Maio. Mês tradicionalmente dedicado às mães, essas guerreiras e... antigamente, até às noivas.
Diz a lenda, por ser o início do período de clima mais
quente na Europa, o que facilitava a higienização necessária aos noivos.
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No Brasil da pandemia de 2021, mês de sequência de perdas, de mortes, embora em
ritmo menos intenso que o da avassaladora mortalidade do mês de abril, como se
a natureza estivesse nos dando um descanso, reunindo e reagrupando suas distintas
forças, na definição e planejamento de novo e arrasador ataque.
Que os médicos e entendidos da área temem seja com o
potencial devastador de um tsunami.
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Isso, apesar da quantidade de vacinas com que a ciência nos
brindou, de forma e em tempo recorde. E das campanhas de imunização a que assistimos,
com uma ponta de inveja, se espalharem pelos mundo.
No Brasil, reconhecidamente capaz de promover campanhas de
vacinação em massa, exemplo de sistema de saúde pública para outros povos, a vacinação
não avança: caminha a passos lentos.
Por falta de vacinas, não negociadas e não adquiridas de
forma tempestiva por um governo que privilegia a morte. Um governo que opta por
tratamentos de curandeirismo, charlatanismo, garrafadas e raízes, e remédios
sem qualquer eficácia científica.
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Um governo que opta por acusar, irresponsavelmente, o maior
senão exclusivo fornecedor dos insumos necessários para a produção e o envase das
vacinas – Coronavac ou Astrazeneca – à disposição da sociedade brasileira.
O que leva, para agravar nossa situação, à interrupção da vacinação
iniciada de forma precária, agravando o que já era um caos.
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De resultado, vacinação e proteção pela metade. Avanço da doença
e mortes.
Morte como a de Paulo Gustavo, o último brasileiro de maior
fama, vítima da “gripezinha” da Covid. Um brasileiro que deixa em nosso povo,
por sua luta, suas bandeiras e sua forma de mostrar amor ao seu povo, marca
semelhante àquela de Ayrton Senna. Por sua graça e leveza, e humor, a mesma
marca dos Mamonas Assassinas.
Por ser um representante de nossa cultura, a mesma dor da
perda de um Aldir Blanc, um Agnaldo Timótheo. E como um brasileiro comum,
representar mais de 425 mil vidas (considerando-se apenas as contabilizadas
corretamente!) que se perderam para tristeza de todos nós.
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Mas, destaca-se que a morte, marca da pandemia e da irresponsabilidade
criminosa de Bolsonaro, não é apenas a provocada pelo contágio e falta de vacinas.
Inclui-se aqui, a morte de 3 crianças ainda bebês, além de
uma professora e uma auxiliar de ensino, em Saudades, Santa Catarina, fruto de ataque
de um rapaz ainda adolescente, de 18
anos, sem motivação aparente, salvo forte indício de desvio de conduta e forte
desajuste social.
Caso para estudo de psicólogos e psiquiatras. E esboço da
sociedade em que podemos nos transformar, quando armas de fogo – e não armas brancas
como adagas – se encontrarem à disposição de qualquer desajustado.
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Inclui-se também, e para pior, a chacina de Jacarezinho,
praticada sem qualquer justificativa minimamente tolerável, autorizada por
verdadeiros assassinos, genocidas. Políticos e autoridades que se acham deuses,
capazes de não apenas julgarem, condenarem, mas executarem todos aqueles que
insistem em querer sobreviver e existir, por mais precárias sejam as condições
de vida, apenas por serem pretos, pobres, habitantes de comunidades.
Políciais que comemoram a “limpeza étnica” que foram autorizados
a fazer ou pela qual recebem cumprimentos e reconhecimento de quem não respeita
a lei, o Estado de direito e suas consequências.
Aqui o ponto é que, bandidos ou não, todos merecem um julgamento
justo, um tratamento justo, uma prisão que permita sua reeducação e não a continuidade
de seu processo de barbarização e selvageria, de educação para o crime.
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Processo que apenas tem sequência nas cadeias entre torturas
de toda espécie, uma vez que iniciado na própria invisibilidade a que são condenados,
seja como indivíduos, seja como comunidade, abandonada e esquecida pelo Estado.
Até que, no caso, algum interesse particular, abjeto e
desumano venha surgir, seja de cunho imobiliário; seja por ordem dos chefões do
tráfico, enfrentando a disputa de pontos de comando e influência; seja por um
ignóbil, beócio, covarde sob as vestes de um tiranete, disposto a tensionar a
situação e cutucar e desrespeitar ordens do Supremo Tribunal Federal.
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Ora, o sociopata que ocupa a “Casa de Vidro”, não mantém
apenas relações próximas com milicianos e bandidos de toda espécie, sejam os
senhores da mineração na Amazônia, ou os criminosos do desmate ilegal; sejam os
militares reformados como o coronel e
ex-deputado Jairo e seu filho Jairinho, ou os Queiroz e Adrianos; sejam os
verdadeiros empresários do tráfico de drogas, armas e até seres humanos, em qualquer
Vieira Souto ou Alto de Pinheiros de nosso país.
E o prazer que extrai da morte não é de agora. Data de
quando, ainda capitão, planejou explodir bombas em unidades militares, sem
levar em conta as baixas que poderia provocar entre colegas de farda. O que
provocou sua “expulsão” (mesmo disfarçada) do Exército, cujos generais agora se
rastejam como sabujos aos seus pés.
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E é importante frisar: a medida terrorista e assassina contra
seus colegas, visava apenas chamar a atenção para os seus interesses (financeiros)
mais reles.
Como agora, todo o comportamento negacionista e genocida que
adota tem apenas o interesse na reeleição e na blindagem aos delinquentes de
seus filhos.
E cônjuge (ou conge),
para que não nos esqueçamos de perguntar por que Queiroz depositou 89 mil para
Michelle?
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Quanto aos generais, trânsfugas ou apenas covardes pobres
coitados, que se borram nas calças apenas por tomarem uma vacina, também eles
têm seus objetivos escusos: o poder. Tão apenas o poder e a glória que o poder
inebriante proporciona, e que eles acreditam, melancolicamente, que perderam em
85.
Exceto o nosso sargento Garcia, embora sem a grandeza do
soldado do Zorro, o nosso Pazuello.
Este é apenas subserviente mesmo. E vive para obedecer
quando “um manda”...
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Quanto a Bolsonaro, e suas ameaças de decretos contra isolamento
social, de tomar medidas autorizadas pelos bolsotários que o acompanham como
pescadores acompanham as sereias mais sem caráter, vale a certeza: ele apenas
ladra.
Como todo bom cão rufião, apenas late e não morde.
Manda (policiais, como no Rio), mas não tem coragem nem capacidade
de agir por conta própria.
Em síntese: apenas tem interesse em criar tumulto e ameaças,
que nunca serão cumpridas.
No fundo é apenas um pobre covarde.
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Termino admitindo também eu, a minha covardia, como parte do
povo brasileiro e dos cidadãos de bem: fosse outra nossa índole, já estaríamos ocupando
as ruas, de onde só sairíamos depois de afastado o personagem por trás de tanta
vilania.
Um comentário:
A morte no Brasil vem adquirindo dimensões que até há pouco tempo ninguém imaginava. Não bastam, para este "governo", seu relevante papel nas mais de 425 mil mortes pela covid19; tão pouco os assassinatos em massa (sempre dos menos favorecidos), que aliás são até comemorados por quem deveria cuidar da sociedade; o palhaço sádico e seus asseclas (que são milhares) querem mais mortes: da escola crítica e portanto libertadora, da democracia e assim da esperança em um futuro em um futuro mais inclusivo. Estes monstros foram emergiram de todo lugar (esgotos, porões e por vezes até em nossa sala) enxergam no palhaço sádico o seu alter ego. Enquanto o auxílio emergencial é uma esmola, o palhaço sádico, saboreava nos dias das mães um churrasco, com picanha cujo quilo preço é R$1.799,99... com foto publicada em redes sociais... o que simbolicamente representa a morte do mínimo de sensatez e pudor (claro que este indivíduo nunca teve este característica)... Não sei o que vem depois do caos... mas o nosso está, infelizmente, longe de acabar.
Fernando Moreira
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