quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A necessidade de reação do Galo e a prévia da inflação de fevereiro

Todo modificado, inclusive no uniforme, o Galo volta hoje ao Horto, às 19:45 horas, para enfrentar o time mexicano do Atlas.
Partida difícil, como a imprensa tem feito questão de destacar, embora eu discorde do clima de tensão que tem sido criado em relação ao jogo. Afinal, se o Atlético está sem vencer a dois jogos, e perdeu a primeira partida da Libertadores disputada no Chile, é sempre bom não se esquecer que nesse torneio, qualquer jogo em casa é jogo em que apenas um resultado importa: a vitória.
Vencer ou vencer é o único resultado que o time mandante pode almejar, especialmente se levar em conta que vai ter de enfrentar partidas em condições que podem se tornar completamente adversas, quando em visita às dependências.
Assim, a obrigação de vencer já existia antes, como a obrigação de vencer o Colo-Colo no jogo de volta, o último do Atlético na fase de grupos, e o colombiano Independiente Santa Fé.
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Também acho que há um certo exagero de todos aqueles que afirmam que a vitória cresce de importância para evitar uma crise no Galo, em função dos dois recentes e desastrosos resultados. E, embora entenda e até concorde em parte, acho que a tensão e a crise anunciada é, parcialmente, responsabilidade da própria cobertura da imprensa.
Afinal, se analisarmos friamente, o resultado de derrota fora de casa neste torneio, e ainda mais quando se enfrenta um time como o chileno, deveria ser considerado normal. O Colo-Colo é um time tradicional, já foi campeão da Copa, e vinha experimentando uma reação importante nos últimos jogos do campeonato de seu país, o que sempre tem a capacidade de elevar o moral do time.
Quanto ao jogo e à derrota domingo último contra o América, sinceramente não dá para levar em conta. Ao menos não como capaz de ser o anúncio do fim do mundo.
Porque importa lembrar que, dos jogadores que estavam em campo, muito poucos estarão sequer relacionados para o jogo de hoje. Logo, era outro time. E as críticas dirigidas a um jogo, não podem ser reproduzidas para o outro.
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Das duas partidas, se alguma observação pode ser extraída, é a de que o elenco do Galo está longe, muito longe da qualidade que a ele foi atribuída, por aqueles que insistiam em afirmar que o Galo manteve sua base e, por isso, faria um excelente papel na competição.
Eu mesmo já havia comentado aqui e com amigos que não achava o elenco do Galo pronto. Além de não ter muita confiança em alguns jogadores que, por mais que apresentem um grande futebol e deixem antever um grande futuro, não têm ainda a experiência que o torneio cobra.
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Admito, entretanto, que acima de tudo, o que está causando o alvoroço e preocupação na torcida do Galo, de onde pode surgir sim, muitos problemas caso o time não vença hoje, é a forma que os dois times diferentes perderam seus jogos.
Porque se os times e jogadores eram distintos, o comportamento apático do time, sem garra, sem gana, e pior, sem pernas, sem capacidade de reação, foi o mesmo contra o Colo-Colo ou contra o Coelho.
O time não mostrou inspiração e não mostrou transpiração. Nada, exceto o uniforme branco que a mim não agrada, como também a grande parte da torcida e que, ouvi dizer que é o uniforme que será utilizado também essa noite.
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Não é superstição. Pelo menos não só superstição. É que a camisa preta-e-branca carrega com ela uma mística, uma energia semelhante ou talvez até superior à de se jogar no Independência, ou do grito do mantra Eu Acredito.
A opção do time pelo uniforme branco não me agrada. E começo a concordar com aqueles que estão reclamando que a massa não tem mais gritado a plenos pulmões os gritos de Galo, nem cantado o hino do clube como costume, para ficar entoando apenas o 'Maria eu sei que você treme' ou o grito nada a ver de saudação ao goleiro adversário quando da cobrança de tiro de meta ou reposição da bola em jogo.
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Mas de tudo que tem sido falado, é inegável que tantas contusões musculares, quando ainda nem bem começou o ano é de se estranhar. Como também é de se estranhar que o time tenha perdido tanto de preparo físico, de disposição em campo, depois da troca do comando da preparação física.
Não estou aqui criticando os novos métodos, nem o novo profissional da área. Apenas constato e reforço a opinião já manifestada por alguns profissionais da crônica esportiva como o Lélio e o Pequitito no SportNews.
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Uma observação adicional quanto ao horário do jogo: é um horário interessante, para um jogo em dia de meio de semana. Bem melhor, sem contestação que o horário das 22 horas, que a Globo teima em nos enfiar goela abaixo.
Mas, melhor seria as 20 horas ou 20:15, em função de o horário de deslocamento para o estádio acabar coincidindo com o horário de fim de expediente, o que já por si só leva o trânsito a ficar caótico, com transporte coletivo abarrotado e sem qualquer conforto.
De positivo mesmo o fato de que dá para o trabalhador chegar em casa e ainda poder se preparar adequadamente para ter uma noite de sono tranquilo.
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Vamos lá, Galo. Mesmo com mais modificações na escalação, como a entrada de Lucas Cândido e a presença de André, no comando do ataque.
Eu Acredito.




A prévia da inflação e as reações ao seu anúncio

O maior valor para a prévia da inflação desde 2003, foi anunciada pelo IBGE para o mês de fevereiro, conforme o IPCA-15:1,33% de aumento do nível de preços.
Os principais vilões do aumento, a correção de preços posta em prática pela equipe econômica, em relação à energia elétrica; a inclusão das chamadas bandeiras nas contas de luz, responsáveis pela cobrança do valor mais elevado do custo de produção de energia pelas termoelétricas; a maior demanda de energia, em função, inclusive do verão exageradamente quente e seco, e o reajuste de mensalidades e material escolares.
Para jornalistas, âncoras de jornais noturnos, como Boris Casoy, culpa do primeiro mandato do governo Dilma, que deixou esse abacaxi de preços represados e que agora devem ser corrigidos para Joaquim Levy e seus assessores de pensamento conservador.
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Contudo, em minha opinião, Casoy apenas faz o papel de cunho flagrantemente ideológico, de blindar o ministro, cuja única atuação efetiva até aqui foi no sentido de promover cortes em gastos públicos e aumento de impostos.
Senão vejamos: se há a correção de preços represados da energia elétrica, essa correção não precisaria ser feita de uma só vez, podendo os aumentos serem mais diluídos no tempo, para amenizar seu impacto.
Também não pode ser imputada ao ministro da Fazenda anterior, por mais falastrão que fosse, a responsabilidade pelo maior aumento de demanda de energia, nem o uso cada vez mais necessário de uma energia de custo de geração mais cara.
Mesmo se o ministro já tivesse determinado há mais tempo o repasse do maior custo de produção desse tipo de energia para as contas dos consumidores, por mais que concorde que não haveria um desperdício que pode ter havido no consumo de energia, não acredito que as pessoas evitariam de  usar os aparelhos de ar condicionado, por exemplo, como forma de fugir ao calor e ao clima anormalmente seco nesse verão.
Também não pode ser responsabilizado o ministro que saiu, pelo aumento das matrículas e mensalidades escolares, que sempre assumem o papel de vilãs no início do ano.
O aumento de preços de produtos da feira, por força da crise hídrica e das condições não favoráveis do clima não pode também ser atribuído ao ex-ministro.
De resto, as passagens de transportes urbanos, outro item que pesou no índice, só não tiveram aumentos anteriores por força da reação popular, contra os 20 centavos de aumento.
Se os preços ficaram defasados, foi decisão coletiva de prefeitos, governadores, e em menor escala do governo federal e seus membros.
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Por outro lado, os juros já vêm sendo elevados desde as últimas reuniões do COPOM no ano passado, mostrando que, ao contrário do que prega a cartilha do pensamento mais conservador, juros não são o remédio exclusivo para se combater a inflação.
Apenas aumentam o gasto público que o ministro Levy diz que vai reduzir. Ou seja, a política de juros pode se transformar em um tiro no pé.
Mas nada disso importa aos que, por convicções e interesses próprios preferem ficar aplaudindo a inação do Ministro atual, jogando a responsabilidade para todos os lados.
O que, de concreto ainda traz um problema que reputo sério.
Foi anunciado por sites da mídia que, ao acompanhar sua esposa que se encontra em tratamento de doença séria  no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o ex-ministro Mantega não pode permanecer na lanchonete do estabelecimento, por força de insultos e ameaças de que foi vítima, de parentes de outros pacientes que estavam presentes no local.
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Ou seja: o que comentários de pessoas que têm interesses a defender mais que entendimento do assunto que estão tratado pode causar é tão somente um clima crescente e perigoso de intolerância.
O que é uma situação, no mínimo, perigosa.
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