quinta-feira, 8 de março de 2012

À mulher (ou mulheres)

Mulher não judie de mim
Não maltrate  meu coração
em alguns momentos
fingindo gostar de mim
E em outros instantes
fingindo que não

Mulher não judie de mim
Não maltrate o meu coração
Não queira por lenha no fogo
Não faça comigo este jogo
Tão cruel da sedução

Mulher me atenda um pedido
Não zombe da minha paixão
Lembre-se que só uma fagulha
quando atinge o capim seco
Alimenta a combustão
E se vira labareda
Explode como o desejo
Sob forte compressão

Por isso mulher eu te peço o favor
Não cometa o desatino
De querer brincar com o meu amor
De querer mudar nosso destino
O que só nos deixa a opção
De parar de alimentar o fogo
Parar de fazer este jogo
Que é pura provocação

Mulher não judie de mim
Não maltrate o meu coração
Cujo único pecado
Foi amar sem ser amado
Condenado à solidão

Mulher não judie de mim
Não maltrate o meu coração
Que já está condenado
Mesmo não sendo culpado
Pela sua ingratidão.

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