segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sacanagens esportivas: em Mônaco, o inglês perde para a eficiência da equipe alemã, e um alemão vence. Em Curitiba, até o futebol do Galo foi em branco.

Dois eventos ontem, na área esportiva não podiam passar sem algum pitaco.
Primeiro a mais estranha decisão já tomada por uma equipe de fórmula 1, de chamar seu piloto para o pit stop e troca de pneus, quando ele liderava a corrida tranquilamente e sabendo que depois da saída do safety car da pista, pouco mais que 5 ou 6 voltas seriam dadas.
Especialmente é estranho o fato de que quem errou foi uma equipe alemã, com todo o domínio da técnica e precisão que as equipes e os alemães de forma geral já granjearam mundo afora.
Tudo bem que errou contra um inglês, negro, chamado Hamilton, que em geral tem a cabeça quente. E errou para dar a vitória a um piloto alemão, branco... Que se não ganhasse ontem, de que forma fosse, veria ficarem cada vez mais distantes as chances de disputa pelo título, já que era o inegável favorito em Mônaco, onde já vencera duas vezes.
Mas, favorito ou não, a vitória lhe caiu no colo, por acaso, e falha da equipe de mesma nacionalidade que ele.
E, de quebra, o campeonato ficou mais embolado, o que desperta mais audiência.
Então, o erro providencial salvou o campeonato.
E, já que na pista Hamilton está sobrando, vamos vencê-lo no tapetão. Ou no pit.
Lamentável.
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Mas, mais lamentável ainda é ter de ouvir Galvão Bueno, esse idiota da narração esportiva no país, dizer que Hamilton devia ter mais esportiva e ficar no pódio comemorando a sacanagem que fizeram com ele.
Isso depois que esse grande entendido de corridas ter dito que ao receber a ordem de ir para o box, Hamilton poderia ter se recusado.
Logo ele, que quando viu o inglês entrar nos boxes, comentou que todos os pilotos aproveitavam-se da entrada do carro de segurança para irem para os boxes, fazerem o que Hamilton fez.
E só ele o pelotão da frente.
Bem, não satisfeito o locutor que não aprende a ficar de boca calada ainda falou que Hamilton jogou. E aproveitando-se dos cassinos que fazem a fama de Mônaco, repetiu que foi erro de estratégia, já que jogaram e deu outro número.
Em nenhum momento, falaram na transmissão de porque não chamaram os outros pilotos, ou porque o que estava para vencer a corrida é que foi o primeiro a ser chamado, arriscando que seu tempo sobre os demais não fosse o suficiente, como se provou depois.
Porque não chamaram Rosberg antes?
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E, agora o GALO, de uniforme branco e sem futebol

O segundo evento esportivo que merece um pitaco é o futebolzinho ridículo do Galo, ontem em Curitiba, contra o seu xará paranaense.
O que me faz voltar no tempo para lembrar que, na minha última manifestação nesse pitaco, elogiei o Galo, desclassificado da Libertadores, mas que caiu de pé, frente ao Inter.
Depois, veio a partida no Mané Garrincha, contra o Fluminense.
Muita gente, inclusive muita gente boa da imprensa tratou de colocar o Atlético já como favorito ao título do campeonato, com apenas 36 rodadas de antecedência.
Ainda bem que Levir Culpi não entrou na onda dessa parte da imprensa. E, se é burro com sorte ou não, disso ele não poderá ser acusado. Não terá culpa.
Afinal, quem ficou plantado à frente da TV contra o Flu viu que o Atlético se fosse mesmo esse time que todos estavam falando teria que fazer um placar não menor que 8 ou 9. Chances para 4 que ele fez e mais 2 que ele mandou no travessão, e mais outros 2 que ele perdeu ou Cavalieri salvou não faltaram.
Foi um passeio do Galo, não porque estivesse muito bem, mas porque o Fluminense jogou abaixo da crítica. Inexistiu. Poucas vezes um time jogará tão mal como o time carioca, nesse torneio.
Até parece que queriam e trabalharam para a queda do Ricardo, técnico mineiro, saído das categorias de base do Atlético.
E conseguiram, O técnico foi dispensado, mas o time continua ruim, e empatar com o Corínthians que só joga nas páginas dos jornais de São Paulo ou nos esquemas de Tite, só mostra isso.
O Corínthians pode até chegar. Afinal, tem a poderosa imprensa e a Globo por trás. O Flu pode até chegar, já que tem o melhor plantel do país, com advogados de renome e tradição, em conquistar no tapetão o que vergonha exige que esqueçamos.
***
Mas, o Galo ontem, de branco - e eu queria saber porque a insistência nesse uniforme que dá tão mau agouro, foi uma lástima.
Ah! dominou todo o jogo. É verdade.
Ficou mais tempo, muito mais tempo com a bola nos pés? É verdade.
Ficou trocando passes mais tempo? É verdade.
O Atlético Paraná não tinha ataque, nem meio campo? É verdade. Tinha apenas um jogador, o Valter.
E ele deu sozinho mais trabalho que o time do Galo deu ao seu xará.
Se o Galo foi tão superior, porque o resultado?
Porque não teve inspiração, não teve objetividade e, se bobear, no jogo morno de ontem, em que o Paranaense quis apenas se defender e partir em contra-ataques, não deu ao gol adversário a mesma quantidade de chutes que Victor teve contra si. E a verdade é que Victor trabalhou muito mais, e em lances mais determinantes e perigosos que o goleiro do time paranaense.
De branco ontem, no uniforme, até o futebol passou em branco.

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