sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A hipocrisia e a arrogância de Felipão e seu autoritarismo babaca

Em 2002, comandante da 'família' que obteve o título de campeão mundial de futebol com a seleção canarinha do Brasil, em que homens e profissionais formados eram tratados como crianças pelo Papai sabe-tudo, Felipão anunciou que não continuaria à frente do selecionado vitorioso.
Atraído pelo desafio de elevar o nome dos técnicos brasileiros no mercado europeu, e até por alguns milhares ou milhões de euros, Scolari decidiu ir para a Europa, onde depois de campanhas que lhe asseguraram grande prestígio, acabou por se tornar o diretor técnico da seleção de Portugal na Copa de 2006.
Mesmo tendo sido técnico da seleção brasileira em oportunidade anterior, Scolari não se sentiu constrangido em estar sentado no banco de outro selecionado, inclusive defrontando-se com a possibilidade de ter que enfrentar o time de sua pátria.
Tudo bem, técnico felizmente não entra em campo e não ganha jogo. (E era bom que alguém avisasse a Felipão e outros idiotas da imprensa esportiva ou até mesmo outros luxemburgos da vida, dessa constatação óbvia!).
Em Portugal, Felipão mais uma vez tratando como infantilóides os jogadores portugueses convocou o jogador Deco, brasileiro nato, que se naturalizou. Creio eu que, naquela ocasião, pouco alteraria a situação caso Deco já tivesse participado ou não de algum jogo vestindo a camisa da seleção brasileira, desde que não tivesse o jogo caráter de disputa de torneio oficial.
Mas, consigo a situação é diferente, óbvio. O mesmo acontecendo quando seu interesse está envolvido, como foi no caso de Deco.
***
Situação contrária à enfrentada agora por Diego Costa, que já era espanhol naturalizado quando da convocação anunciada por Felipão, e que, como o técnico nos idos de 2002, preferiu renunciar à uma vaga na seleção  brasileira e na família Scolari, atraído talvez por um reconhecimento de que nunca antes foi merecedor aqui em sua terra natal. E quem sabe, até por alguns euros a mais...
Daí a que o técnico brasileiro, do alto de sua arrogância se arvore em crítico de comportamento, fazendo beicinho e jogando a torcida contra Diego Costa, apenas por este ter adotado uma postura que deixa claro que ele não é menino, que não precisa ser curatelado, e que tem condições de tomar decisões maduras e arcar com as consequências, vai uma diferença grande.
Pior não é a postura de Felipão. É a grande quantidade de puxa-sacos e baba-ovos que o cerca e o veneram ainda mais, em face de sua reação nacionalista, patriótica, exagerada e completamente despropositada.
No caso, Felipão agiu e age como se fosse o soberano da razão e da verdade, condenando o jogador que o desprezou, como se fosse o dono da vida e das decisões de tudo que cerca a seleção.
Pena que agindo assim, apenas comece a cultivar em algumas pessoas, um certo conformismo com a possibilidade de a seleção perder a Copa que se realizará em seu país.
Para que Felipão, como já o fez antes no Palmeiras, a quem levou para a segunda divisão, possa tirar o corpo fora, arranjando culpados e responsáveis por um resultado pelo qual, como sempre, ele não se sentirá nenhum pouco responsável.
Afinal, até parece que o primeiro bode expiatório já foi apresentado. E ele marca gols, e atende pelo nome de Diego Costa.

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