segunda-feira, 23 de maio de 2016

Sobre a volta de Marcelo e a melhora do time, fazendo contraponto às conversas republicanas e moralizadoras de Jucá e o agravamento da situação política do país

Já foi outro o time do Atlético que jogou ontem contra o seu xará do Paraná.
E não por força da mudança de nomes dos jogadores escalados para iniciarem a partida matutina. Para minha surpresa, Patric voltou a ser escalado, da mesma forma que Carlos, no ataque, o que deixou Dátolo de fora, além de Lucas Pratto poupado.
Mas mudou a postura do time que, como eu já imaginava, passou a fazer a marcação de saída de bola da defesa paranaense, buscando forçar o erro do adversário.
Conforme a definição de Levir, cujo time adotava o mesmo padrão de marcação e, parece-me com quem Marcelo trabalhou há alguns anos no Galo, o Atlético entrou com a marcação mais alta.
E, pressionando, conseguiu envolver o rubro negro que, a rigor, teve muito poucas jogadas de gol, embora retivesse a bola em seus pés por mais tempo, ao menos no início do jogo.
Numa dessas jogadas, depois de matar a bola no peito, Sidcley, completamente livre. trocou passes  na intermediária do campo com o bom atacante Ewandro, a quem a bola foi lançada pelo lado esquerdo do ataque paranaense.
Como sempre acontece, sem ter cobertura para suas avançadas, Marcos Rocha não conseguiu impedir o cruzamento para a área, que desviou em Edcarlos, tirando Erazo do lance, e foi parar no fundo das redes de Victor.
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O que me chamou a atenção na jogada não foi apenas a falta de cobertura à Marcos Rocha, uma das principais peças de nossas jogadas ofensivas. Foi que, como em outras ocasiões em que estava apoiando o time, nosso lateral voltou em desabalada carreira tentando evitar a investida do Furacão e, dessa forma, entrou de primeira na jogada, sendo facilmente batido.
Em minha opinião, que gosto e defendo o excelente lateral nosso, sempre injustiçado nas convocações para a seleção brasileita, não dá para um jogador do nível de Marcos Rocha entrar de primeira nesse tipo de jogada, mesmo reconhecendo seu esforço em voltar em correria para dar combate ao ponta adversário.
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Por outro lado, embora melhor que o paranaense, especialmente no segundo tempo do jogo, algumas observações merecem ser feitas, algumas das quais o próprio Marcelo já abordou.
Carlos é um excelente jogador, com posicionamento dentro da área que o torna um talismã. Mas, talvez por estar sempre longe da área, onde se destacou desde novo, parece estar precisando de treinar mais as cabeçadas, além de precisar colocar mais potência em seus chutes.
Seus chutes são muito fracos, e na maior parte das vezes, de maior distância, o que facilita para o goleiro do outro time, já que parece mais um lance de bola atrasada.
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Clayton ainda não correspondeu à fama que o trouxe ao time do Galo. Além de tentar por duas vezes seguidas dar passes de calcanhar, enfeitando jogadas e matando o lance que poderia levar algum perigo à defesa paranaense.
Patric mostrou mais uma vez que é muito esforçado. E só. O que sobra em disposição, falta-lhe em técnica.
Pratto faz muita falta no ataque do Atlético e seria interessante poder ver Robinho em campo,  no time de Marcelo.
Cazares não pode e não poderia ficar fora do time. De qualquer time brasileiro, considerando-se sua facilidade de jogar bola, habilidade e visão de jogo.
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Agora, em função da Copa América, o Galo fica desfalcado de Cazares, Erazo e Douglas Santos, os dois primeiros servindo à seleção do Equador, e o lateral, servindo tanto á seleção principal quanto a olímpica.
Especialmente Cazares e Douglas Santos farão muita falta ao nosso time, que segue na disputa do Brasileirão.
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Por fim, uma observação: como é bom ver o time jogar futebol, com Donizete fora do campo.
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Medidas de Política Econômica prontas para serem anunciadas

Começa a semana e além do escândalo das gravações de Romero Jucá, o homem forte do governo incorruptível de temer, os meios econômicos e os mercados aguardam, com ansiedade, o anúncio das medidas de cortes de gastos e ajustes fiscais que Meirelles e temer prometem para amanhã, terça.
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Quanto ao escândalo, apenas manifesto minha curiosidade. Não ouvi qualquer panela sendo batida nas janelas. Não ouvi manifestações de fora temer. Não ouvi os bravos conhecidos que tanto desejavam moralizar o nosso país, botando fora do governo esse cancro em que o PT se transformou, fazerem qualquer movimento revelador de indignação.
Percebo que mais que a Lava Jato e sua seletividade calculada, a indignação da sociedade é também ela seletiva.
Vale para alguns, mas não alcança a todos.
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Nesse meio tempo, dá até para entender as razões de temer ir e vir, fazer e desfazer apenas para depois tornar a fazer e voltar atrás.
Como já se anunciava, pelas medidas adotadas e comportamento de seus membros, temer inaugurou o governo mais errático dos últimos tempos. trazendo uma instabilidade política que será difícil controlar.
Fico perplexo e de ainda ver pessoas, jornalistas e outros tantos, expressando sua fé em que, agora vai. Os investimentos irão retornar ao país, o país vai voltar a crescer.
Não apenas temer passará a história como um golpista, usurpador, mas também como o ocupante do Planalto que conseguiu criar o ambiente mais deteriorado jamais imaginado.
Prova disso é a recriação do Ministério da Cultura, que nem deveria ter sido extinto, para começo de conversa.
E a recriação de vários cargos cujo corte foi anunciada.
Mas, isso não é o pior. Junte-se a isso, seu ministro da saúde, que deseja eliminar o SUS, já que os planos de saúde que financiaram sua campanha devem prestar melhor atendimento à população. Ou não.
Afinal, para o ministro ricardo barros, e corretamente dentro da lógica do mercado, os planos privados não têm que ter sua qualidade vigiada ou regulada ou questionada pelo governo. Como são serviços contratados, basta apenas que a população (a que pode pagar, bem entendido!) faça valer seu direito de parar de pagar. Parar de demandar o bem ou serviço, mesmo que a alternativa seja ficar sem condições de tratamento de saúde.
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Por outro lado, o programa Minha Casa, Minha Vida também sofreu cortes, com a paralisação das últimas contratações de construção residencial assinadas.
Na EBC, empresa de comunicação do governo federal, um absurdo legal foi perpretado, com Ricardo Melo não tendo seu mandato respeitado, para que se colocasse em seu lugar um dos amigos de temer.
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Em meio a todo o tumulto, anuncia-se um rombo de 180 bulhões no orçamento, uma elevação de 10 bilhões no rombo previsto para a Previdência no ano em curso, valores que já não sensibilizam mais ninguém, nem impressionam, tamanha a manipulação de que são portadores.
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Evidente está, a cada instante, que os números de temer e sua equipe procuram sempre dar a pior impressão possível, serem os mais catastróficos apenas para tirarem de seus ombros o peso do desastre iminente. E, de quebra, permitirem que, qualquer ajuste para a realidade menos trágica, permitir que se cantem vitórias improváveis.
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Esquecem-se que, ao divulgarem situações de forma tão exagerada, em sua deterioração, apenas afastam cada vez mais do ambiente econômico os investidores que acreditavam conseguir trazer para o país.
Ao criarem ou aprofundarem ficticiamente o caos, ao contrário da opinião dos mercados e seus analistas, e seus bonecos de ventrílocos, os jornalistas econômicos de Globos e outras redes de bobos, apenas afastam mais a possibilidade de retomada da confiança nos negócios, dos investimentos, do crescimento e da elevação da arrecadação, isso sim, que contribuiria para reduzir parte do déficit primário que só se agiganta.
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Aguardemos até amanhã, para vermos em ação a tesoura do governo e as propostas para cortar direitos sociais e outros benefícios que tanto agradam ao setor mais rico, poderoso e mais atrasado que engendrou o golpe a que estamos submetidos.

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