terça-feira, 19 de julho de 2011

COPOM e nova elevação da SELIC: nenhuma novidade

Começa hoje mais uma reunião do COPOM, Comitê de Diretores do Banco Central, responsável pela elevação da taxa básica de juros.
Não que o COPOM tivesse sido criado e projetado para essa finalidade. Sua idéia primeira era mais ampla, discutir e decidir os rumos da taxa de juros básica da economia brasileira, tentando sinalizar ao mercado a política de colocação de títulos públicos (a famosa política de open market), de forma a indicar se haveria maior ou menor quantidade liquidez em circulação e criar expectativas ou sancioná-las, em relação ao comportamento do nível de preços.
Em outras palavras, o Comitê deveria cuidar de acompanhar o comportamento da inflação, agindo para mantê-la dentro do intervalo de limites fixado pela política de metas inflacionárias.
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Entretanto, desde o início do mandato da presidenta Dilma, sufocado pela elevação de preços cuja responsabilidade é menos nossa e mais de fatores externos, alheios à nossa vontade, mas, ao mesmo tempo refém dos interesses do capital especulativo internacional e de seus representantes em nosso país, os bancos e o sistema financeiro - maiores ganhadores da política de juros elevados, o COPOM reune-se apenas para elevar os juros.
Para essa reunião, que encerra-se amanhã, o mercado já "determinou" uma elevação de 0,25%. Para agosto, início de setembro, na próxima reunião, já está determinada nova elevação de 0,15%, conforme a imprensa noticia desde agora.
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Resta-nos apenas aguardar e confirmar se o BC continua obediente aos ditames de seus reais e poderosos interesses.

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