sexta-feira, 13 de junho de 2014

Estréia na Copa, resultado roubado e vaias contra a Dilma e a falta de ética que ela representa?!?!

Começou a Copa. Com vaias para a presidenta Dilma e o coro normalmente dirigido aos árbitros ou aos adversários, "ei, Dilma, vai tomar no.....".
Com o Brasil jogando mal e o goleiro Júlio César mostrando que nenhum torcedor pode mesmo ter qualquer confiança em sua presença no gol brasileiro.
Com o juizão japonês fazendo uma lambança, para não dizermos que inventou um pênalti para o time da casa, capaz de interferir no resultado do jogo, muito embora ao final a seleção brasileira ainda conseguiu arrancar mais um golzinho. Gol da justiça ao melhor jogador da partida, embora não tenha sido ele, Oscar, eleito pela Fifa como o melhor jogador em campo.
Aliás, o que não é surpresa, já que Neymar Jr. foi o autor de dois dos gols brasileiros: um, o primeiro deles, em que ele errou o chute, que saiu mascado, razão de ter conseguido tirar a bola do alcance do goleiro croata; o outro fruto do pênalti roubado contra a Croácia.
Mas, isso não nos causa surpresa, já que apenas repete o que aconteceu na Copa de 2002, quando Rivaldo foi o maior jogador disparado de nossa equipe, mas como Ronaldo Nazário tinha o patrocinador mais importante, além de ter sido o nosso goleador, foi o premiado.
Mas, deixando de lado essa questão, acho importante constatar que o pênalti inventado foi no momento em que a Croácia mais gostava do jogo, trocando passes e levando o jogo em um ritmo que era tudo que mais os interessava e lhes assegurava no mínimo um empate.
Nessa hora, o centro-avante que nada fez em campo, aliás, nem se ouvia seu nome, se atirou fingindo ter sido tocado dentro da área no melhor estilo Neymar e, ao invés de o japonês da latinha apitar a falta de Fred aplicando-lhe o cartão devido pela encenação, inventou o pênalti.
Que tirou a Croácia da zona de conforto e, a partir daí, obrigou a equipe estrangeira se abrir e partir para a frente, modificando todo o desenho do jogo e tornando o Brasil um time muito melhor em campo. O que não tinha acontecido até aquele momento.
Tudo bem, para nós que temos mais tempo de acompanhamento de Copas, são vários os exemplos de ajudas que os juízes nos deram, ao longo do tempo. Alguns modificando não apenas o placar, mas todo o próprio resultado da Copa. Foi assim, por exemplo, em 62, no Chile, quando fomos bicampeões, e Nilton Santos, espertamente deu dois passos para fora área, no pênalti que cometeu no jogo contra a Espanha, e que permitiu ao Brasil vencer por 2 a 1, com gols de Amarildo, o substituto de Pelé.
Foi assim depois, em 82, quando a Rússia foi garfada contra o time do Brasil que encantava o mundo, até ser derrotado pela Itália de Paolo Rossi.
Foi assim contra a Costa Rica ou Turquia, mais recentemente, já na campanha do penta.
E não iria ser muito diferente, ontem, na abertura da Copa em nossa casa.
Mas, quando a Croácia teve de se abrir e partir para o ataque, ainda teve outro lance que poucos trataram com a atenção merecida, a saber o gol anulado pelo juiz, alegando falta em Júlio César, em jogada que não vi qualquer toque.
Alegar que na pequena área é proibido pular com o goleiro, como alguns justificam a anulação do gol não me parece ser correto, ao menos, a julgar por comentários de ex-árbitros comentando os lances discutíveis para as redes de tevês, em outras oportunidades.
Muito bem. Ao final, com falha clara do goleirão croata, em minha opinião, veio o terceiro gol da nossa equipe.
O que não serve para nada, muito menos para permitir que um jornalista que respeito, como Boechat, afirmar que esse gol mostrou que nós não precisamos da ajuda do juiz e que, por isso, podíamos comemorar à vontade.
Rematada tolice, em minha opinião.
***
Mas, se o Brasil jogou mal,  a defesa mostrando insegurança, especialmente com Daniel Alves jogando muito mal, Paulinho inseguro, Marcelo abalado pelo gol contra, e um inexistente Fred no comando do ataque, a verdade é que passamos pela primeira partida e o público comemorou.
Curioso, que comemorou e vaiou a presidenta com mais disposição, talvez por estarem condenando na figura de nossa autoridade toda a corrupção que domina nossa política e nosso país.
Sem querer defender Dilma, que nem apareceu com tanta frequência no telão, o que achei mais curioso é que quem vaia a corrupção e tanta coisa que o PT anda representando, é a mesma platéia que comemorou a vitória roubada, numa situação meio nonsense.
Porque esse comportamento aético condenado na nossa vida cotidiana, não é considerado aético, por exemplo, quando nós nos tornamos beneficiados dele, como no caso de nos sagrarmos vitoriosos em dia que não merecemos sair com a vitória.
Enfim, essa é só mais uma das contradições nossas e de nosso povo.
***
Por fim, cansado de tanta "seriedade" com que as mesmas bobagens de sempre são repetidas nos canais de televisão e rádio, assisti ao jogo ontem na FoxSports 2, com o humorista Paulo Bonfá.
O que fez valer a transmissão, mesmo quando o desenrolar da partida dava sono.
É isso.

Nenhum comentário: