terça-feira, 3 de junho de 2014

Frango de Giovanni em homenagem ao GALO, Dilma e a bagagem dos turistas na volta, e a flexibilização das leis trabalhistas

Meu avô dizia que nada depois de um dia atrás do outro, com uma noite bem grande no meio.
Pois foi só elogiar o nosso goleirão Giovanni que pegou muito e salvou nosso time no jogo contra o Fluminense que, na partida seguinte, no sábado, quando o Galo jogava contra o São Paulo, nosso número 1 resolveu homenagear nosso timão engolindo um frango histórico.
O mesmo que já havia acontecido uma semana antes com o goleiro estrelado, Fábio, e que valeu uma série de brincadeiras nas redes sociais, com o mão de alface...
Agora, no caso de Giovanni, não houve mão de alface. O que vi foi um ancinho, aquela ferramenta que tem, entre seus dentes, uma série de espaços vagos...
Reconhecendo o fato de que todo goleiro falha, todos os companheiros do goleiro correrão a lhe dar apoio, lembrando de que fora ele quem garantiu e assegurou a vitória em outras oportunidades. Contra o Fluminense mesmo, foi ele o grande responsável por terminarmos vitoriosos.
Também o amigo Pieroni, a quem encontrei no domingo pela manhã, me disse cheio de razão, que não podemos sacrificar nosso goleiro. Falhas acontecem.
E é importante lembrar que acontecem apenas com quem está em campo, jogando, tentando. 
Até brinquei com Pieroni da importância desse frango, capaz de não nos deixar esquecer a razão de termos contratado o goleirão da seleção Victor.
Que, curiosamente, na mesma semana comemorou um ano de sua defesa espetacular contra o time do Tijuana, que lhe valeu, no coração dos atleticanos a canonização e transformação em São Victor.
A defesa responsável por termos levantado o caneco naquela competição de 2013.
Vida que segue, agora vem um recesso de quarenta de tantos dias, antes de o Galão da massa voltar a nos encantar. 
De agora em diante é só Copa do Mundo o que não impede de que um comentário adicional seja feito. Não sei quantas vezes escrevi o nome de Giovanni. Independente disso, fui consultar o Google para verificar a grafia correta.
Pois achei de Giovane, a Giovanne, ou Giovani, etc.
A grafia que estou usando hoje está no site Galo digital, talvez o mais correto deles. Mas fica a dica: que tal aprendermos todos, inclusive a imprensa a grafar corretamente o nome dos jogadores. Coisa que exige apenas uma perguntinha ao próprio atleta.

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Declaração de Dilma é interessante: turista não leva na bagagem de volta as obras aqui realizadas

Em relação à Copa, mais que à política, achei digna de comentário a declaração de nossa presidenta Dilma, de que aqueles que cobram a ausência de obras que trarão benefícios para a população brasileira não se recordam de todas as obras já construídas e prontas, já que turistas não levam tais obras na bagagem de volta.
Então esse seria o legado da Copa: vários estádios caros e luxuosos, como o da Arena Recife, com assentos mais caros do país, ou outros estádios como aquele de Manaus, cujo tamanho e capacidade apenas será ocupada no jogo da Inglaterra contra a Itália, se o for, e depois levará ao menos dez anos de campeonatos amazonenses para, somados todo o público, justificar tal elefante branco.
Em São Paulo, sonho de muitos anos de todo corinthiano, foi construída a Arena do bairro Itaquera. A pergunta é o que será feito do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o charmoso Pacaembu, ou com o estádio do Canindé, na marginal, ou com o da Rua Javari, já sem utilização. Isso para não falar da Arena do Palmeiras e ainda e sempre do Morumbi.
Não mencionarei o elefante branco de Brasília, que sabemos, atendeu muito bem à sua finalidade: elevar o custo e valor da obra, sustentando a existência de supostos caixa dois. 
Mas, claro que a presidenta não estava se referindo apenas a tais obras de estádios, mas também pensava em todas as obras destinadas a promoverem a melhoria de mobilidade urbana, tão necessárias.
Ou as obras de melhorias, ampliação e reformas de aeroportos, que estão em curso.
É verdade. Todas essas obras estão aí, e os turistas não as transportarão.
O problema é que o brasileiro está decepcionado com nossa capacidade de planejamento e execução de obras de engenharia civil e outras. E sabe que o que qualquer equipe de engenharia de qualquer país faz em alguns meses, como o centro de treinamento construído em alguns meses pela Alemanha na Bahia, aqui no nosso país demora alguns anos, atrasa e necessita por esses contratempos, de negociar os reajustes de preços. 
E se a declaração da presidenta está correta, não leva em conta o medo de que todos nós brasileiros conscientes somos tomados: acabada a Copa, será que as obras não serão interrompidas e entrarão no ritmo normal de nosso país, do finge que está trabalhando para que a gente possa ter sempre uma obra para repactuar termos e cláusulas de pagamentos e renovar contratos e novas oportunidades de hipotéticas caixas dois?
Pois é. Nosso medo é que fiquemos com obras pela metade, o que significa que os turistas levarão sim, em sua bagagem, ao menos os sonhos de termos algumas obras em funcionamento.


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Declaração de Aécio a respeito de nossa competitividade

Não li mais a fundo e vou me limitar a comentar a breve nota do comentário de Fernando Mitre, ontem, no Jornal da Noite da Band.
Pelo que entendi, para enfrentar a maior competitividade da produção oriunda da China, Aécio propôs que fosse feita uma reforma na legislação trabalhista, propondo a famigerada realização da flexibilização das leis trabalhistas.
Ao que parece, concordando com a necessidade de aumentar nossa competitividade, Mitre se referiu à CLT como uma velha anciã, de mais de 70 anos de idade, como se a experiência da maturidade não fosse algo positivo, quando comparada à maior fogosidade de periguetes moderninhas. 
Também pelo que ouvi e entendi, sob críticas de vários setores ligados aos trabalhadores, Aécio já estaria começando a voltar atrás, afirmando que não irá alterar os direitos assegurados aos trabalhadores. 
O que convenhamos é típico de Aécio, como de qualquer político. Fala e desfala como se não tivesse falando de nada importante. 
De minha parte, não há como fazer flexibilização de qualquer legislação trabalhista, mantendo os mesmos direitos considerados sagrados. Da mesma forma, aumentar nossa competitividade, admitindo passar o padrão de vida duramente conquistado pelo brasileiro, promovendo o downgrade para o padrão chinês, é um perigo constante. Que talvez tenhamos que enfrentar em algum momento, caso não consigamos defendendo a ideia de a China promover o vergonhoso dumping social.
Mas, em um país em que só agora estamos promovendo a inclusão de grande parcela da população antes abandonada no mercado de consumo, graças ao aumento do emprego, da lei salarial, do controle da inflação, dos programas de assistência social como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, etc. ao aumento da disponibilidade de crédito, abordar o tema espinhoso é no mínimo para funcionar como alerta. 
E nos deixar mais atentos com o menino do Rio, candidato dos interesses dos mais ricos e poderosos. Afinal, alguém já disse que o preço da liberdade é a eterna vigilância. 

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