.
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É preciso parar esse governo usurpador, que procura entregar o país e vender todo o patrimônio nacional, especialmente o mais potencialmente valioso, com um programa de privatizações ilegítimo, não aprovado nas urnas pela maioria do povo brasileiro, e que a título de fazer caixa e obter investimentos, especialmente do exterior, não se preocupa nem mesmo em estar abrindo mão de serviços estratégicos para a economia e a independência do país.
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Sobretudo, é preciso, lembrar que justamente esse governo golpista, que prometia colocar as finanças públicas em ordem, promovendo as medidas necessárias para a obtenção do tão sonhado ajuste fiscal, não apenas foi responsável pela elevação das metas de déficit primário, no ano passado, para a bagatela de 170 bilhões, na tentativa de arranjar os fundos necessários para comprar o apoio disso, que um aliado seu, já citou como presidencialismo de cooptação, claro eufemismo para corrupção.
Mas mais que essa alteração de metas, é bom lembrar da elevação agora, do valor do rombo previsto, de 139 bilhões para 159 bilhões, acompanhado da nova meta proposta para o ano que vem, que passa de 129 bilhões para outros 159 bilhões, apenas e tão somente para fazer face a aumentos de despesas que incluem, principalmente, a compra de votos para que o golpista possa escapar da investigação capaz de comprovar seus crimes, e manter-se aferrado ao poder, por intermédio da concessão farta de liberações de emendas parlamentares.
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Isso, sem ficar repisando que justamente esse governo que seria o patrocinador do ajuste fiscal, gerou nesse último mês de julho, um déficit fiscal recorde de 20,1 bilhões de reais, o maior em 21 anos, o que lhe permite chegar a mais de 183 bilhões de déficit primário no acumulado de 12 meses.
Tudo isso, que é a verdadeira razão e culpado da paralisia do Brasil, como as medidas adotadas por esse governo ridículo, pífio, que acabam por desestimular ainda mais a reação econômica, iniciada mais por fruto de causas naturais, como a da super-safra de grãos, que de medidas de política. Medidas de corte de investimentos, bem ao feitio da visão mais ortodoxa, incapaz de fazer o nível de atividade se elevar, trazendo de carona a elevação da arrecadação, essa sim, a grande responsável pelo resultado deficitário dos últimos meses.
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Não é demais lembrar, em julho, e no período de janeiro a esse último mês, a despesa pública sofreu queda, mesmo sendo reconhecida como de difícil redutibilidade, mas a queda da arrecadação foi ainda superior.
Razão para que esse governo golpista, aprofunde o corte de gastos, ameaçando funcionários públicos, usando a questão da previdência, mal apresentada e com informações parciais, de forma a, em último caso, paralisar o funcionamento de serviços prestados ao público, como já o fez com a farmácia popular, com a questão dos programas de financiamento a pesquisa científica e tecnológica, com a questão da saúde pública, cada vez mais precária...
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Precisamos paralisar esse descalabro e falta de direção e rumo em que o país está envolvido.
Por isso, presidente temer (por mais usurpador, ilegítimo e golpista) que o senhor seja, diga o nome às claras, de quem está interessado em parar essa nossa corrida em direção ladeira abaixo.
Diga o nome de quem ou daqueles a quem a nós brasileiros, preocupados com seu descaminho, devemos procurar e oferecer nossos préstimos.
É isso.

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