quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pitacos desconexos

Começo pelo início, que é sempre a melhor forma de começar qualquer coisa.
Mulher maçã
Está lá na Veja, embora eu não goste e não leia a revista, que já foi um dia de muito respeito, mas isso já lá se vão muitos anos... Bem, um colega de serviço mandou-me parte da entrevista em que ela demonstra toda sua solidariedade e tristeza pela morte de Steve Jobs.
Nem comentarei da nota que sua assessoria emitiu, manifestando o pesar pela perda. Afinal, ali, parece-me, ela se lamentava da morte de outra pessoa, como toda a imprensa destacou: Esteves Jobs.
Mas, se não esteve naquela nota (desculpem o trocadilho), Steve foi muito citado na entrevista. Afinal, não apenas, segundo a bonita loira, ambos tinham em comum o mesmo símbolo, a maça ou Apple, como ela sempre foi aficionada desses brinquedinhos com que o genial Steve teimava em nos brindar. Menos mal. Como a moça conta, ao ser indagada por um amigo, ela deu referências positivas e indicou a aquisição do iPhone 4.
E, seu sentimento é genuíno, embora considerado por outros colegas como completamente sem noção. Afinal, como ela mesma diz, ao fim da conversa: ele parecia ser alguém de seu convívio....
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Sem noção é pouco. Mas que a moça é bonita, não se discute. E loira...
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Selic
O mercado todo espera, seja lá o significado dessa frase e a identidade do sujeito, a queda de, no mínimo, 0,5% de queda na taxa Selic. Passando dos atuais 12 para 11,5%.
Não sei. Mas que é interessante ler hoje, segundo dia da reunião do Copom e data do anúncio da nova taxa, que todos estão esperando a redução e... curiosamente dando declarações do acerto da medida tomada na última reunião, quando todos foram surpreendidos e a taxa caiu 0,5%.
Quem se der ao trabalho de ler jornais da ocasião - final de agosto - ou mesmo ler esse blog em seus arquivos, vai se lembrar de quanto criticamos aqui a choradeira do mercado. Todos os analistas e consultores financeiros reclamando e criticando o Banco Central e sua diretoria colegiada por terem cedido às pressões do Planalto e do Ministério da Fazenda, reduzindo os juros básicos.
Até falaram que o BC estava abandonando o sistema de metas de inflação, por sua atitude de subserviência.
Ao contrário, em minha avaliação, o BC deu sinais claros de que não ia mais se submeter à vontade dos mercados e iria fazer política com autonomia.
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Ou mudaram os mercados ou mudou a forma de tentar dominar o BC. Já tendo caído mesmo as taxas, e perdido dinheiro com o movimento inesperado executado pela Autoridade Monetária, todos os analistas já se prepraram, hoje, para tentar recuperar as perdas. Como? Pautando ou tentando pautar o Banco Central.
Então, todos já comentavam ontem e os sites já davam como certo que haveria redução de 50 pontos, o mesmo que os 0,5%.
Alguns economistas de bancos e consultorias chegaram a afirmar que qualquer redução diferente disso seria mais um "ERRO" de comunicação do BC com o mercado e "FALHA" nos mecanismos de coordenação de expectativas.
Traduzindo: já que eu perdi a primeira e os juros caíram - e o mundo não acabou- e, sabido que os juros vão continuar em queda, porque suficientemente anunciado agora, então, que pelo menos NÓS mercado, ditemos o ritmo da queda da Selic.
E nós só aceitamos 0,5%. Nada mais. Senão, vamos de novo ficar com raiva e fazendo pirrraça.
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Quanto à inflação... bem, ela deve ficar mesmo no limite superior da meta. Mas dentro do que o sistema prevê e permite. Em sendo assim, o BC estava correto. Os efeitos da elevação anterior, que ainda não haviam se manifestado com clareza porque essas medidas de política demoram mesmo a se manifestarem completamente, começaram a se fazer perceber. Junto a isso, a queda do nível de atividades da economia em todo mundo, como consequência da crise recessiva que vem se armando em escala planetária, acabaram mostrando que o BC não havia abandonado a sua meta.
Nesse caso, então o mercado, indignado de ter errado tanto em suas apostas, começou então a adotar dois comportamentos bastante típicos. O primeiro já comentamos. Se perdeu o controle da direção da boiada, tente ao menos, manter-se à frente dela, para parecer que continua liderando e que a manobra foi decisão sua.
O segundo comportamento foi esclarecido hoje, no portal do Ig. E, justia se faça, o economista, de sobrenome Perfeito o revelou claramente. Por ter errado e perdido em sua aposta anterior, o mercado, revoltado e querendo vingança, começou a criticar o BC. Críticas sem fundamento. Pior: começou até a ensaiar críticas quanto a um possível vazamento de informações da decisão que iria ser divulgada dois ou três dias depois. Como se uma decisão de um colegiado de 9 membros poderia, com certeza, ser definida e vazada com tanta antecedência.
Ora, falar que houve informação privilegiada porque o ministro da Fazenda ou a presidenta fizeram pressão para a queda é uma bobagem tão grande que parece a ideia sem noção da Mulher Maçã. Especialmente porque as duas autoridades do Executivo falaram em entrevista para toda a imprensa. Então, onde o privilégio?
Mas, alegar que a informação privilegiada fez com que agentes individuais começassem a acertar seus palpites e tivessem mais sorte - ganhando o dinheiro - que os investidores institucionais, com equipes mais capacitadas e maiores informações perderam por errarem suas apostas é risível.
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O resumo da ópera é assim: se nos obedecem e nós ganhamos, tudo bem. Se não nos obedecem, e nossas apostas se mostram fracassadas, então, quem ganhou não poderia apostar. Porque o mercado financeiro não lida com apostas e expectativas. É tudo de acordo com a certeza de que, quando o poder econômico manda, quem tem juízo DEVE obeder SEMPRE.
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Tomara que eu esteja errado, em esperar 0,75% e que a Selic caísse hoje 1%. Chegando aos 11% que o mercado insiste em precificar a conta-gotas. Até para que, mais uma vez, ficasse demonstrado que o mercado é só chute e palpite. E que o futuro, se não pertence a Deus, também não é feito pelo deus mercado. O futuro, como já disseram antes, é construção nossa, de todos nós, a cada dia.
E seria ótimo para todos nós, se ao final do ano, nossa taxa estivesse lá pelos 10,5%.
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Galo e o futebol mineiro

Melhor nem falar. Ou contar a anedota que falaram aqui. Que os nossos times deveriam mandar seus jogos no Chile, onde eles sabem salvar mineiros.
E tem gente que acredita piamente que tudo não passa de armação da CBF para punir o Galo, por ter sido, seu presidente, o que se insurgiu contra o contrato da Globo, velha sócia da CBF e do Dr. Teixeira...
Mas como explicar que, ao contrário das teses conspiracionistas, o Galo não esteja sendo tão roubado, já que devido a seu futebol tão pobrezinho, nem isso tem sido necessário?
E como explicar que América e outros times mineiros também estejam dando tantos vexames?
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Para falar que Serginho, o volante do Atlético já deu o que tinha que dar. E para entrar e ser expulso, por incompetência e má qualidade técnica, melhor nem entrar no time.
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Fim de Semana em São Paulo

Último pitaco só para falar que, indo tirar o visto americano com data agendada para a última sexta-feira, estivemos em São Paulo no último fim-de-semana. Quatro horas de filas e espera no Consulado, mais chuvas não foram suficientes para atrapalhar o divertídissimo tempo que passamos na Paulicéia. Culpa do meu amigo-irmão Luis Fernando, de sua esposa Fátima, e de seus filhos músicos, João Vitor e Enrico, que nos deram um show.
Show que antecedeu outro show da banda Acullia. Que tem site e vale a pena se tornar conhecida de todos daqui de Minas, também.
É isso. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimo Paulo(bro), Vanessa e Daniel and girls (Fe e Gabi)o show foi revê-los aqui, depois de algum tempo. Foi e sempre será um prazer imenso encontrá-los e termos "tertúlias socio-etílico, músico,gastronomicas".Venham sempre, e quando quiserem/puderem aqui estaremos!
Valeu mesmo, a próxima, se houver espaço na agenda será 19/Nov. com um mix de Acullia e Comitatus.
Abraços
Luiz Fernando

juliano VM disse...

E o COPOM fez o que já era previsto....