terça-feira, 2 de junho de 2015

O Galo e o futebol carioca. Enquanto isso, na Europa, os grandes quando podem ganham de 6, 7 gols

Mais uma rodada do campeonato brasileiro no último fim de semana. Mais uma partida do Galo contra time carioca e mais uma vez, como já tinha acontecido contra o Fluminense, mais um jogo em que o Atlético podia ter disparado uma goleada impiedosa e ..... nada.
Até ameaçou. Até que parecia que dessa vez ia, mas ficou apenas na ameaça.
E em um futebol de alta velocidade no primeiro tempo, de constante troca de posições entre os jogadores de frente, que desnortearam a defesa vascaína e deram a impressão de que o time sairia com uma goleada inesquecível.
Mas, diferente dos grandes times de futebol europeus, como Barcelona, Real Madri ou Bayern, que ao jogarem contra times de nenhuma expressão ou força aplicam sonoras goleadas, até em respeito ao futebol, ao time adversário, aos torcedores, o Atlético acomodou-se, como é comum acontecer no futebol brasileiro.
E o que poderia ter sido um massacre, foi um jogo vibrante no início e morno na etapa final.
Está certo que Lucas Pratto perdeu ao menos uns dois gols praticamente feitos, mas o ritmo do jogo caiu demais.
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A ponto de começar a sobrar em campo, mais pela disposição, pela garra, pela vontade, o futebol de Patric. 
Não que ele não tenha feito uma bela partida. Aliás, que não venha fazendo bons jogos, indo ao ataque, trocando sempre de posição com Luan, colaborando em jogadas muitas vezes capazes de levarem grande perigo à defesa do time oponente.
Patric tem evoluído, é necessário reconhecer. 
Mas, se merece elogios por suas atuações recentes, independente do feio drible que tomou de Nikão, contra o xará do Paraná, que resultou em gol do time líder do campeonato, é forçoso reconhecer que ele mais apareceu para o jogo, e foi o protagonista de jogadas de efeito, inclusive um drible em que passou no meio de dois vascaínos, já no segundo tempo, quando o Galo já não queria mais nada com a bola e o Vasco... mostrou que é apenas mais um time carioca, de futebol tão ruim quanto todos os demais que jogam apenas nas manchetes de jornais.
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A esse respeito, é bom que seja registrado, mais uma vez, o que sempre foi o pensamento nosso e de  mais uma série de profissionais da área da imprensa esportiva, sérios: o futebol carioca iria morrer de tanto oba, oba. De tanta comemoração e elogios, a maioria falsos. A maioria mais visando a tapar o sol com a peneira, iludir os torcedores dos grandes times e fingir que estava tudo bem. Quando o retrato do futebol praticado no Rio é outro. E é digno de pena.
E, apenas a título de alerta, a julgar pelo que ando acompanhando em relação ao comportamento da imprensa e de alguns comentaristas de futebol de São Paulo, a mesma situação está prestes a acontecer em Sampa. Vide aí o "Barcelona das Américas", o Corínthians, aquele que foi apontado como o único time nacional em condições de disputar e até vencer uma Champions League. 
E tudo isso apenas por ser um time popular, que precisava de ser endeusado até para que a imprensa desse sua colaboração na criação de um ambiente mais festivo, mais de circo, já que o pão.... esse, há muito já não estaria sendo oferecido.
Pois bem. E o Corínthians, tão cantado em verso e prosa mostrou ao que veio, ao ser eliminado da Libertadores, de forma trágica, e agora, ao desmontar seu time, e começar a descer a ladeira do Brasileirão.
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Mas, esse pitaco não é para ficar falando do mal que a imprensa pode causar quando deixa de ser séria, para ser apenas mais uma peça do espetáculo de prestidigitação.
E, antes que isso venha a acontecer com o Galo em Minas, vamos deixar claro. O time só jogou muito bem e ganhou, contra os times do Rio. 
Sustentou um empate com o Palmeiras, com o time recheado de jogadores que não estão jogando sempre, mas poderia ter aplicado uma goleada e parou de jogar no meio do segundo tempo, satisfeito com o placar. 
Já comentei esse jogo aqui. Por parar de jogar satisfeitos, antes do jogo ter terminado, tomamos o castigo do empate.
Depois perdemos para o xará do Paraná, jogando bem, mas sem qualquer objetividade no ataque. Sinal de que não basta ficar mais tempo, ou muito tempo trocando bola na intermediária. Tem que saber chegar lá na frente e não apenas isso, mas saber definir o lance.
Nem vou falar de Fluminense e Vasco, porque sinceramente não contam. E por isso não fui ao Independência no último domingo. 
Tinha a convicção de que, se não ganhasse de seis ou mais, não teria valido a pena. E, não deu outra. Ao chegar a três, o time parou.
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Ainda a respeito do jogo, em que também Dátolo se destacou, e Thiago Ribeiro, gostaria de fazer um último comentário. Pelo amor de Deus, ou como dizia o Sílvio Luiz, pelo amor de meus filhinhos, não escala mais o Donizete, não Levir!
Até contra o inexistente time carioca, Donizete não conseguiu acertar nada. E mais uma vez, o que conseguiu foi perder passes na frente da defesa, levando perigo ao gol que ele devia estar protegendo.
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Vão falar, claro, que o time se poupou, já que tem uma semana cheia, inclusive com o clássico contra o Cruzeiro.
Mas na verdade, o que o time fez foi evitar de treinar com mais afinco. Porque não tinha adversário para dizer que estava disputando uma partida difícil.



Econômicas

E começa hoje nova reunião do COPOM, para decidir, mais uma vez, o que fazer com a taxa de juros.
Não por acaso, o boletim Focus, que pauta a conduta do Banco Central já mostrou que as expectativas do mercado continuam sinalizando alta da inflação. Agora de 8,39%.
E queda do PIB, e queda da receita de impostos, e .... bem e Levy vai fazendo seu trabalho. Aos poucos. 
Quebrando as empresas, reduzindo a renda dos menos favorecidos e melhorando as contas... não as públicas, pelo visto. 
Mas as dos bancos.
Começa hoje mais uma reunião do COPOM, em que o mercado já determinou mais um aumento da taxa básica de juros. 
Deve vir mais 0,25% por aí.

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