Começando na sexta feira à noite, na entrevista do ministro que tinha tudo a dizer e nada disse. Inteiramente dentro do script, a saber, frustrando qualquer possibilidade de que, finalmente, o Jornal Nacional, da Globo pudesse fazer alguma pergunta mais provocativa; ou que, ao constatar que o ministro tergiversava, tentar encostá-lo na parede, ou sequer tentar fazer da entrevista a possibilidade de dar vazão a um jornalismo mais investigativo.
Do ministro e suas evasivas, também, nada surpreendente.Disse que nada tinha a dizer, como já anteriormente, no caso da República de Ribeirão Preto, também nada tinha a declarar. Como também nada sabia do caso da quebra do sigilo de Francenildo.
O que falou, de confidencialidade de dados e informações de seus clientes, nada de novo. Apenas, acacianamente, sofismou, afirmando que a coisa mais difícil é se tentar provar que o fato não acontecido.
Por falta de materialidade e provas.
O que faz com que a discussão se transforme em um amontoado de desmentidos que nada desmentem e afirmações sem significado.
Palocci mente? Não mente? Fez tráfico de influência? Não fez?
Mas, à mulher de César o que importava era ser ou não honesta ou parecer?
E qual a aparência do ministro agora, especialmente depois que a Revista Veja divulga que o apartamento milionário que ocupa tem como proprietários pessoas que não tinham renda para tamanho patrimônio? Ora, o ministro dá o golpe do inocente. Alega negociar com a imobiliária e que nada sabia da situação dos proprietários do imóvel.
Fingindo que nós os ignorantes telespectadores da Globo acreditemos, ainda assim não fica no ar apenas a certeza de que, como todos já esperávamos o ministro nada diria para se defender, por não ter mesmo qualquer defesa?
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No domingo, Nadal venceu, pela sexta vez o mais importante torneio de tênis do saibro, o de Rolland Garros.
Nós os mineiros fomos obrigados, mais uma vez a engolir uma transmissão de futebol em que o Flamengo era parte. Porque quando não é Flamengo é Corínthians e nesse domingo, jogavam um contra o outro.
Havia alguma possibilidade razoável de dúvida de que seria essa a transmissão programada pela Globo?
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Também não foi surpresa o resultado do América Mineiro, especialmente depois de ouvirmos uma entrevista de seu artilheiro, Fábio Júnior, afirmando a importância da presença da torcida, pequena mas sempre inflamada, do América.
Torcida inflamada e capaz de dar incentivo a ponto de, mesmo menor em quantidade, por várias vezes já ter rivalizado com as torcidas mais numerosas de seus adversários e até ter feito o prodígio de emudecê-los.
Pois bem, é nessa circunstância que o América resolve ir jogar longe de sua torcida, sem apoio e sem incentivo.
O placar favorável ao Internacional, portanto, não foi surpreendente.
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Como, para encerrar, não houve surpresa no fato de a manhã de segunda feira ter chegado, trazendo em todos os rostos de estudantes e trabalhadores sinais de uma dúvida ou curiosidade: por que o fim de semana passa com tão maior velocidade do que o restante dos dias das semanas.
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