quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz 2014, um Ano que temos tudo para fazer Novo, de verdade

Chegou 2014. Em meio a fogos de artifícios que encheram os céus, desde a Nova Zelândia, para nós brasileiros ainda no início do dia 31, até Fortaleza, Salvador, João Pessoa e Natal que, de fora do horário de verão, entraram o Ano Novo com uma hora de atraso.
O que não significa que não coloriram os céus com chuvas de lágrimas e fogos que explodem em gotas de esperanças coloridas.
Chegou 2014! Então, a todos, um Feliz Ano Novo.
Um Ano de muita PAZ, muita LUZ, muita Alegria. Saúde e Força.
Ano que se inicia com boas notícias, de ligeira recuperação do piloto heptacampeão de automobilismo, Schumacher que, embora ligeira, ainda apresenta uma velocidade incompatível com aquela que sempre foi a característica do alemão.
Ainda assim, apesar do estado crítico em que ainda se encontra, o fato de estar com o quadro clínico estabilizado é alvissareiro.
E tomara que o alemão possa sair dessa, para que possa continuar vivendo plenamente.
O que, como a mensagem de fim de ano que recebi do colega Cristiano, reproduzindo texto de Clarice Lispector, significa viver todos os riscos que são o que tornam nossa vida digna de ser vivida.
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E que 2014 possa ser um ano de menos violência, tanto nas ruas das grandes cidades, quanto e principalmente nas estradas, manchadas nesses últimos dias, ao menos aqui em Minas, pela perda de 70 vidas preciosas em acidentes, muitos dos quais evitáveis.
De menos violência e menos intolerância. De mais calma e tranquilidade, especialmente para aqueles que têm a obrigação de enfrentarem dia após dia, o estresse e a loucura do trânsito caótico.
De menos violência e menos brigas nos estádios, cada vez mais transformados em arenas onde a selvageria praticada pelas torcidas organizadas e pelos criminosos por elas acobertados, faria corar de inveja qualquer cristão atirado aos leões, ou qualquer romano ávido pelo pão, circo e afinal, saciado com sangue.
De menos violência nos MMAs da vida, que de esporte têm apenas a centelha original da competição e da disputa, já que são muito mais demonstrações de nossa barbárie e nossa estupidez.
Que o diga Anderson Silva e sua contusão, uma fratura que não é exclusividade das lutas, sem dúvida, mas que servem de alerta para toda a selvageria contida em uma atividade que expõe o corpo humano a tanta agressão.
Que nosso Ânderson, já em início de seu processo de recuperação, em casa e junto de sua família, possa alcançar sua plena recuperação nesse início de 2014.
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Mas chegou 2014 e, com o Ano Novo, já encontram-se às nossas portas a Copa do Mundo, em junho e julho, provavelmente as manifestações de rua e, posteriormente, as eleições. Sem sombra de dúvida, em minha opinião, o evento mais importante do ano, embora empanado pela disputa da Copa, apenas um trimestre antes.
Porque, se derrotada a nossa seleção canarinha, e instalados a frustração e o pessimismo no nosso espírito coletivo, ou ao contrário, conquistado o título, o sexto, não resta dúvida que, num caso, a oposição irá querer se aproveitar do fracasso, responsabilizando o governo, ou serão os partidos da base do governo, e o próprio governo, que irão querer capitalizar a vitória. De qualquer maneira, nem um lado, nem outro contribuíram para qualquer que venha a ser o resultado do torneio, salvo talvez em nossas análises, levarmos em consideração que foi o governo, com o uso -INDEVIDO- de recursos públicos, que contribuiu com financiamentos, isenções, etc. para a construção ou reformas dos estádios, aqueles templos que seriam erguidos exclusivamente pelo capital privado, se alguém acreditou mesmo em mais essa mentirinha...
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Pois bem, chegou 2014 e nesse Novo Ano, desejo que a economia brasileira possa manter, ao menos, alguma estabilidade, longe de um crescimento e uma melhoria espetacular, mas bastante mais afastada de qualquer possibilidade de crise.
Que a inflação possa ser ainda mantida sob controle, senão na meta, o que não é necessariamente obrigatório ou até desejável, ao menos dentro do intervalo de tolerância, que existe exatamente para essa finalidade: controlar a doença, sem matar o doente.
Que nosso câmbio possa ser cada vez mais conduzido em direção à sua cotação mais benéfica para os interesses de nosso país, permitindo que possamos evitar uma cada vez maior deterioração de nossa balança em conta de transações correntes.
Que possamos, então, depender menos do capital externo que deixará de ser nosso salvador, para passar a alcançar sua verdadeira e exata dimensão, de parceiro de nosso desenvolvimento.
Que possamos manter os gastos do governo sob controle, sem esquecer que são justamente estes gastos tão criticados e combatidos, que cobramos que sejam efetuados, para que possamos dar padrão Fifa a nossa Educação e nossa Saúde, do povo brasileiro.
E que são estes gastos, representados por melhores remunerações de professores e médicos e de instalações melhores e mais dignas de trabalho, que exigimos que sejam financiados, embora, toda vez que a remuneração de médicos e professores seja majorada, isso tenha, necessariamente um impacto sobre a folha de pagamento do funcionalismo, medida que a torna imediatamente objeto de crítica dos mesmos que bradam que o governo deve cortar gastos, e que deve investir - PESADAMENTE - em Educação e infra-estrutura, por exemplo.
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Que votemos em outubro, mais com a razão que o coração. Mais com o pensamento no coletivo e nos interesses maiores, que nos nossos interesses mais imediatos e pessoais, embora eu saiba, claro, que esse é apenas o discurso de um desejo que, no mundo dominado por interesses, fica apenas no discurso. Parte daquele conjunto de boas intenções, sem viabilidade.
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Que o futebol mineiro continue a brilhar em 2014, e que o Galo possa voltar a nos proporcionar, agora em dobro, as alegrias (não os sofrimentos!) do ano de 2000 e Galo.
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Enfim, que tenhamos um Ano para viver intensamente. E que possamos e sejamos capazes de vivê-lo intensamente.
Bem vindo 2014.
E Felicidades a todos os meus amigos e leitores, entre os quais cito a seguir vários, aproveitando para retribuir-lhes os votos que nos manifestaram, no Natal e na passagem de Ano: o grande colega e amigo, professor José Antônio Torres; o Fernando Baiano, o Anibal, o Ewerton, o Borela, o João Manuel, o Pedro Cifuentes, os Andrés, o Sérgio Leite, a Alessandra, a Vera, a Mariângela, o Tribuzi, o Vitor, todos do Banco Central em nome dos quais aproveito para cumprimentar a todos os demais, apenas por economia de espaço. E mais os amigos, Ricardo Boynard, Avelino, Fani, Mário  que estão curtindo merecidas e eternas  férias.
O Pieroni, o Marquinho Miranda, o Luciano da Copasa, o Ramires e a Helo, o Toninho, o Fernandinho e Cacá, o Gaeta, o Marcelo Copasa, o Reco e todos os amigos de Galo e de bares...
Enfim, tudo de bom para todos e um Feliz 2014.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro PC,

Desejo a você que em 2014 o seu time de vespasiano possa lhe proporcionar muitos e muitos sofrimentos, seguindo o exemplo do marrocos e se tornando mais e mais chacota nacional.
Aliás, fiquei sabendo que você foi ao marrocos buscar um trófeu e na volta a mala de portava o mesmo foi extraviada após 3 rajadas.

Grande abraço,

Élcio