quarta-feira, 18 de maio de 2016

Equipe econômica, autonomia do BC e mais respeito com Tombini. Desmandos do governo e o Galo hoje

Como era esperado por todo o mercado, Ilan Goldfajn, ex-diretor da instituição e até então, economista-chefe do Itaú-Unibanco foi o indicado por Meirelles para ocupar a presidência do Banco Central, cargo que mantém temporariamente o status de ministro.
Além do nome, que deverá ser sabatinado e aprovado pelo Senado, Meirelles sinalizou que está preparando envio ao Congresso de proposta delegando autonomia técnica ao Banco Central. 
Menos mal, que não se trata da ideia de independência da Autoridade Monetária, nem a de fixação de mandatos - que parece, temer não respeita muito, mesmo com seu perfil legalista e constitucionalista.
Caso a PEC seja enviada, trará um novo arranjo que deverá eliminar o status atual do presidente, mantendo, contudo, o foro privilegiado.
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Foro que é bom lembrar, merece ser mantido, já que são inúmeros os casos noticiados pela imprensa, de presidentes do Banco que tiveram que se esconder e sair escondidos por força de mandados que juízes de primeira instância concederam a ações impetradas por populares, insatisfeitos por decisões adotadas pelo órgão que, ao critério de cada indivíduo, prejudicavam seus direitos.
Como a Autoridade Monetária não acatava algumas das decisões dos juízes de primeira instância, ordens até de condução coercitiva, quando não de prisão, eram lavradas, obrigando a autoridade a empreender fugas.
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Assim, se há suficientes motivos para justificar a decisão de aprovar o foro privilegiado para a diretoria do Banco, sguramente esse não foi o caso de Meirelles, quando Lula concedeu-lhe o status de ministro, decisão adotada para permitir que Meirelles, como presidente de banco que foi, não pudesse constar, nem ser avaliado administrativamente, em processos administrativos punitivos do BC.
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Mas, voltando à indicação de Goldfajn, considerado um economista de formação acadêmica sem qualquer crítica, muito ao contrário, ventilou-se no mercado, especialmente junto aos operadores das mesas de operações das grandes instituições, que seu perfil seria menos conservador. Na expressão em inglês, tão a gosto dos mercados, menos hawkish. Em bom português, mais tolerante com a inflação, embora não permissivo. Para valer, mais disposto a admitir a redução dos patamares da inflação em prazo um pouco mais dilatado. 
Se bem entendi, foi essa também a interpretação de Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central: a de terem sido estipuladas metas intermediárias para fazer a inflação voltar a entrar nos limites.
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A alternativa, de custos extremamente elevados, seria a de praticar-se um forte aperto de juros, o que elevaria em muito o custo social do combate à inflação, em termos de desemprego e aprofundamento da recessão. 
Caso se confirme a afirmação de Pastore, o que podemos esperar é, de imediato, uma elevação significativa da taxa Selic, já na próxima reunião do COPOM, mesmo que ainda não conduzida ou com a presença de Goldfajn.
Situação que poderíamos considerar bastante curiosa: deixando o Banco, acusado de ter sido mero fantoche de Dilma e suas vontades e devaneios, Tombini (que foi chamado de Pombini, pelos mesmos analistas de mercado, quando tomou a decisão de reduzir os juros básicos da economia brasileira), deverá ser agora praticamente forçado, para limpar o caminho, a elevar os mesmos juros básicos.
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Dito de outra forma: aquele mesmo Tombini, acusado, em minha opinião, injustamente, de ter obedecido aos desmandos de Dilma, e não às determinações dos mercados, deverá agora adotar uma postura de tão pouca autonomia quanto a anterior. Apenas que, agora, na direção desejada pelos mercados o que o livrará, em parte de passar para a lembrança, como simples pau mandado da presidenta.
O que, de novo, em minha opinião é uma tremenda injustiça.
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Aos fatos: foi Tombini, que ocupando Diretoria do Banco, foi um dos principais mentores do Sistema de Metas de Inflação implantado no país. O que deveria ser reconhecido como comportamento suficiente para indicar não ser ele leniente com a inflação.
Além disso, participou da diretoria da instituição em todo o período, ao menos desde o início dos anos 2000, em que ela consolidou, como é reconhecido por vários economistas de renome, uma sólida reputação de autonomia técnica, ou seja, a que trata de objetivos e como conquistá-los.
De mais a mais, há sérias dúvidas de que Tombini tenha agido, em agosto de 2011, apenas atendendo a comando de Dilma. Embora não seja lembrado, nem reconhecido seja pela imprensa, seja pelo mercado que perdeu rios de dinheiro com as apostas que se frustraram naquela oportunidade, Tombini havia acabado de retornar de encontro de líderes econômicos, patrocinado pelo FMI, em que o cenário traçado havia sido o pior possível. De crises e recessão, capaz de espalhar-se e aprofundar-se como depressão para todos os quadrantes do planeta.
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O que Tombini fez diante de tantos maus presságios foi tentar se antecipar, Estimulando a economia, não para se preparar para enfrentar uma marolinha, como em 2009, mas como se fôssemos ter de nos defrontar com um tsunami. De grandes proporções.
Isso, mais que qualquer outra coisa, na ocasião pareceu-me e a alguns colegas de trabalho, a razão por detrás das decisões relativas aos juros.
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Mas, embora também ninguém se lembre, Tombini, embora como presidente tivesse todas as condições para influenciar os demais membros da diretoria da instituição e com assento no COPOM, não era membro único. 
O que significa tão somente que ele não agiu como pau mandado de Dilma, nem poderia, salvo se avançarmos na ideia de que todos os diretores do COPOM curvaram-se às determinações presidenciais. 
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Não foi Tombini que não manteve a altivez e resguardou a autonomia do Banco. Porque a decisão, embora pudesse ser a que mais agradasse à presidenta, não foi tomada apenas por ele. Todo o Comitê votou. E é bom lembrar que fazia parte do Comitê de Política Monetária, pessoas que vieram do mercado e com perfil menos tolerante à resilência da inflação.
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Voltando a Goldfajn e às expectativas do mercado, podemos agora entender a fala de Meirelles de que o desemprego poderá bater na casa dos 14%, caso medidas urgentes e drásticas não sejam adotadas. 
É o combate à inflação, que mesmo não sendo de demanda, utiliza como única arma a taxa de juros, que irá ser deflagrado, já que a elevação generalizada dos preços é hoje considerado o principal problema do país.
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Aliás, voltamos em parte a uma situação que vivíamos em 1976, quando o ministro da Fazenda da ocasião, Simonsen, a cada quadrimestre escolhia como principal inimigo da economia do país, um de dois problemas: ora era a dívida externa, ora a inflação.
Mudou agora a dupla de inimigos, que passa a ser a inflação, que se mantém e perpetua. E que tem agora a crise das finanças públicas como principal adversária.
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No mais, a entrevista de temer ao Fantástico, em que ele afirmou que não tinha intenção de promover mudanças no regime de Previdência para os que já estivessem no mercado de trabalho é exemplo do que é o governo usurpador, auto-proclamado o governo capaz de acabar com incertezas e colocar o país de novo no eixo. Voltado para o desenvolvimento e crescimento.
Confrontado pela jornalista com declarações de Meirelles, para quem as reformas teriam que atingir, com regras de transição que já estava inserido no mercado, foi enfático, em voltar atrás: é isso teremos que discutir e definir.
Já no dia seguinte, afirmava que expectativas de direito não são direito adquirido, e que direitos adquiridos não podem se sobrepor aos interesses do país.
Ou seja, voltou atrás em tudo que afirmava. 
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Espanta-me que empresários - da indústria farmacêutica, por exemplo, conforme mostrado ontem no Jornal da Band, venham dizer que estão dispostos a investir, tendo em vista o quadro que se apresenta de maior estabilidade e de melhoras no ambiente econômico.
Quais melhoras????
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Talvez o desprezo pela lei, ao decidir exonerar o jornalista Ricardo Melo, da presidência da EBC, para no lugar, instalar um pau mandado de Cunha, jornalista trazido para a Câmara pelo deputado presidente daquela Casa, temporariamente suspenso, por ser réu de vários crimes.
Mas não há problemas, a estabilidade política não se agrava, já que isso não afeta aos mercados.
O único senão é que Ricardo Melo tem mandato para 4 anos, e conforme a lei, não poderia ser tirado do cargo, exceto se 2 membros do Conselho Curador da empresa o censurassem. O que, definitivamente não aconteceu, nem poderia, já que sua posse foi agora no início do mês.
Mas temer está pagando, e caro, ao acordo espúrio que fez com Cunha, que lhe valeu a presidência, mesmo que sem legitimidade alguma.
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E não é só esse o embate de temer, haja vista a situação da cultura e do Ministério que a representava, agora extinto.
Mas aqui, o pior são todos os brasileiros, alguns que se acham até cultos, formalmente educados, e que criticam a classe artística e manifestam-se nas redes sociais, favoráveis a temer ter decidido acabar com o ministério.
Esses pobres coitados, mesmo os que são meus amigos, o que não impede de não enxergarem um palmo à frente do nariz, a menos que sejam guiados pela Rede Globo ou pelo pasquim do Estado de Minas aqui em nossa cidade, esses pobres coitados, não percebem que a lei Rouanet, não se extinguiu apenas por ter sido extinta a estrutura. E que o período que o país irá atravessar agora, quem sabe não será de censura. Situação que se dará por meio da não aprovação de projetos que não sejam de interesse do governo ou de amigos, que por esse motivo, não terão mais autorização para arrecadar recursos e patrocínios de empresas privadas. 
Sorte nossa, da humanidade, que tais pessoas que postam em redes sociais a lista de artistas e valores arrecadados, segundo eles, por cooptação feita pelo corrupto governo petista, não se deu antes do surgimento da figura tão cultuada dos Mecenas. 
Mas... vivemos era de obscurantismo no país.
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O que não impede de Ricardo Barros, ministro da Saúde, e deputado cuja eleição se deu por amplo financiamento dos Planos de Saúde privados, não se manifeste dizendo que o SUS não deve ser alterado nem reduzido, ou sequer eliminado.
Afiinal, o deputado apenas foi mal interpretado em suas palavras.
Assim como foi mal interpretado o novo ministro da Justiça, aquele que declarou que temer não deveria indicar procurador geral a partir de lista tríplice nem, necessariamente, obedecer o critério adotado de longa data, de sua escolha recair sobre o mais votado da lista.
É verdade que temer o desautorizou, mas vendo agora o que está em curso na EBC, é difícil não perceber que o problema do ministro da justiça foi tão somente de "timing".
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Bem, as redes sociais indicam que Cláudia Leite ganhou milhões do Ministério da Cultura.
Talvez por esse motivo, tenha sido convidada e NÃO ACEITOU tornar-se secretária da Cultura.
Se tal fato não é verdade, tampouco foi desmentido por temer ou quem quer que seja do governo.
Como também não foram desmentidos os convites feitos a Bruna Lombardi, mais recente, a Marília Gabriela, e outras mulheres que mostram que têm vergonha na cara, e tradição democrática, não golpista.
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Atlético e São Paulo decidem hoje quem avança

Confesso que não consigo entender como um time que tem jogadores de frente considerados leves, ágeis, rápidos e velozes, como os que compõem o elenco do Galo - incluindo aqui o grandalhão Lucas Pratto não conseguiram apresentar qualquer futebol, ou jogada de velocidade no primeiro jogo no Morumbi, semana passada.
Aliás, tenho uma tese de que isso é responsabilidade do fraquíssimo treinador que o time tem. Capaz de retirar velocidade de jogo até mesmo de Rafael Carioca e Júnior Urso, considerados jogadores que sabem sair jogando em velocidade.
E consegue acabar com qualquer futebol técnico de Marcos Rocha, pilhado logo no início do jogo, dando tapas em adversários.
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Acho que toda culpa é do técnico, que deve ter dado ordens de que se praticasse o anti-futebol. Para conforme ficou claro, tentar marcar ao menos um golzinho fora de casa.
Não tentar ganhar o jogo, o que até poderia acontecer, por sorte, nem jogar bem. Apenas, se contentar mesmo em perder, contanto que fizesse um golzinho fora.
Medíocre em seus objetivos, tornou um time ligeiro, pesadão e lento, apenas preocupado em bater. 
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No início do jogo, tentando ainda dar crédito ao uruguaio, até cheguei a acreditar que a escalação de Patric se explicava pela necessidade de cobertura da lateral direita, situação que permitiria que Marcos Rocha avançasse mais ao ataque, estando protegido contra os velozes atacantes do São Paulo. E olhe que Michel Bastos não estava em campo, logo no início do jogo.
Que nada!
Patric foi posto para ficar lá na frente, inventando moda e jogadas. E pior, fazendo rodízio de posição com Hyuri, após a entrada desse jogador em lugar de Robinho. 
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E há quem diga que Patric pode voltar a estar escalado hoje. 
Em jogo que teremos só o brucutu do Donizete no meio, pronto para ser expulso por alguma agressão logo no início do jogo, e de novo, uma defesa pesadona e já avançada em idade, contra três atacantes rápidos e muito bons e eficientes do São Paulo.
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Tomara que prevaleça o mantra: EU ACREDITO.
E que os boatos de que o uruguaio volta para casa, independente do resultado, sejam mais que meros boatos. Especialmente se estiver vindo Marcelo. 
Que os céus tenham carinho com o Galo e a gente possa avançar. 
Mas que é difícil, é...

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