Voltamos à normalidade. Como todo fim de sonho, fica um gosto ruim na boca. Mas, convenhamos foi bom, o sonho. Enquanto durou. E pena que durou pouco, apenas duas rodadas. Duas vitórias.
Nem vou entrar numa de que o início acabou levando que as forças ocultas do Jânio, ou as forças poderosas da Globo, acabassem tendo que entrar em ação e se manifestassem. Afinal, foi muito esquisito, por questões de grade de programação, que o jogo do Galo contra o São Paulo fosse adiado.
Para alguns, tirar o jogo do domingo e transferi-lo para a quarta-feira à noite, com um intervalo de 10 dias entre duas partidas, quebrou o ritmo e o embalo do time.
OK. Sempre se poderá alegar que a quebra de ritmo que afetou ao Galo, não teve o mesmo impacto no São Paulo. Isso, se alguém que gosta de futebol para valer, puder afirmar ter se tratado de um grande jogo, digno dos melhores jogos entre as duas equipes....
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E eu que achava que a Globo escravizava a sua vontade e a seus horários apenas os Clubes - do Treze ou não.
Tolinho, eu. A Globo tem sob contrato de gaveta e manda e desmanda é na própria CBF. Sob que condições e a que preço já valia a pena uma CPI, séria.
Mas, aí, convenhamos é pedir demais...
Falar em seriedade quando se mistura Congresso, CPI, futebol e Ricardo Teixeira mais CBF é duvidar minimamente da inteligência de quem está do outro lado, seja nos ouvindo, seja nos lendo.
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Mas, jogando quarta e logo em seguida no fim de semana, sem a semana de descanso entre uma partida e outra, o Atlético não apenas perdeu (para o São Paulo), como engatou uma série de empates, só triturada ontem pelo pouco futebol do Flamengo e nenhum futebol do Galo.
Pelada característica no primeiro tempo, o jogo dava calo nos olhos. Difícil de se ver. E nenhum dos dois times fazendo nada, exceto perder passes de menos de 5 metros de distância.
Nada a ver com os lançamentos de longa distância do grande capitão Oldair, do time campeão de 70, para não apelar falando em Gérson...
No segundo tempo, o que já estava ruim piorou, se tem jeito. Ao menos para o Galo.
Conseguiu um gol de oportunidade, para não falar de sorte, já que não merecia tê-lo feito. E, no momento seguinte, até engatou algumas jogadas de troca de passes certos e rápidos. Mas foi só.
Veio o empate, em falha de marcação e, daí para a frente, só vendo Serginho fazendo lambança em frente à área, sem marcar ninguém. Serginho, em minha opinião, tem lampejos que nos dão esperança, quando avança. Mas, é só. E muito pouco, para essa reencarnação de Rafael Miranda. Só esforço e alguma paixão pelo time do Galo.
A dupla de área é, como sempre, muito alta. E só. Sem qualquer mobilidade ou capacidade de bloquear jogadores velozes do ataque adversário. Toró .... de lágrimas. Não tem culpa de ser o que é. Apenas é. Limitado e inútil.
Que saudades do Felipe Souto, que depois que se machucou e teve de ser operado, nunca mais teve quem o substituísse à altura. E pior: parece que com a sua contusão levou fora das quatro linhas, também, o futebol de Giovani Augusto.
No ataque, Guilherme não se explicou, mas ninguém conseguiria tal façanha, sendo municiado por Mancini (na fase em que se encontra) ou Daniel Carvalho (desde que voltou ao futebol brasileiro, ou desde que chegou ao Galo).
Embora reconhecendo o esforço do Magnata Magno Alves, é pouco o que ele tem feito, limitado até pela idade. Já Neto Berola, há muito já pensava que é um Éder Luiz, na correria, sem a inteligência do atual avante vascaíno, já bastante pouco privilegiada, no que diz respeito à leitura do jogo e à visão do jogo. E, infelizmente, sem ter a objetividade de Éder Luiz.
Sobrou quem?
Por que Jônatas Obina não está tendo chances no time tão carente de alguém lá na frente?
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Renan Ribeiro deve voltar a treinar urgentemente com um bom preparador de goleiros, antes que a torcida atleticana pegue no pé dele, por suas seguidas falhas.
E Dorival... bem, ainda tem crédito. Mas, como todo pagador que começa a se tornar inadimplente, o risco de seu capital está cada vez maior...
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O Galo na 10a posição parece ser coisa de predestinação. Vixe!!!