Que culpa Cuca tem, se o time jogou como nunca, perdeu gols como é comum e perdeu o jogo como sempre?
A verdade é que, mais uma vez, nem bem entramos e parece já encontramos o caminho da saída da competição. Tudo bem, ainda há o jogo de retorno, no Rio, no campo do adversário, o Engenhão.
Mas, é bom lembrar que, de há muito, somos fregueses do Botafogo. E o clube da estrela solitária vai se tornando tão ou mais carrasco do que o asa negra do Flamengo... aquele do urubu...
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Bem longe dos tempos idos, em meados da década de 60, em que d.Serafim, então arcebispo auxiliar da cidade, e atleticano de quatro costados, promovia uma enquete junto à população da capital mineira.
E o placar exposto no adro da Igreja de São José, apontava como Clube Mais Querido, o glorioso Clube Atlético Mineiro e, clube mais no resto do país, o Botafogo. Talvez influência da presença de Mané Garrincha...
Ainda por volta de meados dos anos 60, em 1967, em disputa pela Taça do Brasil, lembro de uma grande confusão que aconteceu entre ambos os times. Derrotados no Rio, o Atlético jogou a segunda partida no Mineirão e obteve uma vitória apertada, determinando a disputa da terceira partida, a "negra".
Não foi tranquilo, entretanto, o segundo jogo. Bianchini, atacante atleticano conhecido entrou no segundo tempo e, na primeira bola deu um chega para lá espetacular e violentíssimo em Carlos Roberto, médio volante do Botafogo.
Ao desembarcar no Rio, Carlos Roberto desceu em cadeira de rodas, em uma farsa destinada a criar o clima para que o Botafogo anunciasse que não voltaria a Minas para disputar a partida, então marcada para 2 dias depois do segundo jogo. Desnecessário dizer que a imprensa carioca, o célebre Jornal dos Sports à frente, fez o maior carnaval sobre o assunto, em apoio ao clube carioca.
Algum tempo depois, o Botafogo aceitou voltar a jogar no Mineirão e, depois de um jogo que terminou empatado, o Galo passou para a fase seguinte na disputa do Cara ou Coroa.
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Mas, isso são outros tempos, em que a fé do Bispo hoje Cardeal era capaz de nos estimular e o manto da Santa ainda não tinha sido pintado de negro, em substituição ao azul tradicional, cor do manto e do uniforme de nosso rival.
Ainda hoje há atleticano que acredita firmemente que o Galo vem pagando pelo "pecado" da agressão à Santa, uma mera imagem, perpretada pelo .... Kalil...
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Dizer que o Atlético merecia ganhar porque jogou melhor, atacou mais, perdeu gols incríveis, como de fato aconteceu, é utilizar mais uma vez de um recurso que já está ficando surrado demais, para ter qualquer crédito.
Não dá mais e a paciência do torcedor está chegando ao final.
O interessante é que o caminho de saída da competição é sempre muito facilmente encontrado. O de saída da crise não.
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E continuamos em meio à onda de decepção que parece não ter mais fim.
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