Passam
as horas
E o
tempo avança sem hesitação
em
direção ao tédio
Que
serve de remédio
Inútil
à minha solidão
O
tempo passa
Percorre
a tarde, fustiga a noite
E fere
e marca como um açoite
Gravando
cicatrizes
Em
meu coração
Sob
as sombras
Há
uma paixão que continua a arder
Uma
dor de amor
Que
não para de doer
Fogo
selvagem
Que
insiste em queimar
Sob
o delírio
Há uma
febre que não quer ceder
A
nostalgia de não ter mais você
Tristeza
que o tempo é incapaz de curar
Ou
só saudade que o tédio não é capaz de superar
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