terça-feira, 13 de março de 2012

Colapso

A água acaba
A luz apaga
E a notícia estraga
O meu bom humor
    Ouvido apurado
    Fico atento ao grito
    Do vizinho aflito
    No elevador
E como um ladrão
Que escala a grade
O escuro invade
Nosso interior
    A tevê desliga
    A cerveja esquenta
    O gelo derrete
    Sorte não estar calor!
Alguém roga praga
Mas a gente inventa
Ouço até gemidos
De uma mão que afaga
Em meio aos ruídos
Do rala que rola
Sob o cobertor.

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