sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Galo, o Pan, Dilma e os ministros, e o Galo de novo

Dizem os entendidos que se um cachorro morder alguém na rua, isso não é notícia. Noticia seria o inverso: a pessoa morder o cachorro.
Valho-me dessa velha frase ou máxima, para justificar o porque de esta semana terem havido poucos pitacos, substituídos por postagens de poemas.
Então, começo pedindo desculpas àqueles que me lêem, e que não gostam de poesias. Ou antes, peço desculpas aos que fazem poesias, por estar me colocando no mesmo nível que eles...
No primeiro caso, dos que não gostam de (minhas) poesias, está o Pieroni. Tudo bem, continua sendo meu amigo. E, por isso, meu leitor.
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E, a semana até trouxe novidades. A começar pelo fato de que Galo e o time das Marias (só para provocar o Juliano!), o Cruzeiro, conseguiram algo, se não inédito, ao menos bastante raro. Ambos ganharam seus jogos.
O Atlético, jogando com raça e determinação, embora menos qualidade técnica. Ao menos no primeiro tempo, onde o Flu foi bem mais perigoso e teve bem mais tempo com a bola nos pés.
Independente disso, o Galo fez um de penalty e outro, no final do primeiro tempo, de oportunidade.
No segundo tempo, a coisa mudou de figura e o Galo, aí sim, jogou bem.
Mas, venceu. E isso que conta. Trouxe 3 pontos. Trouxe a tranquilidade de ter saído da zona da degola (naquela noite de sábado, inclusive, dormindo com Ceará e Cruzeiro atrás na tabela). E, mais importante, trouxe de volta a esperança e ânimo.
Agora, domingo é o Palmeiras, time que não gosto. Nada contra o Porco. O problema é que o Palmeiras, em minha opinião, frequenta um grupo de times que, como a Portuguesa ou Lusa, a Ponte Preta, o Botafogo, o Náutico, sempre trazem problemas para  a gente. E sofrimento.
No domingo, o Cruzeiro também venceu e ambos os times mineiros saíram da zona de rebaixamento, onde ficou o Ceará.
O ineditismo da coisa: ambos ganharam. Apenas o América ficou, infelizmente, cada vez mais próximo de cair para a segunda divisão.

Domingo, caso o Galo vença o Porco, o Ceará perca, o Bahia não consiga vencer, aí sim, o horizonte começará a dar sinais de que as nuvens pesadas começaram a serem levadas pelos bons ventos.
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No Pan, o Brasil parece ter evoluído em algumas modalidades. Pena que o futebol feminino não teve êxito, perdendo nos penaltes. Mas valeu o esforço, a garra, a capacidade de superação da moças, que devem servir de exemplo à seleção masculina.
Essa, vítima de desacertos em todos os níveis, acabou derrotada, vergonhosamente, ocupando o último lugar de sua chave.
E com direito a show do número 9 da Costa Rica, o Mc Donald.
Apenas gostaria de dizer que, de todos, acho que os menos culpados foram os jogadores. E, em seguida, Ney Franco.
Mas, tudo isso não pode empanar a brilhante vitória e exibição da equipe de ginástica masculina (a feminina, ao inverso do futebol, foi um vexame), e a vitória da natação, das meninas do voley, do handebol, onde o time masculino decepcionou, embora voltasse com a prata.
Mas, vai bem o Brasil, ainda em segundo lugar no quadro de medalhas.
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Como diz o Zé Simão, que não perde a oportunidade e a capacidade de fazer piadas com inteligência e humor, na política continuou tudo na mesma, com as denúncias contra o Ministro do Esportes. Afinal, diz o Macaco Simão, roubo é mesmo o esporte de preferência nacional.
Orlando Silva, que não é o cantor das multidões, não resistiu à saraivada de denúncias e acabou caindo.
Substituído por Aldo Rabelo, do mesmo partido do ministro afastado e que dominou toda a máquina do "Esportes", a mudança ministerial foi a sexta do governo Dilma.
Então, continuou tudo na mesma, já que não foi nada original. E todos já sabem que o enredo é o mesmo, antigo.
Começa com denúncias levantadas pelas revistas de circulação nacional. Daí assistimos às negações dos envolvidos. Enquanto se defendem e vão ao Congresso, novas denúncias vão sendo apresentadas e se acumulando, até que, depois de muito refugar, o ministro da ocasião larga o osso.
Claro, do ponto de vista da presidenta, que age corretamente, ao ministro é sempre dada a oportunidade de se defender, de forma cabal e insofismável.
Seguem-se declarações que, nas entrelinhas já são uma senha: todos têm o direito (e o dever) de darem explicções. De preferência convincentes. A partir daí, uma reunião no Planalto e ... bem, aí começa ou recomeça o grande problema: muda o nome do cabeça, para manter os membros dos partidos livres para agirem.
Ministério de porteira fechada é isso. Independente de o presidente ser Dilma, Lula ou FHC.
Estranho é que, depois de termos visto isso se repetindo e se repetindo tanto, e tantas vezes, há tanto tempo, ainda há gente para falar de Lula e da herança maldita que ele deixou. Tem gente para criticar Dilma, como se já no governo FHC coisas semelhantes não ocorressem.
Na verdade, o que se destaca é o número de mudançasç e denúncias muito maior, cada vez maior nos últimos tempos.
Sinal, em minha opinião, de que a coordenação no governo FHC era mais bem afinada. E que o "encantador e charmoso Príncipe da sociologia no Brasil" (há mesmo que ache!) tratava a imprensa de forma mais simpática que o lulo-petismo.
Ou sinal de que Dilma é mais "sem jogo de cintura".
Menos mal: pior seria as denúncias feitas, o jogo das cadeiras não sofrer qualquer alteração.
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A inflação está em queda e a crise internacional está fazendo os efeitos (e estragos) que o BC já havia previsto. O que não é novidade nem para o mercado. Embora o mercado insistisse em negar a verdade.
A ata do Copom foi apresentada e todos ficamos sabendo que o clima de incerteza e alta volatilidade impede qualquer ação mais incisiva.
Em meio a tanta incerteza, o pacote de salvação da Grécia e dos bancos, que receberão recursos para sua capitalização, foi a grande novidade da semana. Sinal explícito que a Alemanha entendeu o recado: há que gastar mais, para que o buraco da Grécia não se transforme em cratera alcançando Portugal, Espanha, Itália e, quem sabe, os bancos franceses, a própria França e ... a Alemanha.
O calote da Grécia,  negociado, de 50% proposto no plano de socorro lembra muito, à primeira vista, algo já vivido no início dos anos 2000 pela Argentina, nossa vizinha.
Mas temos de aprofundar o conhecimento, a nossa análise, para chegarmos a alguma conclusão.
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Cristina reeleita na Argentina, com esmagadora maioria, inclusive na Câmara. E Kadafi (a cada momento é uma grafia diferente mesmo) morto, e agora as imagens mostrando não apenas tortura, como até mesmo sodomização.
Para quem lutava contra o ditador líbio, para restaurar o Estado de Direito, o aperitivo dado por pessoas ligadas ao grupo vitorioso é de gosto mais duvidoso possível. Claro que não dá para falar que os líderes concordam ou mesmo sabiam da atrocidade, ou que não irão punir, caso identifiquem os culpados!
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Termino como comecei: com o Galo! Torcendo para que ele possa dar mais alegrias a essa massa que tantas vezes se equivoca, mas mantém seu amor e confiança.
E antes que alguém possa perguntar por exemplos de equívocos: Kleber. Aquele atacante com pinta de galã que a massa pegou tanto no pé que foi mandado esfriar a cabeça em Portugal.
Jogando lá com a tranquilidade que ele não teve aqui, chegou agora à seleção brasileira, convocado por Mano.
Em minha opinião, mais um feito a ser creditado à Galoucura.
Mas, que venha o Palmeiras. E que, se em minha terra vem Palmeiras, aqui quem canta é o Galo.

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