quinta-feira, 22 de setembro de 2022

É preciso falar de Guedes e sua gestão. E das escolhas, inclusive em Minas

A economia do Brasil cresce. O país cria empregos de qualidade e a inflação está próxima ao intervalo de tolerância em relação à meta.

O país apresenta superávit fiscal, o dólar está em queda e o Banco Central errou ao adotar a política contracionista, elevando as taxas de juros desde meados do ano passado.

O governo promoveu uma reforma administrativa capaz de reduzir a despesa com a folha de pagamentos e, com seu programa de privatizações conseguiu gerar uma arrecadação próxima de 1 trilhão de reais.

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Em razão de tudo isso, os números do Relatório de Insegurança Alimentar e Nutricional são falsos. É mentira que 33 milhões de pessoas estejam passando fome no Brasil. O poder de compra está mais que preservado pela transferência de renda do Auxílio Brasil, que corresponde a 1,5% do PIB.

Pelo Dieese, o custo da cesta básica atingiu, em agosto, o valor de 749,78 reais, devido a quedas em seu preço nos dois meses anteriores.  

Em todo o país, a cesta variou entre 539,57 reais em Aracajú  e o valor  em São Paulo.

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Ou seja, o valor do Auxílio de 600 reais,  turbinado por jogadas eleitoreiras que contaram com a participação e aprovação do sinistro, compravam entre 1,1 e 0,80 cestas.

O cálculo do número de cestas adquiridas nos estados que representam os valores limites para a cesta básica ajuda bastante a ilustrar a contestação do ministro. Especialmente se se dobrar o valor do Auxílio, para as famílias com mãe solo.

Nesse caso, em Aracajú, para ficar na cidade mais favorável, uma família teria condições de comprar 0,07 de uma cesta ao dia, no caso dessa família de mãe solo não ter filhos...

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No início da tragédia que se instalou no país, a partir de 2019, Guedes foi recepcionado e saudado por todo o mercado financeiro como o salvador das finanças nacionais. Ainda que não consideremos que parte da acolhida ao sinistro eram hipoteca de solidariedade de seus colegas de instituições financeiras de onde era egresso, o que servia de garantia de que o setor seria sempre privilegiado, contribuía muito para o clima de aceitação generalizada algumas características da personagem, além do comportamento acrítico da mídia.

Vamos a tais características: como não é segredo para ninguém Guedes foi um dos economistas formados pela escola de Chicago, os “Chicago Boys”, que correram para prestar seus serviços e conhecimentos ao ditador Augusto Pinochet, no Chile. Vá lá que não tinha qualquer papel de relevância na gestão desastrosa que arrasou o Chile e a maioria de sua população em benefício de uma minoria privilegiada.

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Mais tarde, fundou o Banco BTG Pactual, instituição detentora tanto de reconhecido êxito quanto de acusações de irregularidades junto à CVM.

Também é reconhecido por ter ocupado a presidência do IBMEC, de onde vem sua ligação com o setor educacional, que apenas ganha reforço com o fato de sua irmã Elizabeth Guedes ser a vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas.

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De formação ultraliberal e privatista por excelência, exerceu papel fundamental na tentativa de inviabilizar vários fundos de pensão ligados a instituições públicas como o Previ do Banco do Brasil, o Petros da Petrobrás, o Postalis dos Correios. Nesse caso, apesar das acusações que incluíam gestão fraudulenta – acusações que não avançaram – não logrou êxito em levar tais fundos à falência.

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Com relação ao comportamento acrítico e parcial da mídia, foi apresentado pelo terrorista deputado eleito para o mandato presidencial de 2019-2022 como o seu Posto Ipiranga. A verdadeira sumidade na área da Economia.

Bem, vindo de quem veio o elogio, apenas mesmo a aloprada aventura da imprensa tradicional na tentativa de se engajar no trem da vitória poderia servir de lastro ao indicado.

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Embora tenha que reconhecer que não era, ao menos de meu conhecimento, que ele havia feito várias leituras de Keynes. Em inglês, como fez questão de declarar na famosa reunião ministerial de 22 de abril de 2020, em que aconselhou à sua colega, a sinistra Damares, que deixasse eles se fuderem, no mais castiço português.

Antes, já em 2019 prometera e não conseguira alcançar resultado superavitário das contas públicas.

E já tinha dado declarações tornadas famosas e autoexplicativas, como a de que o dólar só chegaria a 5 reais, se o governo fizesse muita besteira.

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Outras declarações como a crítica aos passeios turísticos à Disney, das empregadas domésticas, ou o acesso do filho do porteiro ao ensino superior, também proferidas e difundidas, não merecem maiores críticas. Elas mostram quem é e o fundamento do pensamento de Guedes.

Agora, ficamos sabendo que ele está sofrendo efeito do fogo amigo, por parte dos integrantes do gabinete de campanha à reeleição do ministro. Ali, muitos o criticam alegando que demorou demais, por purismo, a acatar a necessidade de romper o teto de gastos; de dar aval à emenda dos precatórios, destinada a  “dar o cano” no direito reconhecido em última instância a milhares de credores do governo.

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Há que reconhecer que ele é vítima de duas forças: sua enorme incompetência, e da má vontade dos apoiadores do presidente. Afinal, foi ele e sua tremenda incapacidade e inexpressividade que permitiram a perda da gestão orçamentária, sob sua responsabilidade, pelo Executivo, para o Centrão.

O verdadeiro fator que explica o porquê de não termos assistido a um impeachment de seu líder.

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Também foi ele, e sua capacidade de se rebaixar e curvar-se como um capacho, que o levou já a apresentar, antes das eleições, a sugestão de se declarar Estado de Calamidade para 2023, de forma a que o teto de gastos possa continuar a ser despudoradamente desrespeitado.

De minha parte, já expressei  em pitacos anteriores que a calamidade maior é sua participação no governo, e a de seu patrão. Mas isso não é um estado que não poderia ser previsto.

Daí que não vejo qualquer dificuldade em entender porque ao longo do governo, e em reconhecimento a sua total e completa inaptidão,  seu patrão veio retirando todos os poderes que lhe deu no início do mandato. Ação a que o terrorista miliciano na presidência da república promete dar sequência, retalhando ainda mais o Ministério, agora para comprar apoio e votos de industriais, exportadores, etc.

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Guedes não deverá ficar só. Ficará apenas completamente isolado. Abandonado por todos que o aplaudiram.

Afinal, o que os empresários mais prezam, de qualquer setor de atividade é constância, estabilidade, estabelecimento de programas e metas e a busca de sua obtenção.

Nem é necessária a concordância integral com as propostas apresentadas pelo governo. Basta que haja propostas, planos, visibilidade no horizonte.

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E não o jogo de vaidades e servilismo desavergonhado, apenas para se manter sob os holofotes, talvez na ânsia de se ver livre de investigações que podem trazer à tona os maus feitos do sinistro proprietário de ‘off-shores’ não devidamente aclarados.

Mas, nesse governo, e daí o desespero em busca da reeleição ou até a proposta marota de anistia, vinda do sempre amigo e aliado Temer, o que todos desejam é a continuidade do foro privilegiado e de que o tempo permita que entre em cena a famosa e providencial  falta d memória do povo brasileiro.

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Não poderia encerrar o pitaco de hoje, sem falar minimamente do ridículo de um comício eleitoral feito em ambiente em que a agenda era a guerra  da Ucrânia e as preocupações que a cercam.

Isso para não falar da falta de respeito e decoro e, mais uma vez, empatia, do capitão da morte e de seus seguidores, na vergonhosa passagem por Londres, em razão de uma cerimônia fúnebre.

Mas, qualquer coisa que se fala desse estrupício que nos representa, e envergonha, apenas dá mais visibilidade e tempo para ocupar os meios de comunicação, confirmando sua capacidade de pautar a mídia.

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Tampouco não posso deixar de falar que de tudo ruim que poderia acontecer aos mineiros, ainda pior é somar-se ao miliciano, o candidato que se faz de mineirinho esperto e bom gestor: esse que quer abdicar do direito de gerir o povo mineiro, entregando a governança do Estado justamente a Guedes e seus prepostos.

Tudo isso via a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal, que nada recupera e vende todo o resto de Estado que nos resta.

  

Um comentário:

Anônimo disse...

Falta pouco para o terrorista deputado e ex-preso (por que não?), sair de lá!

Agora a proposta de Anistia, partindo do próprio Temer, no MÍNIMO é uma daquelas ocasiões... Quem tem c*, tem medo! Deve estar com o rabo preso até o fim para propôr algo nesse sentido.

Enrico