Transposta a arrebentação
A muralha de arrecifes de corais
Espraia-se o mar na areia
Águespuma penetrando as entranhas da terra
Na areia fina, ardente,
Erguido em circunvoluções pelo vento
Eu me encolho
Faltam nuvens no céu imenso
De azul do inverno intenso
Folha de papel onde rabisco
Com meu pensar o verso denso
Fixidéia que atormenta-me
E macula o espaço transformado
Rascunho obsceno
Fruto de pobres garatujas
Que se desvanecem em sonhos
Imagens
Como os castelos de areia
Que o vento arrebata na praia
E leva de volta ao mar.
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