Galão da massa, classificado, com competência e muita sorte. Muita sorte mesmo.
Não que não merecesse por sua campanha 100%. Não que não merecesse, no jogo de ontem, um resultado positivo, depois de ter jogado todo o tempo com inteligência e com um olho no jogo e outro no regulamento.
Mas, se merecedor de um bom resultado, devo reconhecer que o Galo ganhou por muita sorte, depois de uma jogada boa, feita pelas laterais, de Serginho. Mas, em várias bolas lançadas à área à meia altura ou pelo chão, talvez uma vai chocar-se com a perna do zagueiro adversário que estará correndo na ânsia de tentar afastar o perigo.
Vá lá. Desde pequeno, sempre ouvi dizer que, enquanto vários times e jogadores ficam ensaiando e fazendo a "cavadinha" o jogo inteiro, alçando bolas na área para a cabeçada de algum jogador de elevada estatura, a jogada mais perigosa é aquela do cruzamento rasteiro, com força, que pode mesmo que não intencionalmente, acertar a canela de algum jogador que esteja no meio da área, a chamada zona do agrião.
Não sei se Serginho cruzou a bola pensando nessa possibilidade ou se desejava alçar a bola, como é costume. Mas, vale dizer que parece-me que ele brigou pelo lance, acreditou nele e, querendo ou não, jogou na área e o Galão saltou à frente no placar. Decretando a classificação e dando um passo gigantesco na conquista do título de time de melhor campanha, e assegurando vantagem de jogar a segunda partida em casa em todas as fases seguintes.
Mas, o Atlético deu sorte, como no lance em que Leonardo Silva tirou a bola em cima da risca do gol, com Victor já batido. Ou em outros lances de chutes a média distância que os bolivianos insistiram durante toda a partida, parece que não acreditando em nosso goleiro.
Aliás, em minha opinião, Victor falhou no gol do Strongest, mesmo com todas as desculpas de gramado pesado, bola escorregadia, bola mais leve por força da altitude, etc. etc.
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Do jogo, a lamentar a bola que Tardelli deixou de chutar para o gol, já que tinha ângulo, preferindo tentar acionar Jô, e que desviou no beque da equipe boliviana. Ou o lance de Marcos Rocha, ao final, isolando a bola, talvez por cansaço, quando estava sozinho e frente a frente com o goleiro Vaca.
No mais, Bernard não apareceu no jogo, fazendo uma de suas mais apagadas partidas, o que indica que não devia ter ficado tanto tempo em campo, com sacrifício de sua saúde.
E, apesar da participação no lance que decretou nossa vitória, só Cuca mesmo, e vai saber porque, acredita que Serginho é jogador adequado para entrar no time do Galo.
Afinal, como sempre, esse Serginho, de futebol tão diminuto quanto seu apelido, foi de uma afoiteza total e mais uma vez de violência desnecessária, o que lhe rendeu mais um cartão amarelo. O que convenhamos, não é nenhuma novidade.
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Mas, venceu o Galo e isso é que importa.
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