Ventania
feroz
Que
investe contra o centro da cidade
E
avança veloz
Cruzando
esquinas
Fazendo
esfriar as tardes
Nos
passeios gente agasalhada
Apressada
passa fugindo do frio
Que
à noite torna o centro da cidade
Num
local triste e vazio
Vento,
redemoinho
Rodopio
de poeira
Que
levanta o lixo que na esquina
Foi
abandonado
E
brinca girando no espaço
A
folha do jornal rasgado
Que
flutua ao lado do pedaço
Pardo
de papel picado
Vento
que carrega
longe
o sonho do bilhete não premiado
do
papel de embrulho embolado
ao
chão lançado sem qualquer cuidado
restos
de alimentos a esta altura já contaminados
lixo
que não atravessa a rua
em
respeito a luz vermelha do sinal fechado
Vento
que eleva aos espaços
Pedaços
de algodão, em chumaços
Que
ganham os céus onde aparentam estar pregados
E
se transformam em nuvens
que
tornam os céus mais enfeitados
e
viajam ao sabor dos ventos
como
pássaros alados.
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