segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A selvageria no futebol e a cobrança feita a Dilma. E ela tem é que melhorar a educação de nosso país...

Mais uma vez o futebol aparece como destaque negativo. Mais uma vez a notícia mais importante está ligada à selvageria de torcidas e torcedores que vão para o campo não para torcer. Apenas para dar vazão a sua bestialidade.
A Folha traz hoje, em seu caderno de Esportes, a foto de um torcedor do Vasco, na verdade um mísero animal que, de cano em punho, partiu para o ataque a um torcedor adversário, já caído e, que não era mais capaz de apresentar qualquer reação. Possivelmente desacordado.
E o animal não empunhava apenas um cano, senão que um cano com um prego visivelmente preso na extremidade usada para que o valentão acertasse o torcedor caído.
Não vou falar de outras características do tal torcedor que não passa de um covarde. Provavelmente daqueles capaz de se borrar todo se pego sozinho em uma luta corporal. Mas que evidencia-se na imagem do jornal o fato de ele ser careca. Bem ao estilo dos carecas que mostram o tanto que são machos, agredindo covardemente a homossexuais e pobres mendigos.
Mas, tão evidente fica a imagem que a pergunta que deve ser feita é óbvia. Já identificaram o anormal da foto? Ele já está preso?
Independente disso, a imprensa não deverá esquecer o episódio e fazer, como em outras ocasiões, uma marcação em cima das medidas punitivas aplicadas a tamanha barbáries e selvagens.

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A respeito dessa questão e tendo uma grande admiração pelas opiniões e comentários sempre sérios e com embasamento apresentado pelo colunista e cronista PVC, é no mínimo ridícula a proposta e cobrança feita por ele, para que a presidenta Dilma venha a intervir no futebol, em razão da selvageria.
Primeiro porque esse ônus não pode ser jogado nos ombros das autoridades, em especial de uma autoridade que tem mais problemas e mais sérios a tratar em nosso país.
Em especial, cabe sim responsabilidade à presidenta Dilma de cuidar da melhoria da Educação em nosso país, quem sabe para que, no futuro, animais como o da foto não voltem a frequentar estádios de futebol.
Porque em minha opinião, antes de mais nada ou de qualquer alegado espírito esportivo, o que faltou à torcida de ambos os times Atlético Paranaense e Vasco da Gama é basicamente educação.
Se foi nesse sentido que PVC estava solicitando a interferência de Dilma, então OK.
Mas não. O colunista cobra da presidenta ao que parece medidas que deveriam estar sendo adotadas pelos esquemas de segurança, pela polícia, pela Justiça e pelos membros do Ministério Público, citados pelo coronel da PM de Santa Catarina, como tendo sido os responsáveis por orientarem a Polícia a não estar presente no interior do estádio.
Jogar sob os ombros da presidenta a responsabilidade por esses atos semanais de selvageria parece ser um exagero de quem está desesperado, querendo que uma solução seja tomada a qualquer custo. Esquecendo-se, inclusive, que há uma série de leis que já foram feitas, exatamente prevendo e tentando coibir esse tipo de comportamento e atos.
Então, mais que ficar cobrando ações da principal autoridade do país, é importante cobrar das autoridades policiais e do judiciário que façam valer as leis e que a  punição seja rigorosa, para servir de exemplo para evitar a repetiação desse tipo de casos no futuro.

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Que bom ver que dois cariocas caíram para a segunda divisão e que não é só no oba-oba das estrepolias globais que existe futebol. Por outro lado, se Vasco e Fluminense caíram com justiça, os programas de esportes da Globo, por falta de muito assunto importante, ou terão que passar a se dedicar a campeonatos de menor expressão ou então vão ficar nos enchendo com as brincadeiras e o humor cansativo e sem graça de seus apresentadores. (Praga que consagrou o apresentador Tiago Liefert, com justiça, por ser uma inovação na ocasião, e que virou quase que uma obrigação na Globo, tornando seus programas cansativos e repetitivos!).
Que bom ver, enfim, que o campeão do ano passado o famoso CBFlu não tendo ajuda esse ano mostrou sua verdadeira condição.
Que bom que ao cair o Flu ajuda a fazer desabar qualquer novo projeto, ao menos por um tempo, de Wanderlei Luxemburro e sua empáfia e arrogância.
Que bom que o Flu vai poder, finalmente, cumprir seu dever de casa, frequentando a segunda divisão e tentando êxito no regresso ao grupo dos melhores times, já que da primeira vez que participou do campeonato da segunda, o time foi desclassificado e caiu para a terceira.

Mas, se toda a comemoração que fazemos nós que gostamos de futebol,  provenientes de outros estados do país, e todo o vexame que o Rio agora curte resultar na volta de figuras que já deveriam ter sido banidas do futebol há muito tempo, como a de Eurico Miranda no Vasco, então pode ser que a gente tenha que concluir que nem sempre sabemos extrair lições das derrotas.
Isso será uma pena!

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