Começo tratando da questão da queda da inflação, conforme divulgação do índice do IPCA calculado pelo IBGE no dia de hoje.
Com o índice de 0,43% a taxa de inflação anual, considerado o período de 12 meses, mantém-se ainda acima do extremo superior da meta, que é de 6,5%, mas registra um recuo para 6,97%, abaixo do valor de 7%, ultrapassado nos meses de setembro e outubro anteriores.
A informação é interessante por vários motivos: o primeiro deles, assinala que a inflação deverá terminar o ano dentro do intervalo fixado no programa de metas, de 2% percentuais para mais ou menos dos 4,5% adotados como centro da meta.
Especialmente digno de nota é o fato de que, com novembro já quase alcançando sua metade, outros indicadores têm tido prévias divulgadas, como o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, o chamado índice do reajuste dos alugués, indicando que está havendo um recuo em relação à prévia anterior.
Ou seja, a tendência mesmo agora em novembro é de queda do índice.
Se somarmos a essa informação uma outra, de que o 13° já teve parte de seu pagamento efetuado antecipadamente, para o funcionalismo público e para aposentados do INSS, e que, para alguns trabalhadores do setor privado a primeira parcela só deverá ser paga no último dia desse mês de novembro, mesmo os que torcem contra o governo Dilma não terão motivos para explicar uma elevação do consumo tão temida, elevando índice desse mês.
E aí está o melhor. Ao ser divulgado o índice de novembro, suponhamos de 0,4 ou próximo disso, sairá da conta dos 12 meses o índice obtido no mesmo mês de novembro do ano anterior, que foi de 0,8%, dos mais elevados do período.
Caso a inflação se mantenha em 0,4 em novembro e repita o mesmo índice de dezembro do ano anterior, o BC terá saído vitorioso no combate à inflação.
De quebra, terá calado a boca dos agourentos assessores do mercado financeiro, que tanto criticaram a decisão do BC de iniciar o processo de redução gradativa da taxa de juros básica de nossa economia em agosto último.
Junto à população, a imagem que será passada, caracterizando outra vitória, é a de que a política de combate à inflação não foi abandonada, como tantos luminares do mercado financeiro previram, no típico terrorismo que eles promovem quando seus interesses são contrariados.
Vale recordar: aqui no caso, o interesse contrariado foi de eles apostarem que os juros seriam mantidos em agosto e o BC não os obedeceu.
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Mais importante, em minha opinião. O BC consegue, ao confirmar o êxito que vai se delineando, reduzir a taxa de juros para patamares mais civilizados e não permite que a recessão européia venha nos atingir com a intensidade que muitos ainda insistem em ignorar.
Ou seja: ao reduzir os juros o BC estimula a continuidade do processo de crescimento e da geração de empregos na economia brasileira.
Tanto que, agora, até o mercado financeiro começa a aplaudir o comportamento da Autoridade Monetária.
O que não é novidade, para aqueles que quando pensam, só o fazem visando seus próprios interesses. Isso porque, na maioria das vezes, pensam com a cabeça dos analistas estrangeiros.
E, dessa feita, todos estão elogiando a condução do BC brasileiro, que virou paradigma até mesmo para o Banco da Inglaterra, que também reduziu seus juros para 0,5%.
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Rodada decisiva no campeonato brasileiro nesse fim de semana. Tomemos o Galo como exemplo: caso consiga se apresentar bem, entrar focado, e jogar com inteligência, superando a pressão do Figueirense que deverá partir com tudo para cima, já que luta por uma vaga (bem à vista) na Libertadores, creio que dá para ganhar.
E, ganhando, fica em uma situação bastante confortável, podendo depender de apenas mais uma vitória ou menos ainda que 3 pontos, a depender do resultado obtido por aqueles que estão abaixo na tabela.
O "time das Marias", que enfrenta a pedreira do Internacional, também joga suas fichas em uma vitória. Embora também o Inter brigue por uma vaga na Libertadores.
Mas, caso o time dos Perrela não vença, a situação complica-se muito. Nada impossível de ser revertido, caso consigam controlar o desânimo. Afinal, a tabela os obriga a jogar contra times com que estarão concorrendo diretamente.
O América, só faz sonhar, embora todos se lembrem da música que se refere a sonhos impossíveis.
Acho que dá Galo em Santa Catarina. No resto, não arrisco palpite.
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Ainda falando de futebol, ouvi ontem críticas à decisão de Muricy de não escalar o Santos principal. A alegação é que isso é uma atitude que tira a seriedade do campeonato, já que prejudica os times que concorrem contra o Ceará em busca de sair da zona de rebaixamento, mais diretamente.
Esquecem que o Ceará não está na zona de rebaixamento, embora uma derrota pudesse fazê-lo voltar a frequentá-la.
Assumem a hipótese de que o time de Minas, no caso o Cruzeiro, irá vencer seu compromisso. E que o Ceará vai vencer o Santos. Ora: se os resultados todos já fossem conhecidos por antecipação, como o raciocínio de quem criticava a medida de cautela santista faz supor, nem precisava ter campeonato, a rigor.
A afirmação de que se fosse o contrário, um time mineiro adotando esse comportamento, também seria objeto de crítica não pode, por óbvio, ser comentada (afinal, não aconteceu), mas sou capaz de apostar que iriam entender que o risco de ter um jogador caro, contundido, até poderia justificar a medida.
No mais, não deram o devido destaque ao fato de o time do Internacional também estar sem 5 titulares. Ou seja, virá jogar com meio time. Ah! os motivos? Contusão, expulsão, suspensão, pouco importam. Importa é que em um campeonato longo como é o desse Brasil continental, não dá para jogar só com os onze titulares sempre
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Deixo outro pitaco para uma outra postagem.
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