Não sou uma equação
talvez uma incógnita
aquelas de letra grega
ignota
termo final de expressão
do rodapé solitário
da página do fim do livro
(não a incógnita x
sobre a qual todos nos debruçamos
a resolvê-la)
tampouco sou um sistema de incógnitas
afinal, mesmo complexo
careço da capacidade divina
de multiplicar meus complexos
não sou uma inequação
e não me resolvo em soluções indeterminadas
não sou estático, participo
e, desta forma, não alcanço o equilíbrio
pretendo-me dinâmico
no constante renovar
de quem experimenta a vida.
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