Qual
um clandestino que sobe a bordo
pra
seguir viagem,
sem
porto de destino,
sem
bagagem
você
tomou de assalto
a
minha vida.
Sem
pedir licença uniu de vez
o
seu ao meu destino
incorporou-se
à minha paisagem
e
fez-se companheiro
da
minha viagem
Então,
de
forma repentina,
levada
pela força da paixão
voltei
no tempo
deixei-me
conduzir
por
fantasias de menina
mergulhei
de cabeça na ilusão
Então,
você
que era o meu menino
partiu
sem dar qualquer explicação
deixou
atrás apenas um vazio
enquanto
eu me refugiei na solidão
a
espera de que outro clandestino
venha
fazer de mim
a
sua embarcação.
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