segunda-feira, 14 de maio de 2012

Atretis, lidis, invictis, bsolutis

Chegou ao fim o fraquíssimo campeonato mineiro e, para nossa alegria! para nooooosssssaaaaa alegria!, o Galo foi campeão de mais essa edição. O 41° primeiro título estadual, primeiro do renovado Independência. O centésimo campeão, em 98 edições do campeonato mineiro.
Mas.... se campeão. Invicto. Absoluto. Não dá para ficar comemorando muito, até devido à saudade dos times dos idos de 60, 70, quando a frase que abre nossa postagem foi criada. Lidis, invictis.
Era outro Galo. Outro campeonato mineiro. Outros, e muito melhores times, mesmo no interior, então celeiro de bons jogadores e local onde os grandes iam buscar revelações.
Tempos de Lacyr, Grapete, Wander, Noêmio, (O)Normandes, Vanderley e Paulista, de Viladônega e Roberto Mauro. Além de Dadá. Tempos de Fleitas Solich e Yustrich; Mussula e ...
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Mas, vida que segue,  não dá para ficar no saudosismo. E, para surpresa minha, há de se admitir que Guilherme ontem fez um partidão, ao menos enquando esteve em campo. Que o time jogou com gana, e... mesmo com o erro do juiz, não dando o pênalty de Bernard, o Galo foi muito superior ao América, razão de tanto destaque - merecido - a Neneca.
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Jogando como não vinha jogando há muito tempo, o time sobrou em campo, como já tinha sobrado em todo o campeonato que, volto a insistir, foi muito fraco.
E, se o começo da semana é mais alegre, com o preto no branco se impondo no horizonte, como todo torcedor de bom senso sabe, a conquista não dá muito para ficar comemorando, não.
Razão até para entender que o time desfilasse em carro aberto do Corpo de Bombeiros. Afinal, nesses tempos de hoje, em que a imagem e o marketing valem mais que o conteúdo e a qualidade, só mesmo uma festa de arromba, para trazer algum destaque, digno de lembranças futuras.
E, nesse tempo de aparências e aparições e aparecimentos, em que 15 segundos de fama e popularidade podem ser mais importantes que qualquer postura, valores, direitos e compostura, mais fraco o título conquistado, maior deve ser a comemoração...
E dá-lhe desfile de carro aberto... E fogos. Afinal, desde a Roma antiga, o povo precisa de circo, se o pão ainda depende de uma redução mais explícita dos juros bancários, o que é outra história.
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Agora, campeões, resta esperar o início do Campeonato Brasileiro, onde se nada for feito, iremos disputar com o time do Cruzeiro quem dá mais dissabores a sua torcida.
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Digo isso, mas a verdade é que, intimamente, torço para que o time do Atlético se engrene. E possa nos surpreender. Afinal, há coisa de poucos anos atrás o time, também desacreditado, disparou na liderança, atravessando grande parte do Campeonato com pinta de campeão. Pinta que só veio abaixo quando Celso Roth alterou o time para incluir a contratação milionária recém realizada, de Ricardinho, que retirou toda a velocidade do time, então sua principal característica.
Bem, o Flamengo foi campeão aquele ano. E o Galo começou a cair pelas tabelas, a ponto de ficar foral da zona da Libertadores.
Mas, como a memória existe, torço para podermos nos surpreender. Embora, não tenha motivo nenhum para crer que, como estamos, os times mineiros conseguirão algum sucesso.
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Parabéns Galo campeão. Parabéns Marcos Rocha, Bernard, Serginho (até ele jogou bem, ontem), Guilherme. Parabéns Mancine e todos os demais jogadores que ontem suaram a camisa, como quer a massa.
E, agora, é esperar. Pelo melhor, de preferência.
O que não dá, e ninguém se ilude, é achar que está tudo certo pelo lado de Lourdes.

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