segunda-feira, 25 de julho de 2011

Enfim, retorno

Acabaram-se meus cinco dias de férias. Agora, retorno ao trabalho e ao blog.
Mais uma semana, retornam também as aulas. Vida que avança. Cada vez mais célere.
Nesse tempo de folga, tentei ficar na medida do possível, longe do computador, dos notebooks, dos grilhões dos artefatos eletrônicos de todo tipo.
Em vão.
Contas para pagar via internet banking, não sabem que entramos de férias. E não se incomodam de estarem nos incomodando.
Da mesma forma que algumas notícias, como a da elevação da SELIC, bola já cantada aqui nesse blog.
De 12,25% para 12,5%. Menos mal que, dessa feita, já não há muito mais espaço para ficar enganado o público. Que o diga o Joelmir Betting, no Jornal da Band, cada vez mais crítico ferino da política de juros além, na igreja em que os sinos costumam se curvar em badalos ao Deus Mercado. Representado, claro, pelo alto clero formado instituições financeiras, os bancos à frente.
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Na quinta feira, a notícia do ataque terrorista perpretado na Noruega. Que as principais redes de tv em nosso país apressaram-se a anunciar como possível ataque de extremistas muçulmanos, em represália à participação de soldados noruegueses nas tropas que atuam no Afeganistão.
Por sorte, ou competência da polícia norueguesa, o verdadeiro responsável foi preso, depois de cometer atrocidade maior ainda, em uma ilha próxima à capital, onde se realizava um encontro de jovens ligados ao partido do governo.
Para surpresa do mundo: norueguês, cristão extremista, o autor da tragédia foi movido exatamente por motivos opostos àqueles que a imprensa ligeira (no sentido de oportunista mais que de eficiente) quis divulgar.
Diferente do que desejavam, os órgãos da imprensa tiveram de reconhecer que o "serial killer" era de extrema direita, com incursões em páginas de internet ligados ao receituário do partido nazista. Exatamente quais as suas motivações, não se sabe. Mas sabe-se que era contrário ao partido do governo e suas políticas de apoio à imigração de ..... muçulmanos.
Curioso, apenas gostaria de entender porque a imprensa não o trata como mais um maníaco, serial, como outros tantos atiradores assassinos, que cometeram atrocidades semelhantes, embora não mesmo da mesma dimensão que o norueguês agora.
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Nessa ótica, ao darem tanta ênfase ao fato de ter tentado explodir um prédio público, utilizando para tanto um carro bomba, antes do crime principal, transformam o ato de um maluco armado, em um ato terrorista.
Embora as consequências do ato não sejam distintas, redundando em uma carnificina sem igual, tratar o maluco como o que é, maluco e não como terrorista levaria à necessária abordagem da questão da posse de armas.
Discussão e tema, esse da posse de armas, que aqui no Brasil, sob os argumentos mais estúpidos, muitos pretendem evitar.
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No sábado foi a vez de correr aos sites buscando, primeiro a confirmação, depois mais informações da morte de Amy.
Uma morte que o próprio pai já teria antecipado, e que todos os seus fãs já sabiam, estava cada vez mais próxima.
Afinal, ninguém escapa impune do crack, das ervas pesadas, tanto cantadas em suas letras. Ninguém escapa da súbita transformação de uma pessoa normal em celebridade, ainda mais quando a própria condição de normalidade anterior já era algo questionável.
Mas, morreu uma mulher jovem;  uma cantora de voz magistral, uma compositora promissora, uma personalidade que não merecia a sorte trágica que teve em seu final.
Uma mulher jovem, quase uma criança, perdida, aturdida. Que merecia mais apoio e atenção.
Enfim, não me perguntem por quem os sinos dobram.... Hoje, pelo silêncio...
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Mais um fim-de-semana em que o Galo não decepcionou a nenhum de seus torcedores. Como já se tornou rotina, jogamos e perdemos.
Parafraseando um colega em meu serviço: jogamos como nunca, perdemos como sempre.
Pior, nem jogamos. É verdade que o time entra em campo, tem lampejos de um time bem preparado, e apagões impossíveis de serem aceitos e entendidos. Exceto se continuar de pé a tese de que os jogadores não querem entrar em disputa de bola em nome de um técnico como Dorival.
O que faz muitos perceberem e afirmarem que Dorival Júnior está completamente sem comando.
Contra o Vasco, mais uma vez, o ataque foi inoperante; o meio inexpressivo e a defesa ...
A verdade é que nem vale a pena continuar criticando esse time.
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Nesse meio tempo, o time gasta mais 4 milhões para comprar 20% dos direitos econômicos de André. Como já havia gastado 6 milhões para trazer Guilherme. E nem o Guilherme fez nada nos jogos que disputou, salvo um gol, nem o André será capaz de fazer.
Sem discutir-lhes as qualidades, o fato é que sem que a bola chegue lá na frente, em condições ideais, dificilmente qualquer avante irá fazer o que deles se espera. Não será Guilherme, nem André, nem Magnata, nem Obina, nem...
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Mil seguidores mais que uma marca é um reconhecimento. Sinal da qualidade que nosso Mikael Moraes consegue manter nos assuntos que aborda e dos temas que escolhe, sempre convidativos a uma boa leitura e reflexão.
E um jeito diferente de tratar do tema que, atualmente, só consigo tratar de forma sofrida e dolorida.
Parabéns, Mikael. E que venham outros mil. E mais outros.

Um comentário:

juliano VM disse...

Eu não consigo acreditar que jogadores se rebelam, e forçam a saida de um treinador...