terça-feira, 5 de julho de 2016

Pacote de maldades de temer começa com ele usurpando o poder

Em discurso ontem, em evento mundial relativo à agroindústria, temer sugeriu que poderá vir a adotar, em breve, medidas impopulares.
Não detalhou as medidas, como de resto ainda não conseguiu detalhar absolutamente qualquer medida para colocar o país nos trilhos do desenvolvimento como prometeu tão logo tomou posse do cargo usurpado.
Dentre as medidas, especula-se, talvez aumento da carga tributária, justo um dos principais fatores que levaram ao apoio generalizado ao processo golpista de impeachment.
Foi aplaudido.
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Na mídia, sem exceções, grande destaque foi dado à repercussão do discurso do usurpador, em especial, focando na fala de conteúdo vazio e na reafirmação de temer que não há, da parte dele, problema algum em adotar tais medidas de sacrifício, uma vez que ele não visa angariar simpatia ou popularidade. Seu interesse é apenas adotar o que for necessário para o país. Afinal, temer não deseja mais se candidatar.
Aviso ou lembrete bastante interessante, como já mencionei aqui anteriormente, e mais uma vez agora, considerando-se que o usurpador nunca teve votos para disputar qualquer eleição majoritária.
Razão por ter sido sempre um coadjuvante nas eleições, sempre um ser apagado, sem qualquer luz. Típico político para ser vice, se tanto, e nunca sair da penumbra, onde vive.
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Mas, infelizmente, o sanguessuga saiu do ostracismo, em que reconheceu ter vivido por  mais de 5 anos de governo Dilma, por força de um golpe articulado pela grande mídia, pela classe empresarial e os mercados, e pela classe de políticos corruptos de nosso país.
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Voltando ao discurso, apenas Boechat, no Jornal da Band aproveitou para fazer algum comentário da "ameaça" de temer, lembrando que aquele que vinha das sombras para adotar remédios amargos, até aqui praticou foi um pacote de bondades. Alguns bastante além daquelas propostas por Dilma.
Entre as bondades, a correção do valor pago pelo programa Bolsa Família, cujo percentual foi maior que o proposto pelo governo da petista gastadora.
Além disso, teve o aumento dos funcionários públicos, em especial os do judiciário, em valores que a imprensa insiste em considerar elevados,  embora na maior parte das vezes não deixe claro que tais aumentos consistem apenas na reposição, não integral da inflação dos anos anteriores; que é apenas para vigorar a partir de mais de meio ano transcorrido - os aumentos são para vigorar a partir de agosto de 2016; e que as correções para 4 anos são sempre relativas ao que se espera seja a mera reposição da inflação do período.
Não são aumentos exagerados, são justos, salvo pela ótica de que são aumentos, elevam os gastos em momento em que toda a imprensa e analistas cobram corte de gastos.
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Não posso falar com segurança do aumento do poder judiciário. O que sei é que os aumentos solicitados à Dilma, pelos ministros do Supremo,  não foram aceitos, nem concedidos. O que como todos hoje sabem, foi uma das causas da passividade manifestada pelo STF em todas as vezes em que foi chamado para opinar quanto à tramitação do processo do impeachment.
O que é curioso, sabendo-se que, apesar de estar previsto na Constituição, como todos sabemos, o processo não tem nem tinha sustentação legal, por falta de ação da presidenta, suficiente para caracterizar crime de responsabilidade, menos ainda dolo.
Ou seja, para repetir novamente, GOLPE.
Bem, para angariar a continuidade de apoio ao golpe, os 40 e tantos por cento de aumento para os ministros e todo o poder, em cascata, foram aprovados na medida proposta por temer.
Que parece ter voltado atrás, posteriormente, ao menos no que diz respeito aos ministros.
A ver.
Quanto ao aumento dos funcionários daquele poder, nada posso dizer em relação às negociações, antes e depois do golpe, já que não tenho conhecimento da situação para dar qualquer pitaco.
Apenas estranho que o aumento é muito superior, por exemplo, ao dos funcionários do BACEN:  algo como 41 contra 23%.
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Ainda para lembrar do pacote de bondades, que visa apenas comprar o apoio ao golpe, enquanto Dilma previa rombo orçamentário para esse ano de 92 bilhões, saído de uma previsão maluca de superávit de 24 bilhões - uma diferença de 116 bilhões, para mostrar o tamanho do descalabro da petista, temer e sua equipe mandaram uma proposta de revisão que o Congresso aprovou sem qualquer discussão mais aprofundada, de 170 bilhões.
Em minha opinião, apenas para mostrar que temer estava inflando propositadamente o rombo, seja para jogar a população contra Dilma, seja para poder fazer as bondades que representam apenas dinheiro para comprar apoio. Fosse a presidenta, diriam que isso seria a mais completa irresponsabilidade, fruto da corrupção disseminada e ao balcão de negócios, característico da política em nosso país....
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Difícil agora entender e explicar as razões de uma previsão de déficit para o ano de 2017, no valor de 140 bilhões, já que a equipe usurpadora veio para conter a deterioração das contas públicas.
A que tipo de gastos se deve mesmo tal déficit?
Falta à equipe saneadora, detalhar, demonstrar e explicar.
Mas a platéia aplaude.
E cobra, como no evento ontem, que o governo eleve os gastos em investimentos em infraestrutura. Para melhorar, em especial, o escoamento da produção de grãos da safra do país. Reduzindo custos e levando a vendas, exportações, e sobretudo lucros maiores.
Lucros sem grandes cargas de impostos.
E, diga-se de passagem, com amplo crédito - que sabe subsidiado para os produtores do agronegócio.
Crédito que Dilma foi acusada de estar cometendo crime de responsabilidade, relativa ao Plano Safra.
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Mas a platéia aplaude. E a imprensa, satisfeita, nada cobra.
Fazer o que, se esse é o Brasil, em que um amigo dizia que se organizar, deteriora.


Pitacos diversos e curiosos

O Galo perdeu dois pontos de bobeira, em minha opinião. E começou perdendo, ao ter em campo um Robinho que não consegue se explicar, incapaz de jogar mais que meio tempo de jogo.
Mas, tirar Robinho para voltar com Patric, não é preocupação com a defesa. É apenas querer tirar leite de pedra.
É admitir que, infelizmente, e ao contrário do que sempre acreditei, Marcelo não é o técnico que o Atlético precisava.
Alguns dirão que estou exagerando. Afinal, o Galo ganhou quatro partidas seguidas e está invicto ainda. Outros dirão que em casa, o Figueira ainda não perdeu e que o resultado foi muito bom.
Em minha opinião, o Galo tem muito mais time que o adversário, embora insista em ficar recuando bolas perigosas, para o goleiro Victor dar chutões para a frente, sem qualquer rumo; também insiste em colocar Léo Silva sempre para disputar bolas na corrida com adversários mais novos, rápidos, ágeis, o que é um deus nos acuda.
Pior: insiste em por Patric em campo, o que, se a gente tem um jogador expulso, como tivemos Fred, significa que passaremos a jogar com dois a menos.
Forçoso reconhecer que Cazares não esteve inspirado e pouco de útil ou produtivo conseguiu fazer. E que ficar contando apenas com os laterais de Marcos Rocha é muito pouco.
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Mas, em relação ao que me preocupa, nosso técnico e sua pouca versatilidade de táticas, visões de jogo e estratégias para dirigir um time como o Atlético, é importante dizer que: ganhamos do América, sem o merecer. O Coelho jogou mais, e não fosse o gol isolado, no início do jogo, e a falta de qualidade de jogadores americanos, o placar teria sido outro.
Contra a Ponte, o time jogou bem, mas a equipe paulista estava em uma baba. Tanto que na semana seguinte deu vexame maior, em casa, para o time do Cruzeiro...
Contra o Botafogo, Cazares esteve alguns pontos fora da curva, situação que, por melhor que seja o equatoriano, não vai se repetir sempre. Nem pode, sabendo-se que o futebol é jogo coletivo.
Ou seja, estamos ganhando, mas não estamos convencendo. E o trabalho de Marcelo ainda não está sendo o que dele se esperava.
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Seguranças de Janaína

Não bastasse mais nada, a histriônica advogada tem a seu dispor os seguranças de Alexandre Frota.
Nem vou dizer que diga-me com quem andas e te direi quem és. Afinal, Frota está cada vez mais enfronhado nos meandros o poder, sendo recebido por ministros e sempre presente nas ocasiões em que a democracia e o direito deve ser resguardado por um grupo de valentões, com a mesma visão educacional de Frota.
Esse é o nosso Brasil...

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