Querenças II - o outro lado

Carregar em meu ventre

Um filho teu

Mais que símbolo de amor e do tesão

É o sinal mais forte de nossa paixão

A aliança que sela nossa união

É manter viva a lembrança das delícias

Das noites todas dedicadas às carícias

Das fantasias e brincadeiras, do desfrute

Você meu cavaleiro errante,

A espada erguida pronta para penetrar a gruta

Onde guardado está o meu maior segredo

Que é o desejo de me entregar sem medo

E sem qualquer oposição a esse homem

Que mais que ser o herói presente em meus sonhos

É o parceiro que com prazer e com humor

Alegra o meu dia e que transforma

Em diversão os meus momentos enfadonhos

Carregar em meu ventre um filho seu

É eternizar você em mim

E saber que o gozo que sentimos

Não foi um instante mágico

Que se perdeu.

Querenças

Quero um filho seu,

forte e saudável

que possa ser herdeiro de sua energia

e que além de sua beleza e alegria

refletidos em seu olhar que me fascina

traga todo esse seu ar que me enfeitiça

e me domina,

seja menino ou menina

Quero um filho seu

que seja o fruto da fusão de nossos corpos

o resultado do desejo que nos une

que seja fruto do amor que nos anima

e combustível do tesão que nos domina

Se for menino, que seja justo e valente

seja guerreiro ou como um cowboy

que seja honesto e que sua inteligência

possa torná-lo pra sempre o nosso herói

Se for menina

que tenha a graça de uma bailarina

e a vaidade que deve ter uma mulher

e a sutileza de quem sabe a dose certa

de parecer que é frágil

só no instante em que quiser

E que possa puxar a sua independência

esse mistério

esse seu jeito de cigana

que surge e que toma conta de seu rosto

a cada instante que você diz que me ama

e que o seu olhar risonho me revela

toda a verdade sempre que você me engana

Homenagens

E fez-se a luz.

E a luz invadiu a noite.

Iluminando a escuridão.

E de repente, a alegria.

A festa

A magia...

A diversão e o sorriso.

O encantamento.

A claridade do despertar.

Um novo dia.

De prazer e alegria.

Ducha de ânimo.

Mar e sol.

Sombra e conforto.

Dias de descanso.

Relax.

Traçando planos.

Mirando o objetivo.

Ser Feliz.

Amiga.

Companheira.

Solidária.

Mulher completa.

Obra de Deus, como a natureza irrequieta.

E cores... muitas cores.

Quentes.

Suaves.

Vibrantes.

Vida que se renova a cada dia.

E se reflete límpida e cristalina

Na inocência que o sorriso dissimula.

E deixa, inebriados de paixão, até os deuses

Violência urbana

No Enade

Perguntam da violência nas escolas

Como se esses estabelecimentos de ensino

Talvez por suas nobres funções

Não fossem reproduzir o ambiente que os cerca

E pudessem se constituir em enclaves

Oásis de paz e tranquilidade

Em meio à barbárie do dia a dia

    Verde e tola esperança

     Por descabida

Afinal, a violência também se aprende

E se ensina

E não há lugar melhor

Para o exercício do aprendizado

Que a sala de aula

Contida entre quatro paredes do educandário

Ou grassando livre nas ruas e praças

Onde o exercício do poder e desrespeito

É cena corriqueira e banal