quinta-feira, 14 de maio de 2015

Perder de cabeça em pé. Ao menos essa consolação

Enquanto o torcedor do Cruzeiro experimentava a sensação que tradicionalmente é experimentada pelo torcedor do Galão da massa, sofrendo mais que o necessário para passar às quartas de finais da Libertadores, o Galo não teve a mesma sorte.
Mas, convenhamos, o Galo perdeu, embora tivesse feito uma excelente partida, uma exibição que dignifica todo o time. E que valoriza sobremaneira a conquista gaúcha, desse que é, em minha opinião, o melhor time do futebol brasileiro no momento.
O Internacional sobra, com Valdívia, com o hermano que veio para substituir Nilmar e, especialmente com esse fenomenal D'Alessandro.
Além disso, apresenta uma defesa compacta, de jogadores de estatura elevada e que não brincam em serviço, dando o chutão na hora que o chutão precisa ser dado, sem querer enfeitar e limitando-se a fazer o feijão com arroz.
Básico. Mas eficiente.
Além disso têm um goleiro muito bom, embora novo, arrojado e que sabe sair nas bolas aéreas, além de ter uma reposição de bola que há muito tempo eu não via em nenhum goleiro brasileiro.
Muito bom e de muita sorte como convém a um grande goleiro.
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Ontem, sem querer ficar chorando, o Internacional contou ainda com a participação do juiz da partida que, em minha opinião, anulou um gol em que não houve nada, exceto uma trombada comum em lances de área entre Leonardo Silva e o jogador do Inter, já que Jemerson não chegou a tocar no goleiro ou em qualquer outro jogador do time gaúcho. Logo, falta não houve e o gol foi anulado incorretamente. Em momento importante do jogo, já que o empate àquela altura daria outro ânimo ao Galão.
Mas, ainda houve um segundo lance de pênalte claro em Jô, puxado na área e impedido de prosseguir na jogada. Dentro da área. E o juizão fez o favor de não ver o lance e mandar seguir a jogada.
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Considerados esses dois lances, teríamos uma grande chance de que o jogo fosse ser decidido por cobranças de penalidades, o que seria uma injustiça, não com o Internacional e pelo que ele fazia em campo, mas com tudo que o time gaúcho fez, em ambas as partidas, no Horto e em Porto.
Porque, justiça seja feita, durante todo o segundo tempo do jogo, o Atlético foi melhor e mandou no jogo, encurralando o time adversário.
Não fora o juiz e o lance de extrema infelicidade de Dátolo, o resultado da partida poderia ser outro.
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Com relação ao lance de Dátolo, em primeiro lugar, quero deixar claro que não dá para culpar ao nosso meia, que fez jogada muito parecida com aquela de Marcos Rocha no primeiro minuto de jogo, no primeiro tempo da partida entre os dois times.
E, em minha opinião, isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, e vai continuar acontecendo, o que é pior, já que agora virou moda o jogador para fazer hora, mesmo que esteja lá na frente, virar o jogo e querer começar tudo de novo, voltando a bola até o goleiro.
Quantas vezes aqui nesse espaço já não comentei esse comportamento, mostrando minha incompreensão com tal atitude.
Chego até a marcar lances. Na partida contra o Palmeiras, tínhamos 13 minutos do primeiro tempo e Giovanni Augusto resolveu matar a possibilidade de uma jogada de ataque, para retornar a bola lá da frente para Victor.
Confesso que não entendo como preferem jogar para trás, recuando a bola e chamando o time adversário para cima.
Enfim...
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Mas tais lances, se há alguma distração, podem redundar em uma roubada de bola, como no primeiro jogo, ou como ontem.
E, sendo uma prática que já vai se institucionalizando, não dá para culpar Dátolo. Que não vinha fazendo uma partida ruim.
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No time do Atlético, acho que Victor estava mal posicionado no primeiro gol, muito adiantado. Douglas Santos continua não dando segurança e Donizete realmente não é o jogador que o Galão precisa e merece. Embora todo seu esforço.
Entretanto, foi Patric que jogou um partidão ontem, me surpreendendo. E Lucas Pratto, que vem mostrando a cada dia o acerto que foi sua vinda.
Mas, foi só.
E como o Eu Acredito vale para as viradas impossíveis, heroicas e históricas em nossa casa, depois de termos sido derrotados fora, em geral por dois gols de diferença, não poderia ser mesmo aplicado na arena do Inter.
Lá foi tudo ao contrário. Não havia 2 gols para descontar. Não estávamos em casa.
É certo que precisávamos da vitória, mas o time que entra em campo e não precisa da vitória nem deveria entrar para o jogo.
O um a zero era placar nosso, se o gol fosse nosso. E nesse caso, as condições que criaram a mística do Galão milagroso não estavam atendidas.
Uma pena.
Mas o Eu Acredito continua firme e forte. Valendo, como sempre.
É isso.

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Deixo para comentar a queda do fator previdenciário depois que a mudança for, de fato, confirmada. Enquanto isso, fico torcendo do lado de cá, para que a injustiça que esse fator representa seja corrigida.

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