quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ansiedade


À medida que evoluem as horas
Agiganta-se minha ansiedade
E eu me inquieto
Prostrado em minha poltrona de trabalho
Tamborilo os dedos
Até incomodar o colega concentrado ao lado
Abro a gaveta em busca de alguma anotação
Ou recado de urgência
Para ocupar-me a atenção
Abro arquivos de meu computador
Em vão
Gasto o tempo vigiando o telefone
Esperando seu chamado
Conheço-me suficientemente bem
Sei como reajo ante minha impotência
Ciente que sou de minha impaciência
Que não vai se amainar
Até que o telefone vibre
Por isso seu silêncio é uma tortura
Que talha meu espírito
Mesmo que não pareça ferir minha couraça

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