quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Resultados da economia, mesmo com a grande imprensa forçando a barra, não permitem tratar de amenidades. Pior: nem o Galo nos dá um alento

Minha intenção era dar sequência às amenidades iniciadas ao final da postagem ontem, com a indicação do local para eventos no Bairro de Santa Efigênia, o Kombinati. Que  nunca é demais frisar, trata-se de um lugar dos mais agradáveis, entre outros motivos, por estar localizado em uma típica vila urbana, entre árvores frutíferas e casas muito simpáticas. Além de contar com uma excelente pizza e um serviço de atendimento muito simpático.
Mas, já de manhã cedo, ao ouvir o comentário sobre economia da jornalista Miriam Leitão, no Bom Dia Brasil, e a fanfarronice, mais uma vez, de que a economia do país está finalmente recuperando-se, percebi que minha postagem teria, necessariamente, que frustar o clima ameno.
Mas, para não permitir que se caracterize uma antipatia com a rede mais poderosa da televisão brasileira, é necessário declarar que a campanha destinada a vender uma imagem positiva da economia nacional não é apenas da Globo.
Também o Jornal da Band, no horário noturno tem apresentado declarações de empresários satisfeitos com a recuperação que já começa a se apresentar no horizonte.
Vá lá que, como é característico de todas as crises, alguns setores estejam conseguindo resultados melhores que a média da economia, a maior parte deles, provavelmente ligadas ao mercado externo que, por força da desvalorização de nossa moeda, ensaiou mesmo uma recuperação desde o ano passado.
Mas, dar a entender que, em função de resultados positivos para algumas empresas e alguns setores o nível de emprego formal está começando a reagir é no mínimo a manifestação de que, tirado do poder o grande inimigo, o PT, e a presidenta Dilma, não há mais qualquer obstáculo para que o país volte a surfar nas águas do crescimento.
Ledo engano.
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A esse respeito, inclusive, é bom lembrar que matérias que repercutem o relatório de inflação divulgado pelo Banco Central, em que fica muito claro que, face ao comportamento dos preços dos alimentos, que começam a dar sinais de terem deixado de subir, e face ao ajuste fiscal cujo projeto encontra-se em discussão no Congresso, a taxa de juros básiica da economia poderá voltar a declinar.
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De curiosidade apenas, fico me perguntando como a imprensa e os mercados iriam reagir se estivéssemos ainda na gestão de Dilma e de Tombini, no Banco Central.
O que é uma bobagem, admito. O que a midia e analistas de mercado fariam era sair criticando a queda das taxas, sob o argumento de que o autoritarismo e intervencionismo de Dilma e não as condições econômicas do país estariam subjacentes à redução de juros.
O que fariam e todos sabem seria sair criticando a falta de autonomia do BC, um comportamento completamente esquizofrênico, porque as manchetes dos jornais de hoje, e dos principais portais da internet informam-nos que a inflação chamada do aluguel, calculada pela FGV subiu para 10,66% em 12 meses, o que, exigiria a manutenção de juros elevados, conforme o regime de metas cuja adoção utiliza praticamente como único instrumento de ação, as taxas de juros.
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Confesso que não concordo com a visão conservadora, para quem os juros são a principal arma para combater a inflação, em especial quando a demanda do país já está suficientemente reduzida.
Mas, a cartilha conservadora diz que são os juros que devem ser utilizados.
Também devo admitir que sempre mencionei nesse blog, que parte da inflação tinha a ver com a questão climática que o país estava experimentando, o que levou a frustração de safras e aumento de preços de alimentos, que pesam significativamente no bolso das famílias.
E, como devemos reconhecer, as condições climáticas, hidrológicas, etc, sobre as quais o governo não tem qualquer atuação, parecem ter tido alguma melhora. O que tem derrubado sim, os preços dos alimentos.
Mas, isso pouco significa, inclusive em termos de expectativas de médio prazo, uma vez que, pelo que temos vivido e sentido, o calor e a baixa umidade estão vindo aí, com grande ímpeto.
Ou seja, podemos voltar a experimentar crises de abastecimento de água, e com ela, frustração de produção de alimentos, já nos meses do início de 2017.
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Mas, nada disso importa, para a imprensa que quer, à força, criar o ambiente positivo capaz de estimular os empresários e levá-los criar uma expectativa que os induza a decidir colocar em marcha os projetos de investimento até aqui, engavetados.
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E nessa campanha de forçar a barra, os golpistas da imprensa e dos mercados vão passando por cima dos resultados reais obtidos pelo governo usurpador, de salvação.
Resultados que só têm trazido notícias que mostram um ambiente ainda de crise e desemprego.
Assim, os sites anunciam que o desemprego formal continua em queda, que houve corte de mais de 220 mil cortes de vagas, além de outras 260 mil que, desalentadas, deixaram o mercado.
Contrariamente às reportagens da Band, o que tem acontecido é o aumento da informalidade, já que as pessoas precisam sobreviver e, nessa hora, optam por aceitar qualquer tipo de ocupação, de renda ou salário, e de condições, o que significa abrir mão de direitos.
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Ainda agora, sai o resultado, a que já nos referíamos ontem, de queda de 10% da arrecadação, no pior agosto em 7 anos.
E, para mostrar a quantas andam as propostas de ajuste fiscal e de mudanças estruturais da economia, adotadas pelo governo usurpador, o site UOL revela que temer, o ilegítimo, já pensa em não dar sequência à proposta de alteração da legislação trabalhista. Dadas as dificuldades de negociação junto ao Congresso e à desaprovação da sociedade.
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Aliás o que temer sabe fazer é cortar qualquer tipo de repasse a blogs pró-PT, o que apenas confirma seu caráter, mesquinho, anti-democrático e vingativo. Típico das figuras das sombras...
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E agora, o Galo

Bem outro assunto que eu gostaria de tratar era o do jogo do Galo, ontem, que eu considerava ser uma amenidade ao menos até o gol de Lucas Pratto, no jogo de ontem.
Mas, de ameno o jogo não teve nada. Fora o gol, só mais uma jogada que o Urso escorou de peito para o chute de, se não me engando, Júnior Urso, para fora.
E foi só.
Com Clayton correndo muito mas sem inspiração, Cazares sem inspiração, Robinho idem e com o agravante de não querer ou conseguir jogar com Pratto, o que se viu foi o Juventude partir para cima do Galo. E, justiça seja feita, só não conseguiu a vitória que fez por merecer, por força da ajuda do travessão, de Victor, e de o Juventude não ter tido mais coragem de partir para cima de forma mais agressiva.
Em minha opinião, principalmente o segundo tempo, e não apenas a partir do momento da expulsão de Carlos Cezar, foi de um time sem inspiração, sem comando, sem estrutura de jogo, em uma palavra, um sofrimento para a já acostumada a sofrer massa atleticana.
O que foi reconhecido pelo locutor, e comentaristas da Fox.
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Continuo reputando a passividade do time, as infindáveis troca de passes laterais, para não falar de Rafael Carioca e de Fábio Santos, recuando bolas da intermediária adversária para Victor, mas continuo atribuindo a Marcelo de Oliveira a incapacidade, à beira do campo, de exigir outra postura de seus atletas.
Ou seja, também o Galo não dá espaço a um assunto mais ameno, típico da primavera que está dando seus primeiros sinais.
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Apenas devo admitir que, de todos os times, que saíram em vantagem, ao menos o Galo tem um ponto a seu favor. Se perder de 1 a zero, em Caxias no jogo de volta, vai para penaltes. Já o Corínthians, Santos, Grêmio, caso percam de um a zero, estarão fora por culpa do gol que levaram jogando em casa.
Mas, comemorar essa vantagem é muito pouco, em minha opinião.

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