terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quem sabe o amor?


Quem sabe a influência do relevo
O confronto entre o mar e a cordilheira
Ou o risco sempre presente
Da erupção de um vulcão jorrando lava
Cinza e destruição
Em uma corrida louca
Guiada pelo fogo da paixão
Insana!
Que se espraia e leva tudo de roldão?
Quem sabe não seria a influência
Dos ventos gélidos trazidos lá do sul
Que se esboroam sempre contra o paredão eterno
E se revelam inaptos para fazer disseminar
Exceto o ar pesado da poluição?
Ou seria a sensação perene da transitoriedade
De se saber faltar o chão em meio a um sismo
Que sacode feroz suas entranhas
Tal como o sentimento que extirpa a razão
E justifica a sensibilidade que se ergue desse chão?
Quem sabe não fosse a atmosfera
Que torna o Chile sublime inspiração?
Ou não seja o amor que a todos contagia
Capaz de explicar a simbiose
Que associa o Chile à poesia

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