quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Perdas e danos


Passam as horas
E o tempo avança sem hesitação
em direção ao tédio
Que serve de remédio
Inútil à minha solidão

O tempo passa
Percorre a tarde,  fustiga a noite
E fere e marca como um açoite
Gravando cicatrizes
Em meu coração

Sob as sombras
Há uma paixão que continua a arder
Uma dor de amor
Que não para de doer
Fogo selvagem
Que insiste em queimar

Sob o delírio
Há uma febre que não quer ceder
A nostalgia de não ter mais você
Tristeza que o tempo é incapaz de curar
Ou só saudade que o tédio não é capaz de superar

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